Cantares Galegos
Rosália de Castro
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Coleção "Clássicos da Galiza": Volume 1
Versão dirigida por: Higino Martins Esteves
Promove: Academia Galega da Língua Portuguesa. Rua Castelão, nº 27 - 15900 Padrão, Galiza
Edição: Edições da Galiza, 2009
ISBN: 978-84-936218-4-1
Depósito Legal: SE-2914-2010
Índice:
À maneira de apresentação (p. 7, 8)
A propósito desta edição dos Cantares Galegos (p. 9)
Nota biográfica (p. 11, 12)
Cantares Galegos
A Fernán Caballero (p. 1)
Cantares Galegos por Rosalia Castro (p. 3 a 6)
Poemas (p. 7)
Poemas acrescentados na segunda edição (p. 147)
Poemas acrescentados na terceira edição (p. 160)
Notas (p. 13)
Glossário (p. 73)
Breve resenha:
Se alguma vez um livro foi capaz de mudar a trajetória da escrita, da língua e por tanto da imagem que uma nação tem de ela própria e oferece ao mundo é esta obra-prima da nossa enorme Rosália de Castro.
Foi alvorada que abalou em saudades o duro coração dos galegos e rompeu para sempre a tradição de seqüestro noutra língua. Exemplo de tão alegre e melâncolico ritmo demonstrou possível uma literatura galega, radical e moderna, na língua que empregava a gente para cantar e viver, na única em que podiam ser exprimidas todas as subtilezas do ser, toda a complexa, longa e assanhadamente apagada História nacional.
Os Cantares Galegos, nas asas românticas dos lieder, na polêmica céltica dos Barzaz Breiz, em diálogo com as Espanhas de Antonio Trueba, são testemunho e reivindicação da essência poética e musical galega, síntese intensa de leituras, melodias, ares, ditos, ambiente e conversas sobre folclore e nação.
Escritos quando agoniza a I Restauração bourbónica espanhola (1863), num momento em que a Galiza liberal luta pola modernidade, celebrados como bandeira antes da chegada da II Restauração canovista nas Espanhas, são, coincidindo com os sonhos vitais da autora, desafio e desabafo, presente e jogo poético de amor; símbolo e mensagem de uma entusiasta moça dotada de raro talento artístico e tremenda potência intelectual.
Se há um programa é este: o da reivindicação dessa língua familiar e cultura herdada em farrapos, aprendida sem mais escola que a das aldeias e sem gramática de nenhuma classe, que aspira por próprio esforço e constância, em construção permanente desde aquela, a levar o nome de Galiza ao lugar onde lhe corresponde entre as nações da Terra.
Cuidai, que começa...
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 248