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Reunião Geral da Cátedra UNESCO

A II Reunião Geral da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas e Multililguismo está ocorrendo em dependências da Universidade de Macau os dias 24 e 28 de setembro.

No encontro participam oradores da África do Sul, Angola, Bangladesh, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Índia, Indonésia, Irão, Kazaquistão, Malásia e Rússia.

Os encontros terão por tema principal a apresentação e discussão sobre teoria e metodologia do multilinguismo.

 

O acordo de criação da Cátedra, estabelecida na Universidade de Santa Catarina, Brasil, indica no seu Artigo 2º que o seu objetivo consiste em “Promover um sistema integrado de pesquisa, treinamento, informação e documentação sobre a compreensão global da sustentabilidade, facilitando a colaboração entre pesquisadores de alto nível reconhecidos internacionalmente e professores da Universidade e outras instituições da América Latina e Caribe, Europa, África, Ásia e Pacífico e Europa”.

 

A Academia Galega da Língua Portuguesa é parceira local da Cátedra, sendo a sua coordenadora a professora Teresa Moure, da Universidade de Santiago de Compostela (USC).

"MULHERES, PATRIMÓNIOS, SOCIEDADE" Ciclo de cinema galego-português, 2ª edição

Iniciou-se a quinta-feira 26 de setembro, e até ao sábado 28 o ciclo de cinema galego-português Mulheres, património e sociedade nos Multicines Norte de Vigo, onde serão projetadas peças audiovisuais de autoria galega e portuguesa.

A atividade está organizada pelo Camões-Instituto da Cooperação e da Língua e pelo Conselho da Cultura Galega em colaboração com a Universidade do Minho (UMinho) e a Vigo Film Office, e com o apoio da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, dos Observadores Consultivos da CPLP.

 

O objetivo dos organizadores é estimular o intercâmbio linguístico e cultural entre a Galiza e Portugal, além de alimentar o debate entre o público sobre a relação do património coa questões sociais transversais como, neste caso, são o património e o papel das mulheres na sociedade.

 

Os filmes a projetar são os seguintes: (Ver programação):

 

  • Tódalas mulleres que coñezo (2018) de Xiana Teixeiro,
  • Entre sombras  (2018) de Mónica Santos e Alice Guimarães
  • Alentejo, Alentejo (2013) de Sérgio Tréfaut
  • Tempo da recolleita (2018) de Félix Blume
  • Volta à terra (2014) de João Pedro Plácido
  • Cando mamá pechou as caixas (2018) de  Arancha A. Brandón

 

Carvalho Calero, no centro da Galáxia, 1980 – Ernesto V. Souza

Por Ernesto V. Souza:

A história, a contrário do que se nos aprende na idade escolar, não é uma evolução graduada e progressiva de feitos, fatos, sucessos, personagens, grupos, ideias e acontecimentos, as mais das vezes é uma sucessão de mudanças, de alterações súbitas, de viradas bruscas, não poucas vezes apaixonadas, absurdas, cínicas e arbitrárias, normalmente condicionadas pelos indivíduos detentadores, capatazes ou representantes dos poderes existentes em cada momento. Mudanças que depois obrigam a recondicionamentos e reajustes justificativos, a novos destaques, apagados, descoloramentos e ausências na narrativa estabelecida.

Como já temos apontado, no centro da Galiza cultural, a partir de 1973 (e até 1982), há um debate intenso sobre a fixação da língua e a ortografia, aberto pelas mudanças educativas no tardofranquismo, na transição e na conformação do estado das autonomias fixado na Constituição do 78.

O debate começa com a possibilidade e projeto de introduzir as línguas espanholas não castelhanas no ensino oficial, por volta de 1973. O resultado já conhecemos, e está diretamente relacionado com a subalternidade consagrada no título 3 da Constituição Espanhola e com os jeitos, jeitinhos e os equilíbrios de poderes que dominaram a cena política galega antes, durante e depois da votação do Estatuto de 1981 e a articulação da Autonomia na Galiza.

O controlo de forças conservadoras, a menorização fragmentada do espaço nacionalista galeguista, o possibilismo dos culturalistas, e o projeto de laminação do republicanismo, do nacionalismo, na sua narrativa, memória e da discrepância definirão a política galega, que irá evoluindo desde a esperança e modernidade aperturista de meados dos 70, consoante e pioneira com a involução da cultura política, midiática da Espanha a partir de 1982.

A história, no que afeta diretamente a língua e a sua maneira de grafá-la, a sua proximidade e distância com o português, é relativamente conhecida e destaca precisamente esse ano 1º da Autonomia, como ponto de rotura. Não nos imos deter hoje nisto, que por outra banda já foi bem explicado pelos companheiros da Através.

