Membros Numerários (36)

Vásquez Corredoira, Fernando (1965)

Fernando Vásquez Corredoira

Nasceu na Crunha. Licenciou-se em Filologia Galego-Portuguesa na Universidade da Crunha (1992), onde seguiu cursos de Doutoramento (1993-95) e apresentou a sua Tese de Mestrado.

Bolseiro do Instituto Camões, frequentou o Curso de Língua e Cultura Portuguesas para Estrangeiros na Universidade Clássica de Lisboa (1993-94), bem como o Curso Universitário de Formação de Professores de Português, Língua Estrangeira na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1996-97). Ensinou língua castelhana e literatura portuguesa na Universidade Federal de Goiás (1998-99). Regressou e desde então (1999) trabalha como tradutor e intérprete de português. Foi professor de Língua Portuguesa na Escola Oficial de Idiomas (2001-2007).

Fez o livro A Construção da Língua Portuguesa – O Galego como exemplo a contrário, 1998, substancialmente a sua Tese de Mestrado, publicado com apoio do Instituto Camões. Escreveu alguns artigos combativos sobre a Questão da Língua e uma série de trabalhos de intenção didática acerca de interferências semânticas, disponíveis na Internet no Portal Galego da Língua, fruto dos quais surgiu mais um livro: 101 Falares com Jeito, 2011.

Traduziu em colaboração um par de livros valiosos (A doutrina do ADN, de R. C. Lewontin, Laiovento, 2000, com S. Mourelo, e Linguas e Nacións na Europa, de D. Baggioni, Laiovento, 2004, com M. Herrero ) e alguns artigos académicos (1997: «A Melhor Orthographia»; 1998: «Cultismos Estranhos»; 2001: «A Questão da Ortografia. Poder, Impotência e Argalhadas», etc.). Em 2010 acabou de aprontar uma versão anotada do Sempre em Galiza em Acordo Ortográfico, do escritor, humorista e político galego, Castelão.

Desde 2008 é membro da Comissão Lingüística da Associaçom Galega da Língua e da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da AGLP, colabora no estabelecimento do Léxico da Galiza para ser integrado no Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (2009).

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Trilho, Joám (1942)

Joám Trilho

Nasce no município de Negreira, Crunha. Estudou no Seminário de Santiago; Canto Gregoriano, Musicologia e Órgão no Pontificio Istituto di Musica Sacra de Roma e Composição no Conservatorio de Santa Cecilia de Roma.

Membro fundador do grupo dos Irmandiños en Roma. Professor (1977) e logo diretor (1982-85) do Conservatório de Santiago. Profesor (1985) e vicediretor (1987) do Conservatório de Vigo. Fundador (1987) e diretor da Xoven Orquestra de Galicia. Fundador (1992), dentro do Instituto Galego de Artes Escénicas e Musicais, e diretor da coleção Ars Gallæciæ Musicæ, para a publicação de obras de compositores galegos do passado e do presente. Umas 30 obras já publicadas.

Composições principais: (1973) Canto azteca; (1974) Sonata para órgão; (1975) Grandes são os desertos, para Soprano e orquestra; (1985) Chananæa, para Mezzosoprano, Tenor, Baixo, Coro e orquestra; (2005) Divertimento para orquestra; (2007) Sede de beleza. Obras para coro, Dos Acordes; (2008) Festa na lembrança, para coro e grande orquestra.

Publicações principais: (1987) Melchor López: Misa de Requiem. Cuadernos de Música en Compostela, Santiago; (1980) Vilancicos galegos da Catedral de Santiago. Melchor López, em colaboração com Carlos Villanueva, Sada-Crunha, Ediciós do Castro; (1982) Polifonía sacra galega, em colaboração com Carlos Villanueva, Sada-Crunha, Ediciós do Castro; (1987) La música en la Catedral de Tui, em colaboração com Carlos Villanueva, Crunha, Deputación; (1993) El Archivo de Música de la Catedral de Mondoñedo, em colaboração com Carlos Villanueva, Revista de Estudios Mindonienses, núm. X.

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Soutelo, Rudesindo (1952)

Rudesindo Soutelo

Nasceu em Valdrães-Tui (Galiza). Estudou nos Conservatórios de Vigo, Madrid e Schaffhausen (Suiça), sendo discípulo de Rodolfo Halffter e Agustín González de Acilu em composição, e de Janos Meszaros em fagote.

