Info Atualidade

8º Colóquio Anual da Lusofonia

  • Escrito por: AdminWeb
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Colóquios da LusofoniaPGL – De 30 de setembro a 2 de outubro de 2009 terá lugar em Bragança o 8º Colóquio Anual da Lusofonia, 12º no total, em que se juntarám as três Academias de Língua Portuguesa. Mais um ano, será notável a presença galega, com seis oradores.

Presentes no Anfiteatro Dr. Paulo Quintela de Bragança (Portugal) estarám Adriano Moreira (Vice-Presidente da Academia de Ciências de Lisboa), que se junta aos Patronos dos Colóquios desde 2007 João Malaca Casteleiro (Classe de Letras, 2ª Secçom – Filologia e Linguística, da Academia de Ciências de Lisboa), e Evanildo Bechara (Academia Brasileira de Letras) e onde estarám também o convidado de 2009, escritor Dr. Cristóvão de Aguiar, e o Dr. Ângelo Cristóvão (da Academia Galega da Língua Portuguesa).

Entre outros actos, o 8º Colóquio acolherá umha sessom especial sobre literatura (de matriz açoriana) e traduçom na que participarám Cristóvão Aguiar, Rosário Girão, Zélia Borges, Ilyana Chalakova e Chrys Chrystello. A ediçom deste ano, conta ademais com 47 oradores e dezenas de presenciais representando os seguintes países, regiões e universidades: Portugal (19), Brasil (12), Galiza (6), Açores (4), Bélgica (1), Macau R. P. China (1), Espanha (1), Bulgária (1), Nigéria (1), Ucrânia (1) e Roménia (1).

Haverá tempo ainda para a apresentaçom e lançamento de livros, integrados numha mostra de obras açorianas, havendo música açoriana, música galega, duas representaçons teatrais de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Catarina, Brasil e sessons de poesia (galega, portuguesa e brasileira).

Finalmente, debaterám-se propostas e projectos dos Colóquios: Planos de Acçom/Conclusons. Propostas/Projectos para 2010, Museu Virtual da Lusofonia/Língua, Acordo Ortográfico, Diciopédia, Crioulos de Origem Portuguesa, Estudos Açorianos, Estudos Transmontanos, o 13º Colóquio de 2010 em santa Catarina no Brasil  etc.

Oferecemos a seguir a listagem de temas em debate:

1. Homenagem contra o esquecimento (Autores sugeridos)

1.1. Carolina Michaёlis

1.2. Leite de Vasconcellos

1.3. Euclides da Cunha

1.4. Agostinho da Silva

1.5.Rosalía de Castro

1.6. Gulamo Khan (Moçambique 1952-1986)

1.7. Outros autores esquecidos


2. Lusofonias:

2.1. Debate sobre questons e raízes da Lusofonia.

2.2. A vigência do 2º Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico de 1990

2.3. Promoçom da Língua Portuguesa (2ª língua/língua estrangeira)

2.4. Ponto da Situaçom da Língua Portuguesa no Mundo.

2.5. Léxicos da Lusofonia.

2.6. Lusofonias e Insularidades

2.7. Criaçom de umha base de dados sobre Estudos de Crioulos da Língua Portuguesa


3. Traduçom:

3.1. Traduçom de autores portugueses

3.2. Tradutores de Português e Tradutores para Português

3.3 Traduçom e  novas tecnologias

 

4. Propostas de dinamizaçom dos projectos dos Colóquios da Lusofonia:

4.1. Diciopédia

4.2. Crioulos de origem portuguesa, criaçom de umha base de dados

4.3. Museu da língua/museu virtual da lusofonia

4.4. Estudos açorianos na Unisul (universidade do sul de santa catarina)

4.5 Estudos transmontanos

 

Desvendando a Galiza no Brasil

  • Escrito por: Webmaster2
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IFSCDesde o dia 14, e até ao 18 deste mês de setembro, a Galiza está a participar na celebração dos atos comemorativos do Centenário do Instituto Federal de Santa Catarina, Brasil.

