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Alonso Estraviz, Isaac (1935)

 Isaac Alonso Estraviz (*)

É o primeiro vice presidente da Academia Galega da Língua Portuguesa, membro da Comissão de Lexicologia e Lexicografia, e do Conselho de Redação e Administração do Boletim da AGLP.

Nado em Vila Seca (Ourense), é Licenciado em Filosofia pela Universidade de Comilhas (1973), em Filosofia e Letras pela Complutense de Madrid (1974) e na mesma universidade em Filologia Românica (1977). Diplomado em Cultura e Língua Portuguesas pela Universidade de Lisboa (1976). Doutor em Filologia Galega pela Universidade de Santiago de Compostela (1999) com a tese O Falar dos Concelhos de Trasmiras e Qualedro.

Entre 1975 e 1977 foi professor de Língua e Literatura Galegas no Ateneu de Madrid e desde entom até 1984 desempenhou o mesmo labor na Irmandade Galega-Lôstrego da capital do Estado. Como Professor de Bacharelato percorreu várias vilas e cidades galegas (A Rua, Ferrol, Ponte Vedra, Pontedeume, Santiago, Vigo, Corunha, Ordes) até obter destino definitivo no Instituto Otero Pedraio de Ourense em 1987. Em 1986, assistiu como observador ao Encontro sobre Unificação Ortográfica da Língua Portuguesa (6-12 Maio de 1986) no Rio de Janeiro. De 1990 a 1992, Professor Associado da Universidade de Vigo. Desde 1992-94 é Professor Titular de Didática da Língua e Literatura Galegas na Universidade de Vigo, em Ourense e Ponte Vedra. De 1994 a hoje, só  em Ourense. É membro da Comissão Linguística da Associaçom Galega da Língua e do Conselho de Redação da Revista Agália.

Tem publicado: Contos con reviravolta: arando no mencer (1973), Lugo, Castrelos; Dicionário galego ilustrado "Nós" (1983), Crunha, Nós; Dicionário da língua galega (1986), Madrid, Alhena; Estudos filológicos galegoportugueses (1987), Madrid, Alhena; Dicionário da língua galega (1995), Barcelona, Sotelo Blanco; Os intelectuais galegos e Teixeira de Pascoães: epistolário (2000), Sada, Ed. do Castro, em colaboração com Eloísa Álvarez da Universidade de Coimbra.

Colaborou nos seguintes livros coletivos: Misal galego com o Ritual dos Sacramentos e uma antologia das principais orações do fiel cristão (1968), O estatuto de Galiza. Antecedentes e comentarios (1975, sob o pseudónimo Isaac da Bougueira); Mapa de Galicia (1979); Estudo crítico das Normas ortográficas e morfolóxicas do idioma galego (1983); Prontuário ortográfico galego (1985); Guia prático de verbos galegos conjugados (1988); Uso das línguas na perspectiva peninsular (1993); Seis Projectos de Expressom Artística Globalizada, para crianças de 6-8 anos (2002).

Traduziu, para a editora Sept, de Vigo, Os Salmos (1966); Joám XXIII, Pacem in terris; Paulo VI, Populorum progressio (1968); Concilio Vaticano II, A eirexa no mundo moderno (1973); Risco, Vicente, O problema político de Galiza (1976).

Tem colaborado em revistas, como Grial, Boletim de Filologia de Lisboa, Agália, O Ensino, Nós (Revista Internacional Galego-Portuguesa de Cultura), Temas de Linguística e Sociolinguística, Cadernos do Povo, Encrucillada, Raigame, Revista de Guimarães, A Nosa Terra.

(*) Fotografia: www.aelg.org | Autoria: Santos-Díez (Ollo de Vidro-ACAB) (2009).

Associação Pró-AGLP renova Conselho Diretivo

Pró-AGLP

No dia 27 de junho de 2015, na Casa da Língua Comum, em Compostela, ficou constituído o novo Conselho Diretivo da Associação Cultural Pró-AGLP com Xosé Morell (presidente), Mário Herrero (vice-presidente), Ângelo Brea (tesoureiro), Irene Veiga (secretária) e Paloma Fdez de Córdoba, Maria Dovigo, Noemi Vázquez, Xosé Tubio e Xico Paradelo (vogais).

Para além doutros temas, o novo Conselho resolveu fazer um reconhecimento expresso ao trabalho da anterior equipa diretiva, a qual, nestes quatro anos últimos, conseguiu consolidar e mesmo aumentar o prestígio da nossa associação. Sucessos como o da Iniciativa Paz-Andrade, entre outros, são devidos, em boa medida a eles e elas.

Quem somos

Pró-AGLPA Associação Pró-Academia Galega da Língua Portuguesa foi constituída em 1 de Dezembro de 2007, dia da Restauração da Independência e aniversário do primeiro acto público de Nunca Mais. Cerca de 20 pessoas de diferentes âmbitos da defesa da língua reuniram-se na cidade de Compostela com um objectivo comum: apoiar a criação duma Academia Galega da Língua Portuguesa.

Após um intenso e frutífero debate decidiu-se constituir a "Associação Cultural Pró-Academia Galega da Língua Portuguesa" para o qual se aprovaram uns estatutos e uma Junta Directiva composta de 10 membros.

Crónica das Conferências de 8 de Outubro de 2007

Conferências de 8 de Outubro de 2007

Professores Evanildo Bechara (ABL) e Malaca Casteleiro (ACL)
participaram no evento

A Comissão Promotora da Academia Galega da Língua Portuguesa organizou as conferências dos académicos Evanildo Bechara e Malaca Casteleiro em Santiago de Compostela, em passada segunda-feira, 8 de Outubro de 2007. O primeiro acto público desta Comissão começou às 12 horas no Salão de Graus da Faculdade de Filologia, Universidade de Santiago.