Em 1972 fundou as Juventudes Musicais de Vigo e em 1976, com o grupo Letrinae Musica, apresentou em Compostela e Vigo o movimento novo-neo-new-dadá Quadrado de Pi para sacudir a infâmia que deitara no país o excrementíssimo ditador. Em 1980 criou a editora de música Arte Tripharia onde gerou um amplo catálogo de partituras e a coleção Corpus Musicum Gallaeciae. Também promoveu revistas polémicas como “La Matraca”, feita por estudantes do Real Conservatorio S. de Música de Madrid, e “Da Capo” (Panfleto musical independiente del país).

Junto com Janos Meszaros elaborou em 1986 o projeto para uma escola internacional de música no conjunto histórico de Nuevo Baztán, povo e palácio barroco construído por Churriguera a 45 km de Madrid, mas as rivalidades da mediocridade política frustraram qualquer sucesso.

Alguns dos títulos das suas obras como o Oppius dei parecem ter uma intencionalidade beligerante, mas são só uma maneira algo irreverente, divertida e sonora de se rir das capelinhas de medíocres que pretendem controlar a música. Como compositor considera-se auto-excluído das máfias, dos grupos de poder e de qualquer ente que não defenda o direito dos criadores a viver do seu trabalho.

Das suas últimas obras podemos destacar: Prelúdio da Montanha Mágica, homenagem a Thomas Mann (Piano); Como a noite é longa, homenagem a Fernando Pessoa (Flauta-Oboé-Clarinete); Lábios de sabor a mar, (Coro a cappella, com versões para Quinteto de Metais, e para Voz e Piano); Quod nihil scitur, homenagem ao filósofo Francisco Sanches 'o céptico' e in memoriam J. M. Álvarez Blázquez (Órgão); Tálamo e túmulo, homenagem ao polígrafo Ricardo Carvalho Calero (Orquestra de Cordas); Borobó e Manuel María, (duos de Gaitas de fole); Brêtema de Dom Quixote, e André, (Piano); Alva (Violino só); O corvo da liberdade, a vontade que desafiou Deus, homenagem a Miguel Torga (Quinteto de sopros), encomenda da D.R. Cultura do Norte do Ministério da Cultura de Portugal, e incluída no filme de João Botelho A terra antes do céu; Saraquel (2 violinos); Minho azul (Banda sinfónica); Deu-la-deu, (Suite para Guitarra) dedicada à AGLP (Academia Galega da Língua Portuguesa). Toda a sua obra foi publicada em Arte Tripharia e há Teses de Doutoramento onde se estuda e analisa.

Assim mesmo, tem publicada uma coletânea de 93 artigos sobre música erudita e a incultura política galega aparecida na secção «O Bardo na Brêtema» do hebdomadário galego A Nossa Terra. Nos Colóquios da Lusofonia, celebrados em Bragança em outubro de 2006, apresentou uma comunicação posteriormente revista e publicada no Boletim da AGLP número 1 (2008) com o título «Por um Corpus Musicum em liberdade». É membro da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e defende a criação como um ato de liberdade que se manifesta quando o salário do compositor depende da sua própria obra.

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Rousia, Concha (1962)

Concha Rousia

É vice-secretária da Comissão Executiva da Academia Galega da Língua Portuguesa, do Conselho de Redação e Administração do Boletim da AGLP.

Nasceu em Covas (Os Brancos, Galiza). Psicoterapeuta, é licenciada, desde 1995, em psicologia pela Universidade de Santiago de Compostela, na especialidade em psicologia clínica. Master in Science, Marriage and Family Therapy, Universidade de Maryland, Estados Unidos, 1999. Tese de graduação intitulada Multilingualism and psychotherapy.