A Academia Galega da Língua Portuguesa recebeu um convite para participar na forma que estimasse oportuna no 8º Didascálico que promove o Departamento Acadêmico de Formação Geral do Instituto Federal de Santa Catarina juntamente com o Grupo Teatral Boca de Siri.

A AGLP, representada polo Professor Joám Evans Pim, delegado oficial da Academia Galega da Língua Portuguesa no Brasil, oferecerá a palestra «A Galiza e a Língua Portuguesa» que terá lugar a quinta-feira, 17 de setembro às 17 horas no Auditório do IF-SC.

Por outro lado, o Clube dos Poetas Vivos, que em abril passado, durante o Encontro Açoriano da Lusofonia, assinara um protocolo de colaboração com a Sociedade de Poetas e Advogados de Santa Catarina, foi convidado para levar ao Brasil uma exposição de poetas da Galiza para participar nesta Semana Cultural. Poemas de 13 poetas galegas e galegos ficam expostos na mostra de poesia junto dos poemas dos e das poetas do Brasil.

A participação galega neste Didascálico foi tão aplaudida polo Instituto Federal de SC que fizeram cartazes especiais para salientar a presença galega: um cartaz para divulgar a palestra do Professor Joám Evans Pins e outro para divulgar um texto da autoria do Clube dos Poetas Vivos intitulado Carta da Galiza ao Brasil [1] e [2].

Cartaz da palestra «A Galiza e a Língua Portuguesa»

Mais info:

AGLP apresenta "Galiza: Língua e Sociedade" na Feira do Livro da Crunha

  • Escrito por: Webmaster2
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Galiza: Língua e SociedadeO Anexo I do Boletim, o livro GALIZA: LÍNGUA E SOCIEDADE, editado pela Academia Galega da Língua Portuguesa será apresentado também na Feira do Livro da Crunha.

A apresentação decorrerá o dia 10 de agosto, último dia da Feira, às 20.30h, com a participação dos académicos da Academia Galega Fernando Vásquez Corredoira, que apresentará e moderará o ato, António Gil Hernández, orador e editor do livro e Ernesto Vázquez Souza, orador e co-autor do livro.

Queremos agradecer de novo a colaboração do coordenador das feiras do livro, Antonio Fernández Maira, pelo seu apoio tanto na Feira do Livro de Vigo quanto agora, na da Crunha.

Este livro já foi apresentado na Livraria Couceiro de Compostela (14 de maio) e da Crunha (18 de junho de 2009), na Livraria Torga de Ourense o dia 17 de junho de 2009, na Livraria Orfeu de Bruxelas o dia 4 de julho de 2009, com visita ao Parlamento Europeu, na Feira do Livro de Vigo, dia 13 de julho de 2009, no FESTIGAL, dia 24 de julho de 2009 e na Livraria "O Pontillón" de Moanha, dia 24 de julho de 2009

O Galiza: Língua e Sociedade, junto com outros materiais editados pela Academia Galega da Língua Portuguesa podem ser consultados nos Centros Sociais da Gentalha do Pichel, em Compostela, d'A Esmorga, em Ourense, da Fundaçom Artábria, em Ferrol.

E também podem ser adquiridos nas livrarias Andel, em Vigo, Torga, em Ourense, Pedreira , em Compostela, Couceiro, em Compostela e na Crunha, Xiada, na Crunha e O Pontillón, em Moanha.

"Galiza: Língua e Sociedade", um pretexto com futuro

  • Escrito por: Isabel Rei
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Apresentação na Crunha

Apresentação na Feira do Livro da Corunha

Isabel Rei Sanmartim - No crunhês bairro da Pescadaria, entre o Porto e a rua de Santo André, num extremo do parque de Mendes Nunes, lugar onde durante vários dias sediou a anual Feira do Livro da Crunha, decorreu o passado 10 de agosto a última das apresentações deste verão da Academia Galega da Língua Portuguesa.

O ato foi uma reivindicação do antigo galeguismo crunhês, hoje oculto pelas vidraças grisalhas dos edifícios das grandes fundações espanholas que tomaram o espaço antes destinado às relações comerciais entre os galegos do mar e da terra.

