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Concha Rousia e Isabel Rei na ABL e no Real Gabinete Português de Leitura

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Concha Rousia assinando o protocolo no RGPL, acompanhada de
Alcides Martins à esquerda (Vice-Presidente Administrativo) e
António Gomes da Costa à direita (Presidente)

 As académicas galegas participaram, em 29 de março, num ato na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, onde foram recebidas junto da comitiva dos Colóquios da Lusofonia pelo Presidente da ABL, Marcos Vilaça, e o gramático e lexicólogo Evanildo Bechara.

O encontro, com numeroso público assistente, começou às 14 horas com as intervenções de Chrys Chrystello, Presidente da Comissão Executiva dos Colóquios da Lusofonia, Concha Rousia, da Academia Galega da Língua Portuguesa, e Malaca Casteleiro, da Academia das Ciências de Lisboa. A intervenção galega levou por título "A participação galega nos Acordos Ortográficos: Poder e responsabilidade".

O evento serviu também para apresentar o terceiro número do Boletim da AGLP e uma nova edição de Cantares Galegos, primeiro número da Coleção de Clássicos da Galiza.

Concha Rousia e Isabel Rei ao pé da estátua de Machado de Assis, na entrada da ABL

Concha Rousia e Isabel Rei ao pé da estátua de Machado de Assis,
na entrada da ABL

Essa mesma tarde, dirigiram-se para o Real Gabinete Português de Leitura, a mais antiga instituição cultural do Brasil (1837), onde assinaram o Protocolo de Colaboração e Apoio Recíproco entre a AGLP e o RGPL. O evento incluiu um recitado de poemas de Rosalia de Castro, Guerra da Cal e da própria autora, Concha Rousia, acompanhada da guitarrra de Isabel Rei.

A viagem das académicas galegas vai conduzi-las a Florianópolis, onde terá lugar em 31 de março, no Instituto Federal de Santa Catarina, a Sessão Inaugural do Instituto Cultural Brasil-Galiza, organismo binacional com a presença da presidente brasileira, Silmara Annunciato, e Concha Rousia (presidente galega). Será apresentado também o programa de atividades, que inclui uma "Exposição da Cultura Galega", com painéis explicativos sobre história, arte, música, literatura, política, economia e língua, que irá sendo levado por diversos estados do Brasil. 

Palestra de Concha Rousia na ABL

Palestra de Concha Rousia na ABL

O programa inclui outros encontros e palestras em várias instituições, como a Universidade Federal de Santa Catarina, e intervenções no Colóquio da Lusofonia, que vai ter lugar de 5 a 9 de abril.

Público assistente na ABL

Público assistente na ABL

A participação galega nos Acordos Ortográficos

Intervenção de Concha Rousia na Academia Brasileira de Letras

Rio de Janeiro, 29 de março de 2010

Exmo. Sr. Presidente da Academia Brasileira de Letras, Prof. Marcos Vilaça; Exmo. Sr. Prof. Evanildo Bechara e demais académicos brasileiros; caros professores Malaca Casteleiro e Chrys Chrystello, prezados colegas, Senhoras e Senhores:

Agradeço, em nome da Academia Galega da Língua Portuguesa, o convite para participar neste ato numa instituição de tanta importância não só para o Brasil, como também para a nossa língua comum. Começo a minha intervenção lembrando e honrando a memória de Ernesto Guerra da Cal que foi, no Brasil, o maior defensor da dignificação da língua e cultura da Galiza, através da sua reintegração no português comum.