Mas justamente, por isso resulta fresco e interessante, retroceder apenas um bocadinho no tempo para comprovar a violência da virada.

 

Texto completo:

Documentos anexos:

** A entrevista e os dous artigos, completos, no repositório Versão Original de Celso Álvarez Cáccamo, na UDC:

– Xosé Miguel A. Boo. 1980. “RICARDO CARBALLO CALERO, UNHA VIDA AO SERVICIO DE GALICIA” [entrevista]. GALICIA 1950-1980 – trinta anos de cultura – publicación conmemorativa do trinta aniversario da editorial galaxia. Vigo: Galaxia, p. 20.   1980gal20.pdf

– Ricardo Carballo Calero. 1980. “GALIZA FORA DE SI – A VIDA DA NOSA CULTURA FORA DO PAIS (1950-1980)”. GALICIA 1950-1980 – trinta anos de cultura – publicación conmemorativa do trinta aniversario da editorial galaxia. Vigo: Galaxia, p. 6. => 1980gal06.pdf

– Ramón Lorenzo. 1980. “A LINGUA”. GALICIA 1950-1980 – trinta anos de cultura – publicación conmemorativa do trinta aniversario da editorial galaxia. Vigo: Galaxia, p. 25. => 1980gal25.pdf

 

 

Carvalho Calero, no centro da Galáxia, 1980 – Ernesto V. Souza

Por Ernesto V. Souza:

A história, a contrário do que se nos aprende na idade escolar, não é uma evolução graduada e progressiva de feitos, fatos, sucessos, personagens, grupos, ideias e acontecimentos, as mais das vezes é uma sucessão de mudanças, de alterações súbitas, de viradas bruscas, não poucas vezes apaixonadas, absurdas, cínicas e arbitrárias, normalmente condicionadas pelos indivíduos detentadores, capatazes ou representantes dos poderes existentes em cada momento. Mudanças que depois obrigam a recondicionamentos e reajustes justificativos, a novos destaques, apagados, descoloramentos e ausências na narrativa estabelecida.

Como já temos apontado, no centro da Galiza cultural, a partir de 1973 (e até 1982), há um debate intenso sobre a fixação da língua e a ortografia, aberto pelas mudanças educativas no tardofranquismo, na transição e na conformação do estado das autonomias fixado na Constituição do 78.

O debate começa com a possibilidade e projeto de introduzir as línguas espanholas não castelhanas no ensino oficial, por volta de 1973. O resultado já conhecemos, e está diretamente relacionado com a subalternidade consagrada no título 3 da Constituição Espanhola e com os jeitos, jeitinhos e os equilíbrios de poderes que dominaram a cena política galega antes, durante e depois da votação do Estatuto de 1981 e a articulação da Autonomia na Galiza.

O controlo de forças conservadoras, a menorização fragmentada do espaço nacionalista galeguista, o possibilismo dos culturalistas, e o projeto de laminação do republicanismo, do nacionalismo, na sua narrativa, memória e da discrepância definirão a política galega, que irá evoluindo desde a esperança e modernidade aperturista de meados dos 70, consoante e pioneira com a involução da cultura política, midiática da Espanha a partir de 1982.

A história, no que afeta diretamente a língua e a sua maneira de grafá-la, a sua proximidade e distância com o português, é relativamente conhecida e destaca precisamente esse ano 1º da Autonomia, como ponto de rotura. Não nos imos deter hoje nisto, que por outra banda já foi bem explicado pelos companheiros da Através.

Mas justamente, por isso resulta fresco e interessante, retroceder apenas um bocadinho no tempo para comprovar a violência da virada.

 

Texto completo:

Documentos anexos:

** A entrevista e os dous artigos, completos, no repositório Versão Original de Celso Álvarez Cáccamo, na UDC:

– Xosé Miguel A. Boo. 1980. “RICARDO CARBALLO CALERO, UNHA VIDA AO SERVICIO DE GALICIA” [entrevista]. GALICIA 1950-1980 – trinta anos de cultura – publicación conmemorativa do trinta aniversario da editorial galaxia. Vigo: Galaxia, p. 20.   1980gal20.pdf

– Ricardo Carballo Calero. 1980. “GALIZA FORA DE SI – A VIDA DA NOSA CULTURA FORA DO PAIS (1950-1980)”. GALICIA 1950-1980 – trinta anos de cultura – publicación conmemorativa do trinta aniversario da editorial galaxia. Vigo: Galaxia, p. 6. => 1980gal06.pdf

– Ramón Lorenzo. 1980. “A LINGUA”. GALICIA 1950-1980 – trinta anos de cultura – publicación conmemorativa do trinta aniversario da editorial galaxia. Vigo: Galaxia, p. 25. => 1980gal25.pdf

 

 

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