Info Atualidade (440)

Falecimento de Adriano Moreira, correspondente da AGLP

Com profundo pesar a Academia Galega da Língua Portuguesa tem de registar o falecimento no dia 23 de outubro de 2022 do académico e professor Adriano Moreira, académico correspondente da AGLP. 

O presidente e toda a comunidade académica transmite à família e seres queridos as suas mais profundas condolências.

Nova no jornal PÚBLICO

Página na Wikipédia

 FOTO: LUSA/MIGUEL A. LOPES

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VISITA INSTITUCIONAL DA AGLP A LISBOA

Uma delegação da Academia Galega da Língua Portuguesa esteve em Lisboa o passado dia 12 de outubro, para manter encontros no âmbito da CPLP e contactos com instituições de Portugal.
O presidente, Rudesindo Soutelo, o Vice-Presidente, Ângelo Cristóvão, e a Delegada em Lisboa, Maria Dovigo, mantiveram reuniões na Missão do Brasil junto da CPLP. Com o Ministro-Conselheiro Pablo Duarte Cardoso e colaboradores trocaram ideias e informações sobre a situação do ensino da língua portuguesa na Galiza e em todo o território do Reino da Espanha, no quadro da adesão deste estado como observador associado da Comunidade.

Foram recebidos em audiência no Palácio Conde Penafiel, sede da CPLP, pelo Diretor Geral Armindo de Brito, e o Diretor de Ação Cultural Boaventura Ima-Panzo. Os observadores galegos apresentaram projetos a desenvolver nos próximos meses no quadro da sua participação na Comissão Temática de Promoção e Difusão da Lìngua Portuguesa e na Comissão de Cidades, Territórios e Ambiente, na procura do engajamento de projetos e a procura de sinergias institucionais.
Na sede da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) mantiveram uma reunião com o Secretário Geral, Vítor Ramalho, e o Diretor Cultural, Rui Lourido, por sua vez coordenador da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa. A participação galega em atividades municipais, com conteúdos culturais, e a cooperação internacional a vários níveis foram alguns dos temas tratados, bem como o fomento da participação de municípios da Galiza nesse organismo internacional.

Tiveram ainda uma visita à Academia das Ciências de Lisboa, de que Cristóvão faz parte como sócio correspondente, para a consulta e documentação na biblioteca, que amavelmente abriu as suas portas. Esta visita teve lugar na sequência da colaboração que a ACL mantém com a Academia Galega, com quem desenvolve um protocolo de colaboração desde 19 de março de 2010.

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INGRESSO DE NOVAS ACADÉMICAS NA AGLP

Na sessão plenária da AGLP do sábado 25 de junho de 2022 foram apresentadas e aprovadas por maioria as seguintes candidatas, que ficam admitidas como membros da Academia Galega da Língua Portuguesa:


– Adela Clorinda Figueroa Panisse, como académica de número.

– Joana Magalhães, como académica de número.

– Maria José Castelo Lestom, como académica de número.

– Kathleen March, como académica correspondente.

 

Abaixo deixamos os currículos das novas académicas.

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Reuniões ordinárias da AGLP e da Fundação AGLP

No sábado, 25 de junho de 2022, tiveram lugar, na Casa da Língua Comum de Santiago de Compostela, as reuniões da Fundação e Academia Galega da Língua Portuguesa.

Entre outros assuntos, as académicas e académicos foram informadas/os detalhadamente das atividades realizadas durante o ano em curso, com especial atenção às relações internacionais. Foram também apresentadas e aprovadas as contas da Fundação. Acordou-se igualmente um programa de atividades para os próximos meses, que inclui diversas publicações e atividades divulgativas.

Também foram aprovadas as candidaturas de novas membros da Academia.

 

Relatório de atividades do ano 2021 em anexo, abaixo.

 

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Um selo postal e uma jornada de homenagens para lembrar o professor José Paz

No passado 23 de abril cumpriu-se um ano do passamento do professor e pedagogo José Paz, membro da AGLP. Coincidindo com o aniversário, foi organizada pela Associação Paz Tagore, Liceo de Ourense e Sociedade Filatélica Miño uma homenagem póstuma para recordar o valioso trabalho como divulgador cultural do professor Paz, considerado o maior especialista em Rabindranath Tagore e dono da maior biblioteca tagorista do mundo.

O programa incluiu uma oferta floral, uma exposição fotográfica de José Paz na Escola Santiniketan na Índia, fundada por Tagore, na qual o nosso amigo e companheiro colaborou durante longas estadias; a apresentação do site Paz Tagore e uma palestra de Ángela Zamora, ex-diretora da Escola Rabindranath Tagore em Madrid e Milagros Jiménez da Universidade de Sevilha.

No evento também foi apresentado um selo de correios com a imagem do professor Paz, uma iniciativa que permitirá que o saudoso professor continue a exercer o seu inestimável magistério ao longo do mundo.

MAIS INFORMAÇÃO:

https://sociedadmino.wordpress.com/2022/04/20/proximo-homenaje-a-jose-paz/

https://www.paztagore.com/articulo/noticias/faro-vigo-viaje-infinito-jose-paz/20220420101512000926.html

 

 

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Apenas quatro vagas para língua portuguesa nas oposições de 2022

AGAL, DPG, AGLP e a Mesa consideram que o número é pouco ambicioso e não atende às expectativas criadas.