Conforme às informações da tese de doutoramento de Joel Gomes, recentemente apresentada na Universidade de Santiago, o nosso saudoso professor intervinha na Academia Brasileira de Letras em agosto de 1959, provavelmente nesta mesma sala, lendo um poema intitulado “Colóquio”. Em 17 de agosto desse ano recebia a medalha de Doutor Honoris Causa pela Universidade da Bahia, na altura da sua participação no IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros. Ernesto Guerra da Cal foi convidado para ser um dos partícipes ao Acordo Ortográfico de 1986, tanto por Portugal como por Brasil. Na altura, ele aceitou assistir aos encontros na sua condição de galego, mas delegou no professor Isaac Alonso Estraviz, integrado na Comissão Galega, que assistiu às reuniões na Academia Brasileira de Letras junto de Adela Figueroa e José Luís Fontenla. A Comissão para a Integração da Língua da Galiza no Acordo de Ortografia Unificada, constituída em 1985, e presidida por Guerra da Cal e Jenaro Marinhas del Valle, estava integrada também por outras personalidades da vida pública como Paz Andrade, e associações culturais lusófonas.

Em 1 de outubro de 1990 Manuel Jacinto Nunes, presidente da Academia das Ciências de Lisboa, enviava carta à Comissão Galega solicitando “a presença de dois representantes galegos, para tomarem parte, como observadores, na mencionada reunião em Lisboa, de 8 a 12 de outubro de 1990”. A Delegação da Galiza no Acordo de Lisboa esteve integrada por José Luís Fontenla, Vice-Presidente Primeiro, e António Gil, Vice-Presidente Segundo da Comissão. Fontenla e Gil representaram o nosso país na condição de observadores, colaborando na redação do texto.

Como sabemos, o artigo 2 do Preâmbulo do Acordo Ortográfico indica: Os Estados signatários tomarão, através das instituições e órgãos competentes, as providências necessárias com vista à elaboração, até 1 de Janeiro de 1993, de um vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível, no que se refere às terminologias científicas e técnicas.

Em 1 de dezembro de 2007 criava-se em Santiago de Compostela a Associação Cultural Pró AGLP participando o seu presidente, Ângelo Cristóvão, em 7 de abril de 2008, na Conferência Internacional de Lisboa sobre o Acordo Ortográfico, realizada na Assembleia da República, em que também estiveram presentes outras entidades galegas (AGAL, MDL e ASPG-P) que compartilham igual conceção da língua comum e da Lusofonia. Desta forma, dava continuidade à posição galega a favor da unidade da língua, manifestada nos Acordos do Rio de Janeiro e Lisboa.

A sessão inaugural da Academia Galega da Língua Portuguesa teve lugar em 6 de outubro de 2008, em Santiago de Compostela. Desde então, mantém contacto frequente com instituições galegas e de fora da Galiza.

Na sede da Academia das Ciências de Lisboa, em 14 de abril de 2009, na altura do lançamento do Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras, o presidente da academia galega, José-Martinho Montero Santalha apresentou o Léxico da Galiza para ser integrado no Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa. Trata-se de uma escolha de vocábulos de uso corrente na língua oral ou na escrita literária, que ainda não estavam recolhidas nos dicionários da língua portuguesa. A responsabilidade deste trabalho correspondeu à Comissão de Lexicologia e Lexicografia, integrada por alguns dos mais conhecidos especialistas galegos. Montero Santalha, catedrático da Universidade de Vigo, reafirmava nessa altura a importância do Acordo Ortográfico como garante da unidade da língua escrita, que nos permite aos galegos a comunicação com mais de 220 milhões de pessoas. Como dizia o político e escritor Castelão, pai da Pátria Galega, em meados do século XX, a nossa língua é extensa e útil.

Em 5 de outubro de 2009 a Academia realizou em Santiago de Compostela o I Seminário de Lexicologia, com a participação dos académicos portugueses Adriano Moreira, Artur Anselmo e Malaca Casteleiro (da ACL), Maria de Lourdes Crispim e Maria Francisca Xavier (Universidade Nova de Lisboa), galegos (Álvaro Iriarte Sanromán, Isaac Estraviz e Martinho Montero Santalha) e o brasileiro Evanildo Cavalcante Bechara.

