A literatura portuguesa depois da revista Orpheu
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Primeira sessão do Ciclo de Cultura Contemporânea Nexos
17 de outubro, Biblioteca e Arquivo da Galiza
A revista Orpheu, fundada há cem anos agora, foi "o primeiro grito moderno que se deu em Portugal", nas palavras de Almada Negreiros. Desse grito inaugural derivaram ecos virtuosos nos terrenos da poesia e da narrativa. Um dos frutos mais celebrados foi a obra do poeta Herberto Helder, falecido infelizmente no vigente 2015. Outros de seus marcos culminantes são os romances da escritora Lídia Jorge. Por ocasião do centenário da Orpheu, o ciclo Nexos e o Instituto Camões propõem uma viagem ao último século da literatura portuguesa, com parada em dois nomes aplaudidos pela crítica e por várias gerações de leitores.
12:00 | Conferências: Antonio Cardiello, doutor em filosofia, investigador, editor e consultor da Casa Fernando Pessoa, mostrará o nascimento e acolhimento da revista Orpheu; Rosa Maria Martelo, professora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, pesquisadora, ensaísta e poeta, via aproximar-nos ao universo criativo e vital de Herberto Helder; Lídia Jorge, um dos nomes mais relevantes da prosa portuguesa (condecorada em Portugal com a Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique e na França como Dama de Artes e Letras) falará de sua escrita e de suas leituras; finalmente Carlos Quiroga, professor de literaturas lusófonas da Universidade de Santiago de Compostela lerá, nos interstícios, textos da revista Orpheu, de Herberto Helder e de Lídia Jorge.
13:30 | Projeção da curta-metragem: As deambulações do Mensageiro alado (12 min.). Raridade audiovisual realizada em 1969 por Edgar Gonsalves Preto. Um anjo deambula por Lisboa quando encontra num café Herberto Helder com A colher na boca, iniciando assim uma parodia do poeta e dos seus títulos mais reputados.