Entre as suas publicações destacam-se: As Sete Fontes (2005), romance publicado em formato e-book pela editora digital portuguesa ArcosOnline (www.arcosonline.com), Arcos de Valdevez, Portugal; «Dez x Dez» (2006), Antologia poética, Abrente Editora (Galiza); «Cem Vaga-lumes» (2006), obra composta por 16 haikais premiados e publicados pelo Concelho de Ames; «Herança» (2007), conto publicado em Rascunho (Jornal de literatura do Brasil), Curitiba, Brasil; Primeira Antologia do Momento Lítero Cultural (2007), em formato digital, Porto Velho, Brasil; Nas Águas do Verso. Antologia (2008), Porto, Portugal; Antologia do XXII Festival de Poesia do Condado (2008), Gráficas Juvia; Poeta, Mostra a tua Cara. Antologia (2008), Rio Grande do Sul, Brasil; Volume 7 da Coleção Poesia do Brasil, correspondente ao XV Congresso Brasileiro de Poesia, que se celebra em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, Brasil; «Um dia» (2006), publicado em A Nosa Terra. Análise da violência de género; «Agora Já Não é Nada: Narrativa da desfeita» (2007), Lethes. É uma análise do significado da perda das funções que mantinham os espaços comunitários que desapareceram com a desarticulação da cultura tradicional.

Publicou poemas e outros textos nas revistas e jornais: Agália, A Folha da Fouce, Novas da Galiza, Galicia Hoxe, A Nosa Terra, Portal Galego da Língua, Vieiros, Momento Lítero Cultural.

Prémio de Narrativa (2004), do Concelho de Marim, Galiza; Prémio de poesia (2005), do Concelho Ames, Galiza; Certame Literário Feminista do Condado (2006), Galiza, com o romance A Língua de Joana C.

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Rodrigues Fernandes, Jose Ramão (1955)

José Ramão Rodrigues Fernandes

Nasceu no concelho do Incio (Lugo-Galiza), no lugar de Penaxubeira. Estudou eletrónica industrial na Escola de Mestres Industriais de Lugo e também em Madrid e na Escola de Engenheiros Industriais desta última cidade. Ministrou aulas de solfejo (ensino livre no Conservatório de Madrid e academias privadas) e acordeão em vários centros privados.

Com a publicação em 1983 do romance O Sereno, Um guerrilheiro em Estalinegrado (Atria Edicions); iniciou a sua vida como escritor. Após esta obra viriam outras: Seguindo O Caminho do Vento (1985), Contos de Fada em Do Maior, 1987. Luzia, ou o Canto das Sereias (1989), publicados pelas Irmandades da Fala de Galiza e Portugal. Em 1990 Renovação Edições publica a 2.a edição de O Sereno, Um Guerrilheiro em Estalinegrado. Em 1996, nesta mesma editora aparece Contos do Outono. Em 1989 participa, a meio de uma uma ideia própria, na fundação da sociedade cultural galega Renovação-Embaixada Galega da Cultura.

Trabalhou em vários projetos com outros grupos na Galiza: Gralha, História da Galiza em Banda Desenhada, etc. Como membro das Irmandades da Fala de Galiza e Portugal colaborou em todas as atividades realizadas por este grupo desde 1985 até o ano 1989, chegando a ser Secretário da Secção de Escritores em Língua galego portuguesa.

Tem divulgado a filosofia regeneracionista sobre o idioma da Galiza lá até onde lhe foi permitido, tanto em publicações da Galiza e Portugal, como A Nosa Terra, O Correo Galego, Tempo, Jornal de Letras, Agalia, Nós, Cadernos do Povo, Bisbarra, Bússola, quanto em publicações não galegas, como El País, El Mundo, El Sol, La Voz de Asturias ou La Voz de Galicia.

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Rodrigues Fagim, Valentim (1971)

 Valentim Rodrigues Fagim

 Nasceu em Vigo. É licenciado em Filologia Galego-portuguesa pela Universidade de Santiago de Compostela e diplomado em História. Fundador da Livraria «A Palavra Perduda» em 1996. Desde 2001 leciona português na Escola Oficial de Idiomas de Ourense.

Tem trabalhado e trabalha em diversos âmbitos para a divulgação do ideário reintegracionista, nomeadamente através de artigos no âmbito da sócio-linguística (a maioria podem-se descarregar no Portal Galego da Língua (www.pglingua.org): «A soberania Linguística da Língua Galega»; «Construir da Periferia, construir da Galiza»; «Diz-me como falas e dir-te-ei quem és»; «Galiza, entre a Lusofonia e a Hispanofonia»; «Qual é o conflito linguístico galego?».