O Seminário de Lexicologia é um lugar de encontro que marca desenvolvimentos futuros num ambiente de cooperação e unidade. Foi neste evento que o professor Malaca Casteleiro apresentou o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora, que integra o contributo lexical galego, mais de 800 palavras comuns na Galiza. Nessa altura, o professor Evanildo Bechara anunciou a inclusão, na próxima edição do Vocabulário da ABL, do contributo lexical da Galiza. Por sua vez, o académico Artur Anselmo, Presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Academia das Ciências de Lisboa, comunicou que a terceira edição do Vocabulário da ACL incluirá também o léxico galego.

No breve espaço de vida da nossa instituição, assinamos em abril de 2009 um protocolo de Colaboração com os Colóquios Açorianos da Lusofonia, que acolheu e promoveu no seu seio o nascimento da nossa Academia, com a Sociedade de Geografia de Lisboa, e com a Universidade Aberta de Lisboa. Em aplicação do Acordo com esta última entidade, assinado em 5 de outubro de 2009, a UAb abrirá, durante este ano, o seu primeiro Centro Local de Aprendizagem fora de Portugal, na Galiza. A AGLP vai assinar também, em breve, um protocolo com o Real Gabinete Português de Leitura, com a Comissão Interpaíses Brasil-Portugal e Países de Língua Oficial Portuguesa, com a Associação Brasileira de Linguística, e com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Cabe indicar também que a Academia criou, em janeiro de 2009, uma Delegação no Brasil, sob a responsabilidade do professor Joám Evans Pim. O seu trabalho se verá continuado pelo Instituto Cultural Brasil-Galiza, criado sob os auspícios da AGLP, e que será lançado publicamente no dia 31 de março, em Florianópolis.

Exmas. Senhoras, Exmos. senhores: Vimos à Academia Brasileira de Letras com a maior vontade de colaboração. Na ocasião, apresento o terceiro número do Boletim da nossa academia, e a edição dos Cantares Galegos de Rosalia de Castro, adaptado ao Acordo Ortográfico, que constitui o primeiro volume da nossa Coleção de Clássicos da Galiza.

O professor Bechara participou nas palestras que organizou o grupo promotor da academia galega na Faculdade de Filologia da Universidade de Santiago, junto do professor Malaca Casteleiro, em outubro de 2007. Representou à Academia Brasileira de Letras na Sessão Inaugural da AGLP em 6 de outubro de 2008, como também no Seminário de Lexicologia realizado em 5 de outubro de 2009. Destarte anima, desde a primeira hora, o nascimento da nossa instituição, trazendo o apoio da centenária academia brasileira à mais jovem entre as academias da língua portuguesa. A AGLP quer render, desta forma, a sua homenagem ao intelectual e à figura humana deste brasileiro universal.

Não posso finalizar esta intervenção sem agradecer vivamente a oportunidade de me apresentar e representar a Galiza no Brasil. Uma Galiza moderna, renascida na melhor tradição cultural e cívica, na mais genuína tradição galega, a que nos leva à integração no espaço lusófono mantendo a nossa identidade linguística, o nosso léxico, as nossas pronúncias e a nossa literatura. Da nossa esquina atlântica vimos oferecer ao Brasil a nossa cooperação e o nosso compromisso de defesa da língua comum, na velha Gallaecia nascida.

Muito obrigada.

Mais informação:

AGLP convidada à Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial

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Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial

Evento terá lugar em Brasília, no Palácia Itaramaty,
nos dias 26 e 27 de março de 2010

As académicas Concha Rousia e Isabel Rei, que viajam na comitiva dos Colóquios da Lusofonia para intervir no 5 Encontro Açoriano da Lusofonia em Florianópolis, Santa Catarina, participam esta semana, por convite dos governos do Brasil e de Portugal, na Conferência Internacional que tem lugar no Palácio Itamaraty, em Brasília, de 25 a 28 de março, destinada a examinar oportunidades, desafios e instrumentos para a valorização da língua e sua projeção no cenário internacional.

