Info Atualidade

Lançamento da página web do Centenário Carvalho Calero

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carvalhocalero2010.net

Biblioteca Ângelo Casal será o lugar de apresentação

Promovida por diversas entidades culturais como a Associaçom Galega da Língua, a Mesa pola Normalización Linguística, Fundaçom Artábria, Associação Cultural Pró AGLP, Local Social Aturuxo e Centro Social Gomes Gaioso e o Instituto Cultural Brasil-Galiza, o ato de lançamento terá lugar o sábado 15 de maio às 13 horas, na Avenida João XXIII de Compostela.

A página integra a mais completa biografia e bibiografia de Carvalho Calero, assim como citas do autor, mediateca e informação sobre as atividades que as entidades promotoras realizam durante o ano 2010 sobre a obra do primeiro catedrático de língua galega da nossa história.

O lançamento correrá a cargo do presidente da AGAL Valentim Rodrigues Fagim, e da presidenta do Instituto Cultural Brasil-Galiza, Concha Rousia, que farão um percorrido pela obra de Carvalho Calero e falarão da sua importância na história da cultura galega.

Dos mestres à Academia Galega da Língua Portuguesa na Galiza

  • Escrito por: AdminWeb
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Professor Ricardo Carvalho Calero

O estudantado da USC lembra Carvalho Calero

O presidente da AGLP, José-Martinho Montero Santalha, participará na semana de atividades em lembrança do professor Ricardo Carvalho Calero organizada pela Assembleia de Filologia da USC, em colaboração com o Departamento de Português, entre 10 e 20 de maio.

As atividades da Assembleia de Filologia serão na Sala de Graus da faculdade, e já solicitaram um crédito de livre configuração. A motivação para dedicar uma semana a Carvalho Calero deve-se à negativa da RAG de lhe conceder o Dia das Letras «por questões que ultrapassam o literário e lingüístico e se inserem simplesmente em disquisições políticas».

Lembram Carvalho Calero como «a memória da inteletualidade e do galeguismo do século XX» e conetor entre o Partido Galeguista e o novo nacionalismo galego «após a longa noite de pedra». Por isto, vindicam a homenagem para «um dos bons e generosos da Galiza».

eixosA seguir reproduzimos o programa desta semana, que durará 32 horas repartidas em três paineis temáticos:

1.- Carvalho Calero: biografia e inter-história (duração: 11 horas)

10 de Maio

  • 15:30 horas — Apresentação da Semana das Letras

  • 16:00 horas — O legado global de Carvalho Calero, por Aurora Marco.

  • 17:00 horas — Carvalho Calero e o Partido Galeguista, por Justo Beramendi.

  • 19:30 horas — Ricardo Carvalho Calero, historiador da literatura, por Arturo Casas.

11 de Maio

  • 16:00 horas — Projeção da entrevista a Carvalho Calero e debate posterior

  • 18:00 horas — Dos mestres à Academia Galega da Língua Portuguesa na Galiza. Percurso polo pensamento linguístico de Murguia, João Vicente Biqueira, Risco, Castelao e Carvalho Calero, por José-Martinho Montero Santalha.

2.- Carvalho Calero: a sua obra linguística: (duração: 10 horas e 50 minutos)

12 de Maio

  • 16:00 horas Apresentação

  • 16:30 horas — De Rodrigues Lapa a Carvalho Calero. O galego (im)possível? A evolução na teorização linguística de Carvalho. A “radical” proposta de Rodrigues Lapa. Reações a favor e em contra na Galiza. A herança de Carvalho no regeneracionismo, por Roberto Samartim e Valentim Rodrigues Fagim.

  • 19:30 horas — A gramatização e a elaboração formal da língua galega antes de 1980, por Ramón Mariño Paz.

18 de Maio

  • 16:00 horas — Entre o normativismo e o utilitarismo, perspetivas de Carvalho Calero e o Reintegracionismo desde o século XXI, por Carlos Figueiras.

  • 18: 30 horas — Carvalho Calero na lembrança, por Carme Blanco

3.- Carvalho Calero e a sua obra literária (duração: 10 horas e 50 minutos)

19 de Maio

  • 16: 00 horas Apresentação

  • 16:30 horas — 'Scórpio' e a obra narrativa de Carvalho Calero, por Carlos Quiroga

  • 19:00 horas — A obra teatral de Carvalho Calero, por João Guisám Seixas

20 de Maio

  • 16:00 horas — Recital lúdico-poético e leitura de um texto final reclamando o Dia das Letras Galegas para Carvalho. Recital a cargo de Carlos Quiroga, Alicia Fernández e Gonzalo Ermo. Leitura de uma escolma de poemas de Carvalho Calero.

