Primeira ediçom na norma internacional portuguesa do "Sempre em Galiza"

 Capa do "Sempre em Galiza"Capa da separata "Sempre Castelao"

Os académicos Fernando Vásquez Corredoira, Ernesto Vásquez Souza
e Luís Gonçales Blasco, "Foz" trabalharam nesta nova edição

PGL - O Sempre em Galiza inaugura a colecçom ATRAVÉS | DE NÓS da ATRAVÉS | EDITORA. A obra magna de Castelao apresenta-se agora na sua primeira versom na norma internacional portuguesa. Umha ediçom fruto do de professor Fernando Vásquez Corredoira, autor da adaptaçom, que contou com a colaboraçom de Ernesto Vásquez Souza para as notas a rodapé.

Miguel R. Penas, vice-presidente da AGAL e diretor da ATRAVÉS | EDITORA, afirma que estas anotaçons tornam a ediçom na mais completa e na mais útil para entender a obra no seu contexto sócio-político e histórico. Penas explica, ainda, que o Sempre é «um dos alicerces ideológicos em que se apoiou o nacionalismo galego para se reconstruir após a barbárie fascista que começou no ano 1936, e da qual ainda hoje padecemos conseqüências bem diretas na Galiza».

É este um livro fundamental para conhecermos a Galiza, para nos aproximar do nosso país e da sua História e para sermos capazes de interpretar o porquê de um movimento como o nacionalismo galego, o galeguismo político, que tem umhas caraterísticas próprias e que promove desde há quase cem anos a conceçom da Galiza como umha naçom.

O diretor da ATRAVÉS indica às e aos leitores da Galiza e de Portugal que devem reparar «em que estamos diante da obra que compila e mostra a amplitude do pensamento político de Alfonso Daniel Rodríguez Castelao. Umha figura totalmente desbordante da Galiza do século XX», porque Castelao, junto a Rosalia de Castro, «som duas personagens que escapam do plano meramente cultural, literário ou político para se tornarem em dous mitos populares galegos, isto é, duas figuras assimiladas totalmente polo imaginário coletivo do povo galego».

No caso concreto do autor rianjeiro, estamos perante um criador multifacetado, que construiu um espólio onde encontramos teatro, pintura, quadrinhos de jornais, relatos, romances... e um intenso trabalho político, chegando a ser deputado do Partido Galeguista (PG) nas cortes da IIª República espanhola. «É por tudo isto que a Associaçom Galega da Língua entendeu que a obra deste galego universal devia ser difundida ao máximo, e sobretudo no resto da Lusofonia, onde tantas vezes a Galiza passa por ser uma grande desconhecida», explica Penas.

O livro acompanha-se, ainda, de umha separata, Sempre Castelao, no qual tomam a palavra umha série de pessoas que som boa mostra da herança política que Castelao deixou ao povo galego. Camilo Nogueira, um dos redatores do anteprojeto de Estatuto de Autonomia de Galiza de 1981 e primeiro eurodeputado do Bloco Nacionalista Galego (BNG) de 1999 a 2004; Francisco Rodríguez, especialista em autores galegos como Curros Enríquez ou Rosalia de Castro, membro da Executiva do BNG e deputado no Congresso espanhol de 1996 a 2008; Xosé Manuel Beiras, economista, porta-voz nacional do BNG desde a sua fundaçom em 1982 até 2003 e porta-voz no Parlamento do BNG de 1985 até 2003; Margarita Ledo, catedrática de comunicaçom audiovisual da Universidade de Santiago e diretora do semanário A Nosa Terra de 1977 a 1980; Encarna Otero, professora de História e vice-presidenta do Concelho de Santiago de Compostela de 1999 até 2003; e Luís Gonçales Blasco 'Foz', membro da comissom linguística da AGAL e da Academia Galega da Língua Portuguesa; som vozes o suficientemente autorizadas para nos achegarem a figura de Castelao e a sua obra.

Fonte original:

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Gonçales Blasco, Luís (1941)

Luís Gonçales Blasco, "Foz"

Nado em Foz (1941), já desde a adolescência se interessa na identidade e na literatura da Galiza. Começa, em Madrid, estudos de Ciências; lá entra em contato com o fato de estudantes e trabalhadores galegos Brais Pinto onde se forma politicamente no nacionalismo galego e, socialmente, na esquerda: conheceu Méndez Ferrín que influiu muito nele como reflete no artigo «Ferrín na minha vida», publicado na obra coletiva A semente da nación soñada. Homenaxe a Méndez Ferrín (Xerais/Sotelo Blanco, 2008).

Em Compostela toma parte ativa no movimento estudantil dos anos sessenta.

Cofundou o Conselho da Mocidade, organização juvenil para recuperar o galeguismo político, que liquidaram Ramón Piñeiro e outros. Em julho de 1964 participa na fundação da União do Povo Galego.

Pelas suas atividades políticas no campo nacionalista e estudantil, em 1968 tem de se exilar a França, onde continua a trabalhar para a União do Povo Galego; é o primeiro responsável pela criação da secção europeia da mesma. Quando consegue o passaporte espanhol, em 1977, viaja à Galiza e a sua vida discorre entre ambos os países. Em 1978 começa uma aventura, com alguns amigos, como livreiro em Viveiro, nesta altura ainda alterna a sua vida entre França e a Galiza.

A livraria acabaria em fracasso económico, embora lograsse notável sucesso cultural. A seguir, acha o seu futuro no ensino, ao superar as oposições para professor de secundária de Língua e Literatura Galegas nos inícios dos oitenta. É na altura que ingressa na Associaçom Galega da Língua, de que foi vice-presidente.

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