Durante a sua presença na capital do Brasil, irão realizar um intercâmbio de ideias e troca de experiências com personalidades e instituições de toda a lusofonia, escritores, académicos, editores, jornalistas e outros profissionais diretamente vinculados à difusão da língua, apresentando a posição da Academia sobre os temas consignados no programa do evento: Ensino, difusão e projeção da língua; estado de desenvolvimento do Acordo Ortográfico, participação da sociedade civil, e importância da língua portuguesa nas diásporas.

Os participantes serão recebidos no dia 25 com coquetel e programação cultural, que compreenderá leitura de trechos de obras literárias de autores de língua portuguesa pela intérprete Maria Bethânia. A sessão inaugural da Conferência está marcada para a manhã do dia 26, às 9h no auditório do Palácio.

A segunda etapa da Conferência, nos dias 29 e 30 de março, consistirá em reunião das delegações governamentais dos países da CPLP. Os Estados membros discutirão propostas passíveis de compor um programa de ações da Comunidade para cumprimento dos objetivos fixados pelos Chefes de Estado e de Governo da CPLP na “Declaração sobre a Língua Portuguesa” (VII Cimeira, Lisboa, 25 de julho de 2008).

Além dos Estados membros – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste –, foram convidados à Conferência a Guiné Equatorial, as Ilhas Maurício e o Senegal, na qualidade de Estados observadores associados.

No dia 31 de março será realizada uma Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP, durante a qual os Chanceleres analisarão estratégias e ações para a projeção da língua portuguesa, com vistas à formulação de recomendações à próxima Cimeira da Comunidade, a efetuar-se em Luanda, em 2010.

A Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no sistema Mundial e a Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP serão copresididas pelo Brasil, como país-sede, e por Portugal, como atual presidente da Comunidade.

Paralelamente à Conferência Internacional, será organizada uma semana cultural da língua portuguesa, cuja programação envolverá exposição intitulada “Língua Viagem – em português todos se encontram”, mostra de cinema, apresentações musicais e encontros de escritores, com participação de todos os Estados membros da CPLP. A exposição sobre a língua portuguesa ocorrerá no Palácio Itamaraty e os demais eventos no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília (CCBB DF).

A seguir,transcrevemos a ordem de trabalhos dos dias 26 e 27:

Conferência Internacional sobre o
Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial
Brasília, Palácio Itamaraty
(26 e 27 de março de 2010)
Itens da Agenda

Sessão Inaugural

  • Abertura
  • Importância e valorização da língua portuguesa (logo após a Abertura)

Sessões de Trabalho

(a) Fortalecimento do ensino da língua portuguesa
(a.1) Fortalecimento do ensino da língua portuguesa para estrangeiros
(a.2) Cooperação educacional e cultural para o ensino da língua portuguesa no espaço da CPLP
(b) Difusão pública da língua portuguesa
(b.1) Ampliação da difusão da língua portuguesa nos meios de comunicação de massa
(b.2) Valor econômico e cultural da difusão da língua portuguesa
(c) Projeção da língua portuguesa em foros multilaterais
(d) Estado de desenvolvimento do Acordo Ortográfico
(e) Participação da sociedade civil na projeção da língua portuguesa
(f) Importância da língua portuguesa nas diásporas

LISTA EXEMPLIFICATIVA DE TEMAS PARA CONSIDERAÇÃO AO ABRIGO DOS ITENS “A” a “F” DA AGENDA

(a) Fortalecimento do ensino da língua portuguesa
(a.1) Fortalecimento do ensino da língua portuguesa para estrangeiros
(a.2) Cooperação educacional e cultural para o ensino da língua portuguesa no espaço da CPLP

Indicação de temas para tratamento sob este item: (i) Iniciativas e projetos no âmbito da CPLP; (ii) Perspectivas de atuação em terceiros países; (iii) Desafios didáticos: Elaboração de material didático; Formação inicial e capacitação de professores de português para atuar no exterior; Ensino de português à distância;  Valorização das tecnologias de informação e de comunicação; Formação de tradutores e intérpretes.