  • 17:30 horas — Exposição da Fundaçom Artábria sobre Carvalho Calero. Com debate posterior

  • Pausa-café (30 minutos)

  • 20:00 horas — Encerramento da Semana das Letras. Conclusões e leitura do manifesto da Assembleia de Filologia para a o recolha de assinaturas para um Dia das Letras Galegas para Ricardo Carvalho Calero.

Mais info:

Crónicas do Brasil (I): Compostela - Brasília - São Paulo

  • Escrito por: Isabel Rei
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ImageIsabel Rei (*)

Era meio-dia e chegadas de Compostela duas mulheres arrastavam pelas viguesas ruas uma pesada caixa cheia de livros. As malas que também levavam incomodavam um pouco ao subir e descer dos meios de transporte. Mas eram duas e estavam decididas. Como todo o mundo sabe, duas mulheres decididas podem conseguir qualquer cousa, ainda que o seu propósito naquele momento era tão só chegar ao Sá Carneiro do Porto para apanhar um voo a Lisboa. 

No aeroporto juntava-se uma parte da comitiva que voava para a capital portuguesa a se reunir com os outros acompanhantes, os quais, provenientes de diversos lugares do mapa oficial português, completariam o grupo e juntos embarcariam no aéreo que os transportaria, atravessando quase dez atlânticas horas de oceano, até Brasília, capital da República Federativa do Brasil.

Alvorada do Brasil (Guarulhos)

Alvorada do Brasil (Guarulhos)

As galegas Concha e Isabel pisavam terra brasileira de manhã, muito cedo, no aeroporto de Guarulhos junto dos açorianos e os outros galegos do Sul que conformavam a Comitiva Oficial dos Colóquios da Lusofonia. Convidadas pelo governo brasileiro preparavam-se para participar na Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, organizada pela Comunidade de Países de Língua Portuguesa, a se celebrar no palácio Itamaraty entre o 25 e o 27 de março.

Nada mais chegar ao hotel a sequência foi tomar banho, vestir-se e sair correndo para o Itamaraty, onde essa mesma manhã teria lugar a Recepção Oficial e a sessão inaugural do evento com a participação dos elementos diplomáticos de vários países lusófonos.

Conferência no Auditório do Itamaraty

Conferência no Auditório do Itamaraty

Depois do almoço iniciaram-se as palestras. E foi durante o espaço destinado às perguntas que começou o movimento das galegas: Distribuídas segundo a disposição do programa, o qual indicava duas salas de conferências simultâneas, intervieram em seis ocasiões, apresentando a Academia Galega da Língua Portuguesa e denunciando a situação linguística da Galiza.

A recepção das suas intervenções foi excelente, tornou-se comum a todas elas uma forte salva de palmas no fim da alocução e, a seguir, conversa e troca de contatos com as pessoas, numerosas, que ficavam interessadas.

Intervenção de Concha Rousia, sala San Tiago Dantas

Intervenção de Concha Rousia, sala San Tiago Dantas

A atividade despregada deu assim produtos extraordinários, sobretudo se temos em conta que o trabalho era feito desde a total falta de apoio governamental galego ou espanhol, de maneira voluntária e sem mais recompensa que a da presença galega nesses foros onde se debateu, ao mais alto nível, o futuro mundial da Língua Portuguesa. Essa presença significou a continuação da mantida no passado em duas ocasiões (Rio de Janeiro, 1986 e Lisboa, 1990) pela Delegação de Observadores da Galiza, reiteradamente ignorada, desprezada e silenciada na nossa terra, mas da que tinham conhecimento e lembrança os diplomatas lusófonos.

Brasília

Brasília

As idas e vindas do hotel ao Itamaraty davam para tirar alguma foto e repor forças no shopping ao lado. Brasília é uma capital jovem que cumpre cinquenta anos em abril de 2010 e foi construída organizadamente: os residenciais numa zona, os edifícios administrativos noutra, os hotéis noutra diferente. As diferentes zonas estão comunicadas por o que para os galegos seriam grandes autoestradas de várias faixas de circulação e para os brasileiros são estradas normais, necessárias para sustentar o volume de viaturas que diariamente cruzam a cidade. A aparência dos arranha-céus ao longe tocados de brancas nuvens demorando-se maininho no céu brilhante tem a ver com o grande espaço que a cidade contém, as ruas amplas, a atividade nos centros comerciais e a vida ultramoderna que, em geral, vivem os seus habitantes.