Tem editado os livros O Galego (im)possível (2001), Santiago de Compostela, Laiovento; e Do Ñ para o NH.  Manual de língua para transitar do galego-castelhano para o galego-português (2009), Santiago de Compostela, Através Editora. Desenvolveu ainda diversas ferramentas na Internet: o Dicionário /Isso não é galego, é português, a base da dados / textual Statuo Quo, Possibilismo e Regeneracionismo; o Dicionário de Fraseologia; o site Planeta NH (http://planeta.agal-gz.org/). Participou também da equipa de Galabra, no e-learning Português para nós (http://www.portuguesparanos.com).

Tem realizado trabalho associativo através da AR Bonaval, da Assembleia da Língua de Compostela, do local social A Esmorga e da AGAL, entidade que promove a estratégia luso-brasileira para a nossa língua, de que é presidente desde 2009.

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Reimunde Norenha, Ramom (1949)

 Ramom Reimunde Norenha

Nasceu na paróquia de São Martinho de Mondonhedo, no concelho de Foz, na Marinha de Lugo, em cujo escudo de armas figura um navio veleiro e três árvores, que preanunciaria os seus amores: o mar e as árvores florestais. Seguiu estudos na escola rural de Ferreira a Velha, em Xixón, no internado claretiano, em Oviedo na Faculdade de Ciências, e em Madrid, na Escola Superior de Engenheiros Navais. Em 1968 viu-se envolvido em revoltas; relacionou-se com Tierno Galván e o PSP.

Regressado à Galiza, na Crunha estudou Náutica, até lograr o título de Capitão da Marinha Mercante, equivalente em Portugal a Comandante de navio, que depois homologaria com o internacional de Master pela República de Liberia. Com essa profissão percorreu os mares do mundo em barcos espanhóis e estrangeiros. Na altura já iniciara estudos de filologia na Faculdade de Compostela, convertido ao galeguismo, anárquica e espontaneamente, mercê de leituras e amigos, entre eles Antom Meilám. Licenciado em Filologia Hispânica em 1979 e em Galego-Portuguesa em 1982, começou a trabalhar no Ensino Público nos Liceus de Viveiro, Lugo, e afinal no IES de Foz, onde atingiu a condição de Catedrático em 1992.

Escreveu, desde moço, mas de regresso à Galiza, publicou centos de artigos em jornais, nomeadamente em El Progreso de Lugo e La Voz de Galicia, sobre temas literários, linguísticos, marítimos ou florestais. Como professor de Língua Galega, sempre defendeu o reintegracionismo na prática das aulas, o qual lhe causou não poucos problemas; foi inovador ao empregar métodos de vanguarda então, realizar vídeos didáticos, entrevistas audiovisuais, cursos por rádio... Deu palestras, colaborou em revistas, traduziu literatura infantil para galego reintegrado (Mafalda entre outras) e participou ativamente em jornadas do ensino e congressos, mormente nos organizados por AGAL e pela Xunta, além de outras atividades culturais nacionais. Reconhece que foi trabalhador ativo e muito idealista, com esperança de uma Galiza melhor e nossa.

Escreveu livros de crítica literária de feição pessoal: Poesia Galega Completa de Leiras Pulpeiro, 1983; Trebom de Armando Cotarelo, Agal-1984; Bem pode Mondonhedo desde agora (Prémio de ensaio Ánxel Fole em 1998, sobre Leiras). Também escreveu sobre Costumes antigos de Galiza, e uma crónica romancística sobre o mar e os pescadores do bonito, A Costeira, em 2006.

Está a escrever uma história florestal do mato na Galiza, desde a sua experiência, O Segredo do monte, porque desde 1990 preside uma SAT e trabalha em plantações e em implantações de associações de propietarios florestais locais, nomeadamente em Promagal, da que foi secretário e desenhador.

Vai para vinte anos que mora na sua antiga casa fidalga familiar em Adelã (Alfoz) com a mulher, de Carnota, e os três filhos, agora universitários ausentes. Leva vida retirada e solitária, longe do mundanal ruído. Como ele reconhece, gosta do seu labor no ensino e dos livros; ama o mar e o mato, as árvores e os navios, e o seu país e a língua dos seus por cima do razoável. Mas considera que a sua pátria é a Língua Portuguesa, como Pessoa, e que é galego pela graça do idioma comum, como Castelão.