(b) Difusão pública da língua portuguesa
(b.1) Ampliação da difusão da língua portuguesa nos meios de comunicação de massa
(b.2) Valor econômico e cultural da difusão da língua portuguesa

Indicação de temas para tratamento sob este item: (i) Inclusão de material audiovisual em português na programação televisiva internacional; (ii) Ampliação do uso de português em outros meios de comunicação de massa; (iii) Promoção da língua portuguesa por meio da difusão cultural; (iv) Desenvolvimento de ações conjuntas para divulgação da literatura em língua portuguesa; (v) Exploração de possibilidades de valorização da língua portuguesa durante eventos de visibilidade internacional sediados pelos países da CPLP; (vi) A relevância da difusão da língua portuguesa como elemento facilitador de negócios.

(c) Projeção da língua portuguesa em foros multilaterais

Indicação de temas para tratamento sob este item: (i) Implantação ou ampliação do uso da língua portuguesa em Organizações Internacionais; (ii) Promoção da língua portuguesa no marco dos processos de integração regional.

(d) Estado de desenvolvimento do Acordo Ortográfico

Indicação de temas para tratamento sob este item: (i) Ponto da situação; (ii) A questão da elaboração de um vocabulário ortográfico comum nos termos do artigo 2 do AOLP; (iii) Os desafios das terminologias científicas e técnicas.

(e) Participação da sociedade civil na projeção da língua portuguesa

Indicação de temas para tratamento sob este item: (i) A contribuição de instituições acadêmicas e organizações não-governamentais; (ii) O estímulo a parcerias com a iniciativa privada.

(f) Importância da língua portuguesa nas diásporas

Indicação de temas para tratamento sob este item: (i) As políticas dos membros da CPLP relacionadas à ligação das diásporas com a cultura de seus países de origem; (ii) Possibilidades de desenvolvimento conjunto de programas pautados no papel da língua portuguesa como fator de união das diásporas.

Mais informação acerca da Conferência Internacional:

13º Colóquio da Lusofonia / 5º Encontro Açoriano da Lusofonia

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Colóquios da LusofoniaPGL – Entre os dias 5 e 9 de Abril, Açorianópolis (Florianópolis) recebe as 3 Academias de Língua Portuguesa para debater a Açorianidade e a Literatura Açoriana sob o signo do novo acordo ortográfico.

O evento, que está na sua 13ª edição, acontece desde 2001 nos Açores e em Bragança, Portugal. Desta vez, terá lugar em Florianópolis, no Brasil.

O Açorianópolis, que terá suas atividades concentradas no Teatro Pedro Ivo, na SC-401, contará com a presença dos professores Doutores  João Malaca Casteleiro (Classe de Letras, 2ª Secção – Filologia e Linguística, da Academia de Ciências de Lisboa), e Evanildo Cavalcante Bechara (Academia Brasileira de Letras) patronos dos Colóquios e representantes da Academia Galega da Língua Portuguesa.

A participação de 2010 conta com 53 oradores e dezenas de participantes presenciais representando os Açores, Austrália, Brasil, Bélgica, Canadá, França, Galiza, Rússia, Macau, Moçambique e Portugal. Igualmente de salientar a presença numa sessão sobre literatura de matriz açoriana do escritor convidado Vasco Pereira da Dosta.

Mais um ano, a Galiza estará presente nos colóquios

No evento, poderá ser presenciado o lançamento de seis livros, integrados numa mostra de autores e obras açorianas, havendo música açoriana, fado, sessão de poesia (Açores, Galiza e Brasil), três representações teatrais entre várias atividades integradas no corpo das sessões.

Nesta linha, os organizadores apontam: «Pretendemos levar os Açores ao mundo. Independentemente da sua Açorianidade, mas por via dela, pretendemos que mais lusofalantes e lusófilos fiquem a conhecer esta realidade com todas as suas peculiaridades, trazendo aos Açores outras vozes para que desse intercâmbio se possa difundir a verdadeira cultura açoriana».