Aguardávamos no local das apresentações e não o víamos, mas o Atlântico batia no porto com a calma amortecida do oceano que chega mansinho à sua ribeira, sabedor de que um conjuro contra os defenestradores da Galiza estava argalhando-se não muito longe das suas ondas.

Começou o ato arredor das 20h45, uns quinze minutos depois da hora prevista, porque as apresentações anteriores rematavam com o recitado de sonetos, essas formas clássicas italianas da modernidade que aqui chegaram, à terra da lírica galego-portuguesa tão galega ela, tão incompreensível para aqueles que insistem em não nos entender.

E foi por esse motivo que o ato demorou até quase as dez da noite, depois das apresentações devidas realizadas pelo académico e minucioso investigador Fernando Vásquez Corredoira, que traçou a pouco conhecida para as massas, mas brilhante e fundamental linha de estudos dos académicos Ernesto Vázquez Souza e António Gil Hernández, co-autores da obra.

António Gil Hernández, Fernando Vásquez Corredoira e Ernesto Vázquez Souza

António Gil Hernández, Fernando Vásquez Corredoira
e Ernesto Vázquez Souza

O primeiro, que estava no bairro da sua infância, falou da Academia e lembrou os passeios com o seu avô, que foi quem lhe ensinou a arte de reclamar o que é nosso por direito de humanidade. O segundo, era o editor do livro que se apresentava, ainda não o disse? o Galiza: Língua e Sociedade, anexo I do Boletim da Academia, isto é, um produto mais da sua atividade em prol da terra que também é sua por direito, apesar de ele ser filho natural de Castela, facto que ainda nos honra mais aos naturais da Galiza e da Lusofonia toda.

E foi nisto em que estávamos, eu tirando fotos quase hiperativa, com as idas e vindas para diante, para trás, de dentro, de fora, o que me deu uma boa perspetiva do público: assistiu gente desconhecida, familiares e também antigos companheiros e companheiras de aventuras, da mesma cidade e de fora dela, reunidos dando vida aos espíritos galeguistas de outros tempos, emocionados (adverti) por ver os três amigos oradores, de gerações diferentes, defender com firmeza a revolucionária ideia da ação cidadã, de tomar nas nossas mãos o leme da história e fazer da nossa terra, nosso ser, ser nossa em reciprocidade necessária, inequívoca e apremiante.

Era o último evento do mês de agosto na agenda da Academia Galega da Língua Portuguesa e toque final a um percurso que nos levou a participar nas feiras do livro de Vigo e da Crunha, graças à colaboração da Federación de Libreiros de Galicia, nomeadamente de Antonio Fernández Maira, e a ajuda e interesse dos próprios livreiros, muitos dos quais nos ofereceram um apoio inestimável.

Não vamos esquecer a amabilidade de Xaime, da Andel de Vigo, por exemplo. Ou a calorosa acolhida na livraria O Pontillón de Moanha. A oportunidade da apresentação na livraria Orfeu, em Bruxelas. A grata visita que fizemos à Torga, em Ourense, ou as amostras deixadas na Couceiro de Compostela e da Crunha, e na Xiada, também da Crunha. E na outra Couceiro, a também crunhesa livraria M. Couceiro.

Estivemos no Festigal de Compostela, onde o livreiro Pedreira nos arranjou um local para mostrar a nossa produção, vender alguns livros e obsequiar outros. Mas, sobretudo, pudemos estar presentes e criar mundo, que ninguém dos que por lá passou deixou de levar informação suficiente para começar a sair do tobo alienante dividido em quatro províncias, esse galpão mental ou gaiola de quatro ferros que construíram para nós desde o longe.

E também alimentámos na medida do possível as bibliotecas da nossa base social. Por enquanto, nos centros sociais da Gentalha do Pichel, em Compostela, da Esmorga, em Ourense e da Fundaçom Artábria, em Ferrol podem consultar-se gratuitamente as publicações da Academia Galega e as atividades da Associação Cultural  Pró AGLP. Mas isto é só o começo, como dissemos um dia, logo haverá mais visitas a centros sociais e o espalhamento da consciência cívica terá ainda mais argumentos para se fortalecer e dar os frutos em terra própria.