Depois da adrenalina empregada nos dous dias de congresso, e felizes com os resultados, lá foram as galegas e toda a Comitiva dos Colóquios para Guarulhos novamente, pegar um voo a São Paulo de manhã e assim poder cumprir com a visita guiada ao Museu da Língua Portuguesa.

Image

No trajeto do aeroporto paulistano ao Museu, sito na céntrica Estação da Luz, tiveram a sorte de ser conduzidas por um espectacular taxista nordestino que explicou extenso e irónico as vicissitudes da política brasileira, entanto eram acompanhadas pelo longo rio Tietê que junto delas ouvia o relato sem desviar-se do percurso, diz que em direção contrária ao mar...

O formoso Museu da nossa língua ocupava uma parte do antigo edifício da estação de trem e oferecia projeções de vídeo, painéis explicativos da história das línguas, jogos interativos, exposição de erros comuns entre os falantes de língua portuguesa, e havia muita música e poesia. Uma projeção audiovisual mostrava um planetário em que os poemas apareciam e se entrelaçavam em cúmulos, nebulosas e constelações de estrelas. O Museu mostrava o universo da língua a se abrir aos presentes, onde ainda chegava a luz da remota Martim Codax, gigante vermelha dos céus da arte antiga, molhando o coração brasileiro com as águas do mar de Vigo.

Mas fora isso, observaram as galegas pouca Galiza. Não lhes chegou a que havia. O Museu tinha Galiza medieval, mas não havia nada de como os galegos foram submetendo a sua cultura aos ditados alheios, nem havia notícias do hoje, dia em que a Galiza observa altos cargos e professores universitários a debaterem se o Galego deve morrer cozido ou assado.

Painel no Museu da Língua Portuguesa

Painel no Museu da Língua Portuguesa

Pois, entanto cozidos ou assados, duas mulheres puseram os pés em Brasília, capital do Brasil, potência emergente, titã da poderosa língua dos galegos, cheia de variados acentos e sotaques, o netinho galego mais querido. Lá falaram as galegas com bom senso e correção idiomática, e foram ouvidas por embaixadores, ministros e outros diplomatas. Partilharam almoços e conversas com todo tipo de pessoas que as abraçaram e trataram como iguais por fazer o que é natural nos galegos: cultivar e defender a nossa língua que ali chamam, sem nenhum preconceito, de língua portuguesa ainda que o número de cidadãos portugueses seja ridículo em comparação com o total de falantes da língua, que vai dos descendentes de todos os cantos da Europa até aos índios guaranis passando pela população de ascendência africana. Todos falando galego, com acento, isso sim.

O mundo está mudando para os galegos a velocidade vertiginosa. Talvez no Museu da Língua Portuguesa admitiriam alguma colaboração para completar as suas informações sobre a Galiza. Se for esse o caso: Que Galiza deverão mostrar os galegos em São Paulo? Aquela tolheita e isolada pela sinistra Espanha antigalega, aquela que não aprende língua portuguesa e por isso não pode dialogar fluentemente com o Brasil? Ou aquela Galiza desperta, desinibida, segura de si, que usa a via da comunicação sem interferências nem complexos, que pega o caminho da modernidade pela autoestrada da Língua Comum?

Exposição no Itamaraty

Exposição no Itamaraty

Crónica fotográfica no Picasa

(*) Académica, membro da Comissão Executiva da AGLP.

Crónicas do Brasil (II): A ABL e o Real Gabinete Português de Leitura

  • Escrito por: Concha Rousia
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ABL e RGPL

Por Concha Rousia

A verdadeira viagem não acaba nunca, e muito menos acaba quando o corpo regressa ao lugar de partida. O meu corpo chegou no dia 12 de Abril, e desde esse dia até o 22 esteve a gravitar por algum lugar afastado de minha consciência. Hoje, dia 22, acordei e vi que tudo estava no seu lugar. Beijei minha filha, ouvi cantar o galo da Amaia, e abri as Memórias Inventadas de Manoel de Barros. Bendigo hoje esse nome, ‘Manoel’, com ‘o’, que normaliza os meus amigos da infância e naturaliza as minhas falas.

