Crónica da apresentação dos "Cantares Galegos" no local da Biblioteca Popular da EPG
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O passado sábado 12 de fevereiro, às 17h30 da tarde, inaugurou-se a Biblioteca Popular da Escola Popular Galega, situada na Rua Real nº 12 (Vigo), no mesmo edifício onde a 17 de maio de 1863 se imprimia pela primeira vez o livro Cantares Galegos de Rosália de Castro .
O passado sábado 12 de fevereiro, às 17h30 da tarde, inaugurou-se a Biblioteca Popular da Escola Popular Galega, situada na Rua Real nº 12 (Vigo), no mesmo edifício onde a 17 de maio de 1863 se imprimia pela primeira vez o livro Cantares Galegos de Rosália de Castro, justamente o livro primeiro da coleção Clássicos da Galiza promovidos pela AGLP e editados por Edições da Galiza, adaptados ao Acordo Ortográfico da língua portuguesa.
Ao evento assistiram um número aproximado de 25 pessoas que tiveram ocasião de escutar as palavras dos académicos Ernesto Vázquez Souza e Concha Rousia, encarregados de apresentar e falar sobre o livro nesse lugar emblemático. Abriu o ato a Concha Rousia, dando voz às próprias palavras de Rosália com a leitura de um breve poema, deixando passo, a seguir, ao Ernesto, que explicou o carácter simbólico dos Cantares Galegos, como o ponto de partida do ressurgimento da literatura nacional galega e mostrando a ilustração da capa do livro onde aparece um tojo, a primeira planta a agromar num terreno queimado.
Vázquez Souza comentou aspetos relacionados com a adaptação ortográfica a respeito do original e salientou que com esta edição o clássico adapta-se ao público lusófono em geral e por tanto muda o âmbito desde o que se tinha enxergado até agora a obra de Rosália para passar a fazer parte do sistema linguístico que lhe é próprio, a língua portuguesa.
Neste contexto aproveitou para explicar também o papel da AGLP surgida da própria sociedade civil para cumprir, ao serviço do povo galego, funções que das instituições do governo autónomo galego não se levam a cabo, do mesmo modo que a própria Escola Popular Galega ou a Associação de Pais e Mães Galegas - Agarimar (as duas associações que compartilham o local da nova Biblioteca Popular) estão a fazer. O académico aclarou, ainda, a importância essencial dos movimentos sociais de base na resistência, recuperação e reconstrução nacional do país.
Finalizada a exposição do professor Ernesto Vázquez Souza tomou novamente a palavra Rosália, com a leitura de novos poemas por parte de Concha Rousia e o próprio Ernesto, aos que se uniu um participante entre o público para encerrar da melhor maneira possível a palestra.
Para concluir, uma das pessoas responsáveis do local convidou os assistentes a visitar o Centro Social A Revolta, situado muito perto da biblioteca, na mesma Rua Real, onde ofereceram uns petiscos e onde os participantes puderam continuar a conversa.
A Academia Galega da Língua Portuguesa quer agradecer as pessoas que fazem possível a Escola Popular Galega e o Centro Social A Revolta a boa acolhida e reiterar o seu oferecimento para realizarmos no futuro novos atos e apresentações no local da nova Biblioteca Popular.
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