Apresentação pública da Academia Galega da Língua Portuguesa
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A Academia Galega da Língua Portuguesa, constituída em 20 de setembro de 2008, e presidida pelo Professor Doutor José-Martinho Montero Santalha, realizará a Sessão Inaugural no Centro Galego de Arte Contemporânea, o dia 6 de outubro, em Santiago de Compostela.
Neste evento, além duma ampla participação de personalidades da vida cultural e universitária da Galiza, serão recebidos representantes oficiais da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras, autoridades políticas e responsáveis universitários da Galiza e Portugal. Terá lugar, também, a apresentação do primeiro volume do Boletim da AGLP e a estreia de obras musicais compostas para o evento.
A AGLP é uma entidade privada que se define como «instituição científica e cultural ao serviço do Povo galego», pretende «Promover o estudo da Língua da Galiza para que o processo da sua normalização e naturalização seja congruente com os usos que vigoram no conjunto da Lusofonia».
A proposta de criação da Academia foi defendida pelo Professor Montero Santalha num artigo publicado em 1994 na revista Temas de O Ensino sob o título «Dificuldades do presente e tarefas para o futuro» e, mais recentemente, numa intervenção em Bragança, em outubro de 2006, na realização do V Colóquio da Lusofonia. Posteriormente, em 7 de abril de 2008, foi confirmada pelo presidente da Associação Cultural Pró AGLP durante a sua intervenção na Assembleia da República de Portugal, na Conferência Internacional de Lisboa, em 7 de abril de 2008.
José-Martinho Montero Santalha nasceu em Cerdido (Galiza) em 1941. Frequentou o Seminário de Mondonhedo e, em Itália, realizou estudos de Teologia e Filosofia (Universidade Gregoriana de Roma). Doutorou-se em Filologia com uma tese sobre as rimas da poesia trovadoresca (em 2000, Universidade da Corunha).
Muito cedo aderiu aos movimentos a prol da reintegração linguística, convertendo-se num dos principais promotores. Durante a sua estadia em Roma (1965-1974) participou no grupo “Os Irmandinhos”, preocupados pela recuperação do galego na liturgia e na sociedade em geral. Nessa altura foi um dos assinantes do “Manifesto para a supervivência da cultura galega”, publicado na revista Seara Nova (dirigida por Rodrigues Lapa) em setembro de 1974. A começos da década de 80 participou na fundação de diversas associações culturais galegas, como as Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, Associaçom Galega da Língua e Associação de Amizade Galiza-Portugal.
Tem publicado numerosos estudos em diversas revistas e congressos internacionais, sendo um dos autores mais prolíficos e respeitados da Galiza lusófona. Actualmente é catedrático de Língua e Literatura galega na Universidade de Vigo (Campus de Ponte Vedra).
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