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Rei Samartim, Isabel (1973)

 Isabel Rei Samartim

Nasceu na Estrada. Titulou-se em 1995 no Conservatório Superior de Música, da Crunha, acabando os estudos com o professor António Rocha Álvarez. Posteriormente completou a sua formação em cursos itinerantes com o grande músico David Russell e na Hochschule für Musik «Franz Listz» de Weimar (Alemanha) com Thomas Müller-Pering. No ano 1995 Caixa Galicia patrocina na cidade da Crunha o seu primeiro concerto.

Foi premiada no Ciclo de Jóvenes Intérpretes da Fundação Pedro Barrié de la Maza (Crunha, 1999), no Concurso Internacional de Guitarra de Cantabria (Comillas, 1999), no Concorso Internazionale di Chitarra Fernando Sor (Roma, 2001) e nos Concursos Internacionais de Guitarra Vila de Petrer (Alacant, 2002) e Andrés Segovia de Linares (Jaén, 2002).

Tem participado nos Festivais de Guitarra de Udine (Friuli, Itália, 2002, 2005, 2008) e Festival de Primavera (Vigo, 2004, 2005, 2006, 2007), atuando também no Via Stellae (Compostela, 2006) e Festigal (Compostela, 2007), na Semana do Corpus (Lugo, 2002) e nos Colóquios da Lusofonia (Bragança e Açores, 2006, 2007, 2009).

Foi sócia da Sociedade Cultural «Marcial Valadares» da Estrada e integrante do grupo social Assembleia da Língua. Tem participado na Sessão Inaugural da Academia Galega da Língua Portuguesa com a estreia da suite Deu-la-deu, para guitarra, do compositor Rudesindo Soutelo, e também com uma seleção de obras do espólio de Marcial Valladares, inteletual e músico galego.

Participou no Congresso de Cultura Popular (1999) organizado pela Câmara Municipal da Maia (Portugal) com a comunicação: «A recuperação da música do povo na Galiza: à procura de uma voz perdida» em colaboração com Mª Carmen Rodríguez Mayán.

Participou no congresso internacional sobre estudos em língua portuguesa Colóquios da Lusofonia nas edições de 2006, 2007 e 2009, com recitais de música e as comunicações «A guitarra no Arquivo Valladares: música galega na lusofonia» e «Guitarra e poesia: Rosalia de Castro e Avelina Valladares, escritoras e músicas da lusofonia».

Realizou a transcrição para guitarra de seis temas tradicionais rianjeiros intitulada Suite Rianjeira para guitarra, flauta, voz e percussão, estreada em Taragonha, Rianjo, no ano 2007. Estreou em 2008 a Sonata para guitarra em três andamentos (Allegro. Libremente. Scherzo) de Antonio Rocha.

Em abril de 2010 participa no Fórum Internacional da Lusofonia organizado em Brasília (Brasil) pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP. Toca no Rio de Janeiro e em Florianópolis, onde apresenta o primeiro volume da coleção de Clássicos da Galiza, Cantares Galegos, de Rosalia de Castro. Junto com José Luís do Pico Orjais realiza a edição crítica do Cancioneiro de Marcial Valladares, publicado em 2010 pela editora Dos Acordes com patrocínio da Central Folque e a Academia Galega da Língua Portuguesa.

Em abril de 2011 realiza a abertura do III Congresso Internacional sobre Cultura Céltica com um recital de melodias populares dos diversos países celtas arranjadas para guitarra, intitulado “Suite Céltica”. Em julho participa junto com Ugia Pedreira na homenagem a Rosalia de Castro, apresentando canções, arranjadas para canto e guitarra, do cancioneiro de Valladares. Em setembro consegue o Diploma de Estudos Avançados pela Universidade de Santiago de Compostela, USC, com o trabalho “Iconografia musical em Santiago de Compostela: do século XII ao XIX” .

Trabalha como professora de guitarra no Conservatório Superior de Música de Santiago de Compostela.

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Paz Rodrigues, José (1950) ♱

José Paz Rodrigues ()

Professor de EGB (em excedência desde 1971), Licenciado em Pedagogia e Graduado pela Universidade Complutense de Madrid (1966-1971) com a Tese de Licenciatura sobre A Bemposta de Ourense (1973). Conseguiu o Doutoramento na UNED com a Tese Tagore, pioneiro da nova educação.

Entre outras, realizou as seguintes atividades profissionais: Professor na Faculdade de Educação de Ourense (Universidade de Vigo); Professor-Tutor de Pedagogia e Didática no Centro Associado da UNED de Ponte Vedra desde o curso 1973-74 até à atualidade; Subdiretor da Escola Normal de Ourense do ano académico de 1987-88 ao de 1989-90 e Diretor nos últimos tres meses do curso 1989-90.

