AdminWeb

AdminWeb

Pró-AGLP e Entidades Galegas na Conferência Internacional/Audição Parlamentar sobre o Acordo Ortográfico

Ângelo Cristóvão e Alexandre Banhos na Assembleia da República

Ângelo Cristóvão e Alexandre Banhos na
Sala do Senado da Assembleia da República Portuguesa

A Conferência Internacional/Audição Parlamentar sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, organizada pela Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da Assembleia da República, teve lugar ontem, dia 7 de abril de 2008, na Sala do Senado da Assembleia da República em Lisboa e contou com representantes de diversas instituições, entre as quais, uma delegação galega.

O presidente da Pró-AGLP, Ângelo Cristóvão, interveio neste dia histórico com um comunicado a respeito da posição galega e do papel da futura Academia Galega. Também interveio Alexandre Banhos, presidente da Associaçom Galega da Língua (AGAL), que apresentou uma posição conjunta das Entidades Lusófonas Galegas assinado pela própria AGAL, pela Associação de Amizade Galiza-Portugal (AAG-P), pela Associação Pró Academia Galega da Língua Portuguesa, pela Associação Sócio-pedagógica Galaico-portuguesa (ASPG-P) e pelo Movimento Defesa da Língua (MDL).

A delegação galega no seu conjunto esteve integrada pelo presidente da AGAL, Alexandre Banhos; pelo vice-presidente da AGAL, Isaac A. Estraviz, igualmente membro da Comissom Lingüística dessa entidade e da Comissão para a participação da Galiza no Acordo Ortográfico, entidade participante no Acordo; por Margarida Martins e Manuela Ribeira, integrantes do Conselho da AGAL; pela porta-voz do MDL, Teresa Carro; pelo presidente da Pró-AGLP, Ângelo Cristóvão; pela membro da AGAL e vice-presidenta da Pró-AGLP, Concha Rousia; por António Gil Hernández e Xavier Vilar Trilho, em representação também da Associção Pró-Academia Galega da Língua Portuguesa e da Associação Amizade Galiza-Portugal.

Intervenção de Ângelo Cristóvão

Descarregar comunicado em PDF

Intervenção de Alexandre Banhos

Descarregar comunicado em PDF

Mais info:

"Marinhas del Valle e a Lusofonia na sua obra poética"

Image

Palestra do professor António Gil Hernández no contexto do ciclo
Língua, Literatura e Naçom
, organizado pela AC 'O Facho'

O vindouro dia 25 de janeiro, terça-feira, o ensaísta e professor António Gil Hernández, falará dentro do ciclo Língua, Literatura e Naçom, organizado pela Agrupaçom Cultural 'O Facho'. A sua palestra terá lugar às 20h00 na Fundación Caixa Galícia (Cantão Grande – Corunha) e versará sobre "Marinhas del Valle e a Lusofonia na sua obra poética".

Publicada a "Suite Rianjeira" da académica Isabel Rei

Image

José Luís do Pico Orjais assina artigo no Anuário Barbantia 2010

Acaba de sair a lume o Anuário Barbantia 2010, publicação que todos os anos edita a associação do mesmo nome nas terras da comarca de Barbança. Entre os seus artigos destacamos o assinado por José Luís do Pico Orjais, músico tradicional e diretor do C.E.P. Xosé María Brea Segade de Taragonha (Rianjo), sob o título de "A Suite Rianjeira de Isabel Rei Sanmartim".

Tal e como explica do Pico Orjais, a Suite foi fruto do pedido realizado à professora Rei Sanmartim com motivo da inauguração do Museo Pedagóxico Castelao no C.E.P. Xosé María Brea Segade. Dessarte, no dia 14 de dezembro de 2007 foram abertas as portas do museu e estreada a Suite Rianjeira, sob a direção e guitarra da própria Isabel Rei, acompanhada na voz por Xurxo Varela Díaz e na flauta e adufe polo assinante do artigo.

A Suite Rianjeira resultou da harmonização e instrumentalização de seis peças dos cancioneiros galegos que apareceram recolhidas em Rianjo. Tal e como assinala do Pico Orjais, "apesar de contar com a intervenção ocasional de instrumentos tais como a voz, a flauta ou o adufe, a Suite Rianjeira é uma obra fundamentalmente guitarrística".

"Em certo modo -continua-, a obra resulta uma reivindicação da guitarra de concerto como um meio de expressão ótimo para a música patrimonial do nosso país".

O artigo publica na íntegra, na parte final, as partituras das seis peças que compõem a Suite Rianjeira: Como queres que navegue (alalá), Foliada rianjeira, Todos dizem que me caso (pandeirada), Alalá, Moinheira e Marinheiro de Rianjo.