Os passos foram: Santiago, Vigo, Porto, Lisboa, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, e ainda depois Santa Catarina. Até chegar ao Rio irei por atalhos, pois esta parte da viagem já foi magnificamente contada por Isabel Rei. Chegamos a Brasília como parte da Comitiva Oficial dos Colóquios da Lusofonia, com a chegada do sol. O primeiro café e a cor do ouro nas notas de vinte reais fizeram acordar em mim as mitologias herdadas dos tempos dos avós. A humanidade nos rostos e a grandeza na paisagem marcaram a chegada a um mundo imenso... com a emoção de finalmente me sentir nos braços do Brasil... onde a erva retém a cor da minha infância, e a minha infância vem assim se reencontrar comigo. Percebo que há muito de mim que vai ficar aqui.

Sinto-me em casa, agora que aqueles espanhóis do avião pararam de gritar, noto como este mundo me completa. As árvores piscam suas pétalas para mim. Estou contente, embora carrego uma mágoa... a Galiza vai velhinha, e sem dúvida, vai doente, pergunto-me se nos dará tempo a que o Brasil nos reconheça... ele é tão grande que eu não sei se notará a nossa presença...

De Brasília o atalho, que não era tal, passa por São Paulo. No aeroporto vi duas mulheres que tinha conhecido no passado, só que não saberia dizer se eram índias ou se eram emigrantes das beiras do Minho que seguiam a levar vestimentas antigas e pretas como as minhas... Compreendi que estava no mundo mais amplo e mais profundo dos que já tinha visto... um mundo que reborda vida e energia, onde as emoções e as flores se misturam nos olhos que aprendem a medir hoje distâncias infinitas... um mundo que semelha não caber em si mesmo e porém pode, ao mesmo tempo, acolher os outros todos... Uma paradinha na Estação da Luz permitiu-nos ver o museu da nossa língua... polo caminho uma pessoa à nossa frente perfumava o ar com sons brasileiros da nossa fala... A visita ao museu foi breve, intensa, saí convencida de ter visitado o templo da minha única religião... onde a luz se fez poesia.

ABL e RGPL

Na volta ao aeroporto, com um taxista nordestino que merece menção por nos ter oferecido um curso acelerado de brasileirismo, atravessamos o rio Tietê, que avança para seu destino distanciando-se do mar, a caminho de Minas Gerais, achei que nesse rio havia uma mensagem para esta viagem, mas guardei-a sem abrir... Essa mesma noite deixamos São Paulo para ir dormir a Copacabana. Chegamos tarde, apenas com tempo para comprovar que nas malas continuavam os papéis com o discurso do dia seguinte na Academia Brasileira de Letras. No dia 29 o Professor Malaca Casteleiro, Chrys Chrystello e eu, almoçamos na Academia com Marcos Vilaça, o seu Presidente, o Professor Evanildo Bechara e outros académicos.

As instalações desta centenária instituição combinam, harmoniosamente, funcionalidade e classicismo. Tudo em sintonia com o que representa o Brasil. O almoço transcorreu num ambiente de elegância, sem excesso de formalismo, o que fez sentirmo-nos em casa. Antes da comida vieram as palavras de Marcos Vilaça, a nos dar as boas vindas e nos fazer entrega da medalha da nobre Academia, na que figura em relevo Machado de Assis. As conversas entre os ires e vires ao bufete, até chegarmos ao bolo pernambucano, obra de arte em forma de sobremesa, facilitaram o contato entre todos os assistentes.

Às duas fomos para a sala de conferências onde os assistentes estavam a chegar. Começamos pontualmente, abrindo com as palavras do Presidente, e as do Professor Bechara, coordenador da jornada. Eu fui a primeira no uso da palavra. Foi emocionante, era a minha voz a falar, e era eu, mas não era eu, éramos todos e todas os que nos sentimos sempre ‘nós’ dentro da palavra ‘eu’... mesmo o público era comigo. Lá entre os assistentes, para além da companheira Isabel Rei, os colegas dos Colóquios da Lusofonia, e os académicos da ABL, reconheci três rostos amigos que quero mencionar, pois foi para mim uma alegria imensa os reconhecer entre os das primeiras filas; eles são: Evandro Ouriques, Fabiano Oliveira, e Marcos Crespo, velhos amigos, nossos e da Galiza, agora também irmãos e camaradas...

ABL e RGPL

A seguir falou o carismático presidente dos Colóquios da Lusofonia, o Professor Chrys Chrystello, que sempre me surpreende com seus discursos exatos e capazes de ir além. Finalmente falou Malaca Casteleiro, o mestre do Acordo Ortográfico, ao que sempre me esqueço de agradecer estas suas magistrais aulas. Bechara fechou aquela magnífica jornada na que todo o mundo parecia se sentiu à vontade, e com vontade de que a tarde não passasse... Mesmo que da Academia ainda devíamos ir ao Real Gabinete Português de Leitura, onde nos aguardava António Gomes da Costa para assinar um protocolo de colaboração entre a Instituição que ele preside e a Academia Galega da Língua Portuguesa; ao tempo que os Colóquios da Lusofonia firmaram também um com o Liceu Literário Português do Rio de Janeiro.

