Volume II do Boletim da Academia Galega da Língua Portuguesa
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Entre outros textos, recolhe as intervenções no ato de inauguração da Academia Galega da Língua Portuguesa
Saiu do prelo, pelas datas previstas, o volume II do Boletim da AGLP, publicação de periodicidade anual editada em Santiago de Compostela. Este novo volume consta de 332 páginas e a seção relevante é a dos Estudos, seguida da dedicada a resenhas de Publicações.
Contudo, a seção Instituição tem, neste volume, particular importância, porquanto nela se recolhem as intervenções dos representantes das três academias, Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Letras e da nascente Academia Galega da Língua Portuguesa, no ato de inauguração desta, realizado solenemente em Compostela, o 6 de outubro do ano 2008. Foram palavras bem sentidas do escritor João Craveirinha e dos Prof.es João Malaca Casteleiro, da ACL, Artur Anselmo, da ACL, Carlos Reis, Reitor da Universidade Aberta de Lisboa, Evanildo Bechara, da ABL, e José Martinho Montero Santalha, presidente da AGLP. Salientável foi a intervenção, igualmente transcrita, do Ex.mo Sr. Xosé Antón Perez Lema, Secretário de Relações Institucionais da Junta de Galiza. Completa-se a seção com o currículo dos trinta académicos.
Na seção de Estudos podem ler-se artigos interessantes, a começar por o «Programa em Honra de Santiago», da autoria do saudoso Agostinho da Silva. Seguem textos dos Prof.es Evanildo Bechara, sobre «Machado de Assis e o seu ideário de língua portuguesa»; Adriano Moreira, sobre «A língua portuguesa e o Acordo Ortográfico»; João Malaca Casteleiro et aliae, sobre «Um Dicionário da Língua Portuguesa Medieval».
Pela sua parte, Anabela Brito Mimoso trata de gastronomia em «Comamos e bebamos porque amanhã morreremos»; Micaela Ramon comenta «Noites de Inês-Constança, de Fiama Hasse Pais Brandão»; Concha Rousia, da AGLP, analisa a «Mudança de narrativa linguística na Galiza»; Josep Conill apresenta a situação crítica do catalão no País Valenciano em «Três textos e um só discurso ou o peixe que morde a própria língua (I)»; Iolanda R. Aldrei oferece «Notas sobre uma conversa comprida com Jenaro Marinhas del Valle».
Os seguintes três artigos tocam a situação do português em Timor Lorosae (Regina Helena Pires de Brito, «Educação linguística e difusão do português em contexto timorense»), em Goa (Henrique Salles da Fonseca, «Pela rota da Índia») e na Olivença espanhola (Carlos Luna, «O português de Olivença»). Neste grupo pode incluir-se o artigo de Chrys Chrystelo, «Do genocídio linguístico à literatura açoriana de Daniel de Sá».
Beatriz Weigert, em «A Reescrita», aborda a criação literária de Nélida Piñon; Mário J. Herrero Valeiro submete a crítica o bilinguísmo em «Quando o bilinguísmo era bom»; Higino Martins Esteves, da AGLP, continua as suas «Pesquisas etimológicas». Da banda desenhada ocupam-se Xico Paradelo, da AGLP, et alii em «Para uma virtual edição da História da Língua em BD». Isabel Rei Sanmartim, da AGLP, oferece «Notas sobre quatro peças para guitarra do Arquivo Valladares» e Maria Celeste Natário reflete sobre «A saudade em Ramón Piñeiro».
Das resenhas apenas citamos a de Ernesto Vázquez Souza, da AGLP, sobre o Atlas Histórico da Galiza (de J. M. Barbosa, da AGLP, e J.M. Gonçales), a de Rui Lopo, «Um olhar sobre duas obras recentes ...», de tema "a saudade", e a de Isaac A. Estraviz, da AGLP, sobre o Dicionário Espanhol-Português, da Porto Editora, de que é Coordenador Álvaro Iriarte, da AGLP.
Para além, Isabel Moran, Carlos Quiroga, Isabel Rei e António Gil completam a seção.