Os Colóquios, desta feita no Brasil

A realização do Açorianópolis – em alusão ao colóquio acontecer em Florianópolis – foi possível através de acordo firmado com o governo de Santa Catarina, e pela primeira vez o evento sairá das terras portuguesas e açorianas, vindo para o Brasil. Dentro da programação, a comitiva oficial deverá visitar bairros de colonização açoriana como Pântano do Sul, Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa, além das fortalezas mantidas pela UFSC. O Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da Universidade também receberá os participantes.

Fonte original:

Presença da Academia Galega na Sociedade de Geografia de Lisboa

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Prof. José Manuel Barbosa Álvares

Assinado Protocolo de Cooperação e Apoio Recíproco entre a AGLP e a SGL

O passado dia 19 de março a Sociedade de Geografia de Lisboa, instituição fundada em 1875, acolheu a conferência do académico José Manuel Barbosa sob o título A Variação das Fronteiras Políticas da Galiza na História.

A palestra, a que assistiram os presidentes das secções científicas da SGL, serviu para apresentar em Portugal o paradigma galeguista da história.

Avalado por prestigiosos historiadores atuais, pretende explicar importantes factos históricos, antes desatendidos ou descartados, quer pela historiografia portuguesa, quer pela espanhola. 

Segundo Barbosa, o nome da Galiza «não se corresponde com o mesmo território segundo a etapa histórica de que estejamos a falar e é por isso por que os seus limites também nom som os mesmos». O paradigma galeguista, como contraposição ao castelhanista, «põe sobre a mesa uma narração dos feitos em que a Galiza existe como ente protagonista da Idade Média e ainda de outras épocas».

Na palestra tentaram-se desvendar «aquelas chaves que até agora não levam sido publicitadas porque a Galiza não tinha possibilidade de as expor como sim tem sido possível com a Catalunha e o País Basco» porque nesses países «sim há um poder autocentrado que não só permite, mas impulsiona o estudo da própria História como elemento fulcral na (re-)construção nacional, apesar do castelhanismo ideológico».

 

Profs. José Manuel Barbosa, Luís Aires-Barros e Ângelo Cristóvão

Profs. José Manuel Barbosa, Luís Aires-Barros e Ângelo Cristóvão

 O evento foi o marco para a assinatura do Protocolo de Cooperação e Apoio Recíproco entre a AGLP e a SGL, na presença do público, dos responsáveis das secções de Antropologia, Ciências Sociais, Etnografia e História, e dos académicos galegos José Manuel Barbosa e Joám Trilho. Pela Sociedade de Geografia de Lisboa assinaram o Sr. Presidente, Prof. Luís Aires-Barros, e o Secretário-Geral, Prof. João Pereira Neto. Pela Academia Galega, o seu secretário, Ângelo Cristóvão. O ato finalizou com o intercâmbio de publicações.

Momento da assinatura do protocolo entre a AGLP e a SGL

Momento da assinatura do protocolo entre a AGLP e a SGL

O protocolo está destinado «à promoção das relações e intercâmbios culturais, científicos e educacionais, nos domínios de interesse comum, acordando a divulgação das respetivas atividades, nomeadamente as relacionadas com a investigação, difusão e defesa da língua portuguesa, e com a situação do português da Galiza».

Assinatura do Protocolo, o Secretário-Geral João Pereira Neto, o Presidente Luís Aires-Barros e Ângelo Cristóvão, Secretário da AGLP

Assinatura do Protocolo, o Secretário-Geral João Pereira Neto,
o Presidente Luís Aires-Barros e Ângelo Cristóvão, Secretário da AGLP

Intercâmbio de publicações entre a SGL e a AGLP

Intercâmbio de publicações entre a SGL e a AGLP

 Mais informação acerca da SGL:

Priberam: Recursos atualizados para a língua portuguesa

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PriberamA empresa Priberam é responsável por alguns dos produtos informáticos mais utilizados em português. Os mais utilizados são os seguintes:

Dicionário

O Dicionário Priberam de Língua Portuguesa (anteriormente conhecido como Dicionário de Língua Portuguesa On-line, ou DLPO), com mais de um milhão de páginas vistas por dia, é o dicionário de língua portuguesa mais consultado na Internet, sendo o quinto site português mais visitado.