A música da Isabel e a poesia (Rosália, Celso Emílio, Guerra da Cal, Avilés de Taramancos...) que eu li, encerraram o dia no Rio de Janeiro, um dia que nunca terá final, e ao que sempre sonharei voltar para poder tomar um café no Villarino, lá onde Vinícius de Moraes e Tom Jobim selaram a sua parceria; lugar onde se ouviu pola primeira vez o termo Bossa Nova que ninguém sabia ao certo o que significava, mas, acabou dando nome ao novo estilo musical que revolucionou e marcou uma era no Brasil e no mundo.

Áudio da sessão na Academia Brasileira de Letras

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Academia Galega da Língua Portuguesa e Priberam assinam Protocolo de Cooperação

  • Escrito por: Webmaster2
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PriberamA Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP) e a empresa informática Priberam assinaram o dia 26 de abril, em Lisboa, um Protocolo de Cooperação que explicita, entre as atividades a desenvolver: “A incorporação progressiva nas bases de dados e nos programas informáticos da Priberam dos conteúdos da norma galega do português, nomeadamente no relativo ao léxico, semântica, sintaxe e fraseologia”.

O primeiro passo na sua concretização é a inclusão do Léxico da Galiza no Vocabulário que a Priberam disponibiliza na internet, consultável desde o 27 de abril. Nesta primeira vez constam 1092 palavras e as respetivas flexões, de uso corrente na fala quotidiana ou na língua literária da Galiza. O Protocolo inclui a atualização regular deste léxico e a elaboração das suas definições, que serão integradas no Dicionário Priberam e noutros produtos desenvolvidos por esta empresa.

A responsabilidade deste trabalho corresponde à Comissão de Lexicologia e Lexicografia da Academia Galega da Língua Portuguesa, coordenada pelo professor António Gil Hernández, que indicou o facto de ser esta a terceira versão do Léxico, ampliado e corrigido a respeito da edição apresentada em 14 de abril de 2009 na Academia das Ciências de Lisboa, em sessão conjunta com a Academia Brasileira de Letras, e que fora incluído no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora, editado em outubro de 2009.

O Presidente da Academia Galega, Professor Doutor José-Martinho Montero Santalha, salientou a importância da colaboração com a Priberam como “passo importante na senda da normalidade e do reconhecimento do galego, dentro e fora da Galiza, como variedade da língua comum”. “A comunidade linguística galega não é uma ilha isolada no mundo, faz parte de uma comunidade de mais de 200 milhões de falantes. Esta é uma vantagem que devemos saber aproveitar”. Frisou ainda a conceção da Academia como “entidade de titularidade privada, orientada ao serviço público”. Quanto aos efeitos práticos desta colaboração, indicou que a inclusão das características galegas na norma comum, nomeadamente do léxico de uso geral na Galiza, “vai facilitar o seu uso normal na Galiza através dos produtos informáticos mais inovadores, reforçando o prestígio do galego e da comunidade linguística”.

Assinatura do Protocolo

A Priberam é a maior empresa informática de Portugal dedicada à produção e venda de corretores de textos, com produtos muito divulgados como o FLiP 7 e o Novo Corretor Aurélio 2, incluindo serviços gratuitos on-line como auxiliares de tradução, conjugador, conversor para o Acordo Ortográfico, corretor ortográfico e sintático, dúvidas linguísticas e vocabulário. Para Helena Figueira, linguista da Priberam “a inclusão do léxico da Galiza no Vocabulário da Priberam resulta do interesse da empresa na expansão das ferramentas linguísticas com recursos de mais variedades do português (para além do português europeu e do português do Brasil).”

“Com mais de um milhão de páginas vistas por dia o Dicionário Priberam é o dicionário de língua portuguesa mais visitado na Internet. Espanha é o 4.º país em termos de visitantes e Santiago de Compostela, Corunha e Vigo ocupam os 3.º, 4.º e 5.º lugares entre as cidades daquele país com maior número de visitantes. Já em número de visitantes por mil habitantes estas cidades da Galiza ocupam os 3 primeiros lugares. Mesmo que não existissem outras, esta era uma razão mais que suficiente para a formalização deste protocolo de colaboração” acrescenta Carlos Amaral, administrador da Priberam.

Mais informação:

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