Levou adiante atividades educativas e de renovação pedagógica: Presidente da Federação Galega de MRPs (Movimentos de Renovação Pedagógica) e do MRP “ASPGP” (Associaçao Sócio-Pedagógica Galaico-Portuguesa) até hoje: membro da Comissão organizadora do I Congresso Estatal de MRPs (Barcelona, dezembro de 1983); membro da Comissão redatora do Plano Galego de Formaçóm continuada do professorado (1990); presidente da comissão organizadora da Escola Internacional de Verão Jornadas do Ensino de Galiza e Portugal, iniciadas em 1976 até hoje; presidente da Comissão Organizadora das Escolas de Verão na Crunha, Ferrol (desde 1994), Tui-Comarca do Baixo-Minho, Verim-Comarca de Monterrei, Monforte, Corcubião, Lalim, Vimianço; das Jornadas Sócio-Educativas de Valdeorras, Riba d’Avia, Celanova, Ponte Vedra; organizador de Ciclos de cinema psico-pedagógico, cinema educativo-didático, educativo sobre a paz, educativo sobre as áreas transversais do ensino, educativo sobre os direitos humanos, educativo-ecológico, educativo sobre a mulher, educativo-social, direito e cinema, literatura e cinema. Organizador de várias ediçoes da Mostra de Recursos Didácticos Alternativos, da Mostra do Livro Português na Galiza, de Encontros de Jogos Populares Galaico-Portugueses; diretor para Galiza de O Ensino; membro do Conselho redatorial das revistas lusófonas Nós e Cadernos do Povo. No presente pertence ao conselho redatorial da revista Agália.

Para além, foi Decano do Colégio Provincial de Doutores e Licenciados de Ourense (1980-1985); diretivo do Cine Clube “Padre Feijóo” de Ourense (19721995); e vogal da Federação Galega de Cine Clubes.

Tem publicado: A festa dos maios na escola (1991), Ourense, ASPGP. Artigos sobre temas educativos e sobre Tagore, nas revistas O Ensino, Nós, Cadernos do Povo, Vida Escolar, Comunidad Educativa, Padres y Maestros, BILE, Agália, Temas de O ensino, The Visva Bharati Quarterly, Jignasa (em bengali), ... Artigos sobre tema cultural, nomeadamente sobre a Índia, no Portal Galego da Língua, A Nosa Terra, La Región, El Correo Gallego, A Peneira, Semanário Minho, Faro de Vigo, Teima, Tempos Novos, Bisbarra, Ourense,... Unidades didáticas sobre Os magustos, Os Direitos Humanos, A Paz, O Entroido, As árvores, Os Maios, A Mulher, O Meio ambiente; Rodrigues Lapa, Celso Emílio Ferreiro, Carvalho Calero, São Bernardo e o Cister em Ourense, em condição de coordenador do Seminário Permanente de Desenho Curricular dos MRPs ASPGP e APJEGP.

Faleceu no dia 23 de abril de 2021, aos 76 anos.

Nota do falecimento.

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Paradelo Rodrigues, Francisco Manuel (1966)

Francisco Manuel Paradelo Rodrigues, "Xico"

Nasceu em Ourense. Autor e dinamizador de banda desenhada, iniciou o seu trabalho neste âmbito com o reconhecido coletivo Frente Comixário em 1989.

Desde aquela participou na organização das Xornadas de Banda Deseñada de Ourense ou no I Encontro de Debuxantes Galegos entre outras iniciativas.

Fundador da publicação BD Banda, é também um dos autores da guia didática e mais da exposição As bases da banda, que compila propostas didáticas arredor da banda desenhada e que está na atualidade a se distribuir por centros de ensino e bibliotecas. Militante da cultura e ativista também do humor gráfico é um dos autores da História da Língua em Banda Desenhada, em colaboração com o Grupo Reintegracionista Meendinho.

Tem colaborado em diferentes publicações de humor e BD, tais como XO, O Pasquim, ou Retranca. Também é membro de diferentes movimentos sociais e culturais, como A Gente da Barreira ou a Coordenadora Galega de Roteiros, sendo um dos fundadores do Movimento Defesa da Língua.

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