A história faz-se cada dia, somos nós, sim, Nós, a fazê-la. O nosso tecido arterial está em expansão, como o universo, e as estrelas que levamos na frente ainda estão por dar os maiores e melhores cantares dos nossos bicos.

Os únicos galegos e galegas livres

  • Escrito por: Concha Rousia
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Concha Rousia 

Concha Rousia

Vinte e cinco de Julho, sempre!!

Como cada ano nascemos ao dia na Alameda de Compostela, chegados de todos os recantos do país; o meu caminho passara este ano polo Campus para deixar algumas cousas na banca que com alguns amigos e amigas iria atender na parte da tarde. Andei entre as manifestações, o que me permitiu contemplar várias paisagens...

Destaca na lembrança uma negra, que veio logo a coincidir com outra gémea sua depois à noite. Foi no Franco, voltando para o Campus, a entrada da rua que sobe para o Toural estava cortada por uma ringleira de escudos quadrados e negros; policiais de quadrados corpos e faces rectangulares a ferirem os olhos do que os mirar. As insígnias da sua pátria bordadas nos escuros uniformes... As escopetas a apontarem a qualquer parte; as ásperas vozes, altivas, a dispararem ordens ao ar para impedir o passo das pessoas... Um arrepio percorreu o meu corpo, adivinhei a dor nas costelas de compatriotas meus em mãos da policia espanhola que hoje roubava de nós as nossas ruas. Achei a imagem altamente simbólica dos tempos que correm na política da Junta da Galiza.

Do Franco saía um homem embebedado de álcool, anestesia de escolha para alguns acalmarem a dor deste etnocídio insidioso e interminável... ia movendo uma bandeira de estrela e berrando baixinho: 'Putos espanhóis' 'putos espanhóis'..., também ele me doeu... Decidi seguir a caminho do Campus e o Festigal; mas querer queria ir contra os escudos... e berrar bem alto: ‘Hoje, polo menos hoje, a minha pátria é minha!’ Mas calei, da minha mão ia a minha filha que não tirava os olhos das, segundo as suas próprias palavras, enormes escopetas; já no Campus todo era país... as cores, a música, a paisagem humana, e gastronómica... polvo, empadas, carne a grelha, alguém cozinhara num robô desses uma tortilha quadrada, interessante forma, acorde com os tempos...

Às quatro abrimos pontualmente a banca da Associação Pró-AGLP, bonitinha até polas flores cor laranja e o cheirinho do café... A nosso lado a banca mais heavy de toda a festa, a de AGAL; foi mesmo bom ficar juntos para celebrar. A tarde continuou-se com a passagem pola galeria das letras e a das ideias. O dia vinte e quatro foram as palavras de Ana Miranda, de Oriol Junqueras da Catalunya e de Renato Soeiro do Bloco de Esquerdas... Vozes de esperança para a nossa esquerda europeia. A seguir deles tive eu o privilegio de falar sobre feminismo, direitos sexuais e reprodutivos, junto com Olaia Fernández, deputada, e Carmela Garrido, da Marcha Mundial das Mulheres. Eu falei, entre outras cousas, das consequências psicológicas do aborto, ou até deveria dizer da ausência de consequências psicológicas quando a decisão é livremente tomada pola mulher.

Na galeria das letras não cabia mais uma pessoa, a sala ficou atestada para a apresentação do livro 'Sobre o racismo linguístico' edição coordenada por Pilar Garcia Negro, primeira em falar, com a sua inesgotável força, numa linguagem, como sempre, muito cuidada. Das suas palavras sobressai a denúncia do que o auto-odio leva feito connosco; falou da adaptação que dos nomes galegos se leva feito... Falou no caso da deturpação do sobrenome de um companheiro-professor levada a cabo por um antepassado deste emigrado no sul da Espanha, que converteu 'Candal' em 'Candil' para parecer mas aceitável para o castelhano... Porque seica 'Candal' não soava nada Espanhol. E eu pensei, acaso não será que para o galego se escolheu a ortografia castelhana em lugar da nossa ortografia histórica pola mesma razão? para que se pareça a algo espanhol? Deixo aqui estas reflexões que não pude, por falta de tempo, comentar com Pilar, mulher guerreira que admiro e da que sigo a aprender.