O Acordo Ortográfico, 1990-2010

«Na ordem de prioridades da comunidade lusófona deveriam estar em primeiro lugar Timor-Leste e a Galiza»

Ângelo Cristóvão (*) - Duas resoluções adotadas nos últimos dias em Portugal assinalam a culminação do processo de integração institucional do Acordo Ortográfico, que demorou 20 anos a ser completado. Uma é decisão governamental de aplicação das novas regras da escrita no sistema educativo a partir de 1 de janeiro de 2012. A segunda, a votação da Assembleia da República, em 15 de dezembro de 2010, aprovando por unanimidade a proposta do seu presidente, Jaime Gama, para usar o Acordo Ortográfico no Parlamento a partir da mesma data. Isto implica que todas as publicações oficiais e textos escolares irão reger-se pelos mesmos critérios, na República Portuguesa. E acarreta também a criação de novos instrumentos de apoio, como prontuários e dicionários.

Assinado em 12 outubro de 1990 pela Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Letras e delegações de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, com a adesão da Delegação de Observadores da Galiza, entrará plenamente em vigor depois de importantes órgãos da comunicação social, como os do Grupo Impresa, terem levado à prática progressivamente as novas regras, e de as mais importantes editoras terem publicado dicionários e vocabulários ortográficos conforme ao Acordo, como os da Texto Editora, Priberam informática - com o seu recente FLiP-8 - e a Porto Editora, empresa que acaba de lançar ao mercado a nova edição do Grande Dicionário da Língua Portuguesa.

Estamos observando, portanto, os últimos passos de um processo de decisão política cujas parálises e hesitações chegaram a pôr em questão a capacidade da comunidade lusófona de reunir vontades na questão da língua. No caminho, o texto foi alvo de dificuldades de diversa ordem.

As primeiras estiveram situadas no plano legal. A CPLP aprovou até dous protocolos modificativos do Acordo de 1990. O primeiro, na Praia, em 1998. O segundo, em São Tomé, em 2004, permitindo a adesão de Timor Leste, e a entrada em vigor logo que o terceiro país depositasse os instrumentos de ratificação do Acordo ante o governo de Lisboa. Destarte, em teoria, está em vigor em todos os países assinantes desde o 13 de maio de 2009. Mas governo e parlamento portugueses estabeleceram em março de 2008 um período de transição entre as velhas e as novas regras da escrita, até 2014.

O segundo tipo de dificuldades veio dos movimentos contra o Acordo Ortográfico, nomeadamente em Portugal, chefiados por alguns líderes políticos e mediáticos que, com ampla repercussão na comunicação social, se fizeram ouvir, reunindo até 100.000 assinaturas, o que só conseguiu demorar o processo por breve espaço de tempo.

Uma terceira ordem de questões referiu-se à coordenação no seio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde uma diversidade de circunstâncias políticas e económicas dificultaram o consenso necessário para que a defesa da língua e da sua unidade fizessem parte central das suas políticas. Felizmente, nos últimos anos algumas dúvidas foram sendo esclarecidas, especialmente nos países africanos. A recente tomada de posse na presidência do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), pelo professor brasileiro Gilvan Muller de Oliveira, pode abrir uma nova etapa nessa instituição.

No entanto, restam ainda outros âmbitos de atuação de não menor relevância, como o referido à construção de instrumentos que permitam fomentar e tornar patente a unidade do português, onde até agora eram reconhecidas duas normas para a escrita. A prevista elaboração do Vocabulário Ortográfico Comum será uma primeira prova de capacidade, tanto se for referida aos âmbitos científico e técnico, como entendida na abrangência da língua comum, pois ambas as leituras foram realizadas do texto do Acordo. Para este projeto o presidente da Academia Galega da Língua Portuguesa, Professor José-Martinho Montero Santalha, já apresentou o contributo galego em sessão conjunta com a Academia Brasileira de Letras e a Academia das Ciências de Lisboa, na capital portuguesa, a 7 de abril de 2009.

Outro foco de atenção é o referido aos espaços em que o português se acha numa situação mais fraca. Na ordem de prioridades deveriam estar em primeiro lugar Timor-Leste e a Galiza. Deixando à margem os percursos históricos e os condicionamentos políticos por que se distinguem ambos os territórios, uma cabal compreensão da questão deveria levar a uma maior atenção e a uma posição mais ativa.

(*) Secretário da Academia Galega da Língua Portuguesa.

Assinar este feed RSS
×

Sign up to keep in touch!

Be the first to hear about special offers and exclusive deals from TechNews and our partners.

Check out our Privacy Policy & Terms of use
You can unsubscribe from email list at any time