O evento foi apresentado polo catedrático de língua portuguesa da Universidade de Santiago e Presidente da Comissão Linguística da AGAL, José Luís Rodrigues, que numas breves palavras soube desenhar a essência do acto a realizar.

Professor Evanildo Bechara: «A Academia Brasileira de Letras deve prestar maior atenção à Galiza»

Martinho Montero Santalha, professor da Universidade de Vigo e porta-voz da Comissão Promotora da Academia Galega da Língua Portuguesa, fez um fermoso e breve pormenor biográfico do professor Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras, em que ocupa actualmente a função de Tesoureiro, e repassou a sua importante obra com um especial destaque para a sua Moderna Gramática Portuguesa, que já regista a 37 edição, revista e ampliada.

O Professor Bechara tratou na sua intervenção dous interessantíssimos assuntos: a história da Academia Brasileira das letras, fundada no ano 1886 no Rio de Janeiro, e que teve de primeiro Presidente Machado de Assis até ao seu falecimento em 1908. Falou também do conteúdo dos estatutos, citando o Artigo 1º, referido ao "cultivo da língua e literatura nacional", onde o singular de nacional faz referência à literatura brasileira, pois a língua, para a ABL, é uma só. Falou-nos também do papel de António Morais Silva, o seu dicionário e a relação com a ABL; dos objectivos actuais da ABL e da disponibilização de recursos; sua composição, os trabalhos que nela se fazem, e da incorporação da componente linguística e filológica em anos recentes.

Passou logo o académico brasileiro a falar dos problemas do Acordo Ortográfico, e fez um repasso das distintas tentativas de chegar a um consenso entre o Brasil e Portugal. Expus uma opinião sobre a parte mais problemática do acordo de 1990: a pretensão fazer um modelo de acentuação com base na fonologia, sob o princípio de que a escrita corresponde à fala; sugeriu como solução ideal a redução dos acentos muito significativamente, mas não como proposta a realizar de imediato. Disse o professor que o português tem em toda a parte uma mesma morfossintaxe, e mais dum noventa por cento de coincidência. Infelizmente, com menos do dez por cento de discrepância fonológica, fazemos grandes problemas. Ele proporia, como ideal, começar de novo a discutir o acordo ortográfico partindo de bases novas, pois só pode haver unidade da escrita se esta for repensada sob outros critérios. Por último, salientou a importância de conceber a Lusofonia como uma unidade na diversidade. Anunciou que vai propor à Academia Brasileira de Letras um alargamento a toda a lusofonia, e defendeu a necessidade de essa instituição prestar uma maior atenção à Galiza.

Professor Malaca Casteleiro: «Temos que ser poliglotas dentro da própria língua»

A Catedrática da Universidade de Vigo Maria do Carmo Henriquez Salido fez a apresentação do professor Malaca Casteleiro, da Academia de Ciências de Lisboa, assinalando a sua importância no campo da lexicografia e na elaboração do dicionário da ACL, que tão útil está a ser para os seus trabalhos no âmbito da linguagem jurídica, que é, aliás, um dicionário com "exemplos vivos". Lembrou a sua relação pessoal com Casteleiro, um "firme e ferrenho defensor da unidade da língua".

Começou o professor Malaca agradecendo o convite da organização. Assinalou conceitos indicados por Bechara, afirmando que: "temos que ser políglotas dentro da própria língua", e sabermos inserir a diversidade na unidade.

Logo as palavras do professor nos mergulharam em dous projectos lexicográficos nada contrários entre si, mas complementares: o dicionário da Academia de Ciências de Lisboa, com 70.000 unidades lexicais, no que se recolhe a língua portuguesa dos séculos XIX e XX e no que se incorporam Brasileirismos, africanismos e asiatismos. Por outro lado o dicionário Houaiss, com 218.000 unidades lexicais, onde se recolhe o português dos séculos XVI a XX. Foi Casteleiro que dirigiu a equipa que preparou a edição portuguesa deste dicionário, editada polo Círculo de Leitores e da que já foram vendidos sessenta mil exemplares. Em 16 meses revisaram o dicionário na sua totalidade e até corrigiram alguns erros que nele havia, mudanças serão incorporadas na próxima edição brasileira.

Casteleiro delineou a seguir uma história da Academia de Ciências de Lisboa e dos seus dicionários ou tentativas de dicionários, e as peripécias da sua génese. Como director da equipa realizadora do dicionário da ACL, o atento e entusiasmado público ficou deliciosamente informado da intra-história dessa publicação. Lembrando que os dicionários Houaiss e o da Academia partem de perspectivas filosofias distintas, trata-se de duas excelentes obras nada contraditórias entre si. Anunciou que no futuro vai haver nova edição do dicionário e que os galeguismos poderiam também ser incorporados. Também está em perspectiva a edição de um dicionário abrangende dos séculos XVI a XVIII.

O académico da ACL tratou a seguir o assunto do acordo ortográfico e os problemas que enfrenta, ao ser a ortografia "um campo da soberania política" no mundo lusófono. Manifestou-se bastante pessimista sobre a possibilidade de o acordo vigorar em Portugal no curto prazo, e até deu a entender os problemas isto poderia provocar. Casteleiro realizou uma revisão da história dos acordos ortográficos, complementado nalguns aspectos a magnífica exposição do professor Bechara.

Ver vídeo das conferências

Descarregar cartaz do evento em PDF

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