FLiP

FLiP (acrónimo de Ferramentas para a Língua Portuguesa) é a marca sob a qual a Priberam disponibiliza diversos produtos e serviços na área do processamento da língua natural desde 1995.

O FLiP 7 inclui correctores ortográficos, dicionários temáticos, correctores sintácticos e estilísticos, dicionários de sinónimos, hifenizadores, conversor para o Acordo Ortográfico, auxiliares de tradução, conjugadores de verbos, suplemento para o Word e um editor de texto. Os módulos incluídos são compatíveis com aplicações da Adobe, da Microsoft, da Protec e da Unisys para Windows.

O FLiP:mac 2 e o FLiP:mac 2 Brasil são versões específicas para o Mac OS X da Apple. Os correctores ortográficos incluídos nestas versões, além de compatíveis com as aplicações da Microsoft, são também compatíveis com todas as aplicações que utilizam o serviço de correcção ortográfica do Mac OS X, como por exemplo, o Pages e o OpenOffice.org. Estes foram os primeiros pacotes de ferramentas linguísticas a incluir correctores para a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1990.

LegiX

O LegiX (lê-se légícs) é, desde há alguns anos, o líder do mercado das bases de dados jurídicas, sendo nomeadamente o sistema escolhido pelas 20 maiores sociedades de advogados a operar em Portugal.

Novo Corretor Aurélio

Versão específica do FLiP para o mercado brasileiro, comercializada sob a prestigiada marca Aurélio.

OptiX

Sistema desenvolvido em estreita colaboração com médicos da área da Oftalmologia e utilizado diariamente nas principais clínicas da especialidade. Entre as suas principais vantagens destacam-se a rapidez no atendimento do doente (marcação de consultas, atendimento na clínica, etc.), a partilha de informação por todos os serviços da clínica (recepção, sala de espera, rastreio, médicos, cirurgia, contabilidade, gestão), a segurança dos dados, a possibilidade de adquirir o sistema por módulos de acordo com a evolução das necessidades e a garantia de um apoio permanente à sua utilização.

Priberam Search

Motor de pesquisa da Priberam, resultado de vários anos de trabalho nas áreas do processamento de língua natural e dos sistemas de informação jurídica, bem como dos projectos de investigação e desenvolvimento em que a empresa tem participado na área da pesquisa de informação.

Principais ferramentas, recursos e serviços on-line:

Auxiliares de tradução

Ferramenta que permite traduções de palavras ou locuções entre qualquer combinação das quatro línguas disponíveis: espanhol, francês, inglês e português (com ou sem Acordo Ortográfico).

Conjugador

Ferramenta de conjugação verbal em português de Portugal e em português do Brasil (com ou sem Acordo Ortográfico), assim como em espanhol.

Conversor para o acordo ortográfico

Ferramenta de conversão de texto para a nova grafia do Acordo Ortográfico, tanto em português de Portugal como em português do Brasil.

Corretor ortográfico e sintáctico

Ferramenta de correcção de erros ortográficos e sintácticos em português de Portugal e em português do Brasil (com ou sem Acordo Ortográfico), assim como em espanhol.

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

Dicionário de português europeu que permite a consulta com ou sem as alterações gráficas previstas pelo Acordo Ortográfico.

Dúvidas linguísticas

Acesso às respostas que a equipa de linguistas da Priberam tem fornecido às questões de cariz linguístico colocadas por utilizadores das mais variadas proveniências.

Vocabulário

Consulta das bases de dados lexicais da Priberam com informação ortográfica e morfológica, englobando o vocabulário comum e onomástico do português de Portugal e do português do Brasil (com ou sem Acordo Ortográfico).

Secção sobre o Acordo Ortográfico

Informações sobre os textos legais que regem a variante europeia da língua portuguesa.

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