A seguir dela Xosé Ramón Freixeiro Mato fez um interessante e demorado percurso pola história, pola nossa história, mesmo que triste, nossa, e grande, e por contar, por escrever... E por último falou Luís Villares Naveira, o juiz de Primeira Instancia e Instrução da Fonsagrada, o juiz que eu escolheria se na Galiza se pudessem escolher essas cousas, e houvesse justiça de seu...

Das palavras, potentes e atrevidas, deste jovem juiz, quero salientar algumas que foram o motivo principal para eu escrever esta crónica; palavras que falam da ideia de ‘liberdade’. Liberdade para escolher em que língua falar os galegos e galegas. O primeiro é a afirmação de que para ser livres na hora de fazer essa escolha temos que ter competência nas duas línguas hoje oficiais na Galiza, ou então a escolha foi feita por nós. A Constituição espanhola insta aos poderes públicos para fazerem o que for necessário para que os indivíduos da Galiza tenham capacidade para poder escolher se falar em galego ou em castelhano; é por isso que desde o Estado não podem arremeter contra a Lei de imersão linguística da Catalunya, eles cumprem um mandado constitucional; porque com efeito, não podemos ser livres de escolher entre uma e a outra língua se não dominamos as duas, pois um não pode ser livre para escolher aquilo que não está a seu alcance... As pessoas que não se saibam exprimir em galego, como já é o caso de muitas das nossas crianças e jovens, não são livres para escolherem, eles terão que se limitar a falar o castelhano que sabem... Ficando apenas livres para escolher em que falar os falantes da língua própria da Galiza, porque estes dominam sempre as duas línguas.

Ser ignorantes da língua própria da Galiza não é portanto um direito constitucional para os galegos, nem também não o é, hoje, ser ignorantes da língua de Castela. Deduzimos então com certeza, que apenas os galego-falantes somos livres de escolher em que língua falar porque todos sabemos as duas, quanto que dos castelhano-falantes não se pode já dizer o mesmo. Nós somos então os únicos livres para poder escolher... quem lho iria dizer aos fala-barato de ‘galicia bilingue’... pois é senhora Lago, pois é... O que vocês estão a pedir, mesmo talvez sem se aperceberem, é o direito a escolherem para seus filhos serem ignorantes da língua própria da Galiza, mas livres, não.

Na oratória do Luís Villares, o juiz da Fonsagrada do que desde já confesso ser fã, encontrei uma força que julgava perdida, até me fez pensar em oradores de outros tempos; achei também, e peço me permita assim o dizer, a dose justa de humildade que eu acho imprescindível para que um homem possa chegar a ser grande; para ele os meus sinceros parabéns por se atrever a abrir caminhos em terrenos pouco favoráveis.

E como o tempo não dá para eu poder narrar tudo o que se passou na banca da Pró-Academia, simplesmente envio um muito obrigada para todo o mundo que colaborou connosco neste nosso primeiro ano no Festigal. Mesmo que nosso espaço fosse um recanto um bocado afastado da parte central, metáfora de nós próprios, era um espaço digno...

Já em casa, depois de ouvir as nossas divas, Ugia Pedreira e Guadi Galego, na TV que alguém ligara, vi o esperpento que teve lugar ao outro lado da catedral. Frijol, disfarçado de pinguim, rodeado de militares a marcharem pola praça, seguidos por  ringleiras de curânganos com vestidos brancos e vermelhos, num Obradoiro no que havia uns quantos senhoritângos que eu nem conheço nem reconheço...

Desliguei a TV, mandei pró nabo aquela imagem quadrada, e encaminhei-me para a cama, com a certeza de que o pesadelo seguiria...

Fonte original:

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