Entidades publicam um parecer comum sobre as quatro vagas de língua portuguesa da Oferta Pública de Emprego para as oposições de 2022.

Com 1171 vagas anunciadas, a publicação prévia do Governo inclui quatro vagas de língua portuguesa. A associação de professores DPG-Docentes de português na Galiza, junto com a AGAL, AGLP e a Mesa, considera que o número é pouco ambicioso e não atende às expectativas criadas.

Já em dezembro deste ano a DPG-Docentes de português na Galiza indicara num parecer que é preciso maior vontade política por parte do governo para o português avançar no ensino. Diferentes coletivos assinam agora um mesmo parecer relacionado com o avanço decidido dos compromissos políticos que a LEI PAZ-ANDRADE indica a respeito do ensino da língua de Camões.

A publicação em 14 de janeiro na mesa sectorial de ensino das vagas por especialidade da convocatória de oposições de 2022 inclui apenas quatro novas vagas para a especialidade de português no secundário o que desaponta as nossas organizações perante os tímidos avanços que estão a ser dados para a promoção da matéria de língua portuguesa.

Queremos mostrar a nossa contrariedade perante uma continuidade de políticas de “mínimo desenvolvimento” no que respeita à expansão da matéria nos centros e a oferta de vagas oficiais da  especialidade da língua portuguesa. Nesse sentido, já enviámos um escrito conjunto à Conselharia de Educação para a sua reconsideração da publicação final duma oferta de vagas oficial condizente com as necessidades atuais no ensino e as expectativas criadas na sociedade.  Um aumento significativo da oferta da matéria ao conjunto dos centros e a sua proteção legal é sentido já como uma urgência para não desaproveitar os consensos que a lei de vínculos com a lusofonia tem construído.

Queremos também lembrar que recentemente a Espanha no seu conjunto entrou para a CPLP fruto das gestões do governo galego, governo que mostrou uma firme vontade de querer continuar a liderar essa integração nos espaços de língua portuguesa. 

Nesse sentido, se o nosso governo não ocupar um lugar de destaque na promoção do ensino do português outras instituições poderão vir a ocupar esse lugar, o que deveria alarmar os nossos políticos depois de 8 anos sem desenvolver a LEI PAZ-ANDRADE com a convicção esperável.

Atualmente, apenas 12 docentes foram contratados inicialmente em setembro no secundário através da especialidade 590015:português para os mais de 75 centros de secundário onde já se leciona a matéria.

Verificamos como o grosso do ensino da língua portuguesa continua a ser realizado e mantido através do voluntarismo  de  docentes anterior à aprovação da lei, a quem agradecemos tanto esforço em prol da matéria, mas que ou não possuem ainda oficialmente a especialidade, nem carga horária disponível para aumentar a oferta a todos os níveis nem pelo geral usufruem de dispor de departamento próprio de português. 

O ensino de português no secundário continua sem a expansão nem a consolidação que corresponderia aos esforços realizados por docentes e centros de ensino e ao assentamento dos níveis, criação e manutenção de departamentos através da voluntariedade. 

Urge o governo apostar pelas condições laborais adequadas para a implementação da matéria através do aumento de funcionários contratados através da especialidade própria e também oferecer de maneira firme e decidida a matéria em todos os centros de ensino. 

Sem políticas de apoio decidido, e em função da atual voluntariedade, o grosso dos centros que oficialmente lecionam português continuarão não apenas a variar de ano para ano como só conseguirão com grandes custos oferecer a matéria em todos os níveis. 

Tal e como acontece com qualquer das outras línguas, a existência de docentes da especialidade unida à sua oferta regular em todos os níveis é a máxima garantia para a manutenção de todas as condições adequadas à consolidação da matéria. 

Além disso, o contraste com as vagas anunciadas doutras especialidades da mesma categoria (125 vagas inglês, 40 vagas francês) é totalmente desproporcionado, sendo português (4) a especialidade anunciada com o menor número de vagas finais. Apenas Latim (5) e Música (8) se aproximam a um número tão pequeno e a especialidade de Música, sendo a terceira com menos vagas, duplica a oferta de emprego de português.

Como a própria Conselharia ainda não fechou a possibilidade de algumas das 1.171 vagas convocadas serem suscetíveis de vir a mudar e o número total vir a ser acrescentado incluindo mais vagas que não tenham aparecido nesta previsão inicial de janeiro, requeremos da Conselharia  de Educação que considere a viabilidade de aumentar de maneira decidida as vagas da especialidade. Assim sendo solicitamos:

  • Que antes da publicação definitiva no DOG reconsidere a convocatória de Oferta de Emprego Público de 2022 incluindo um número de vagas (24) que multiplique por seis as atuais vagas de português convocadas.
  • Que estude oferecer no próximo ano escolar 2022-23 em pré-matricula a matéria em todos os centros visando recolher dados reais de procura para planificar uma adequada incorporação da matéria no conjunto do ensino secundário.

MAIS INFORMAÇÃO:

Documento do Parecer OPE-2022_imprensa

Notícia em NÓSDIARIO

Notícia no PGL.GAL

Notícia no site d'A MESA

 

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Calendário 2022 da Pró-Academia

Lembrando o Prof. Carvalho Calero

A jeito de presente de reis, a Associação Pró Aglp vem de lançar um calendário homenagem ao Professor Carvalho Calero para 2022. O calendário está disponível para a descarga em dous formatos, Parede ou Mesa desde o blogue da Pró Aglp.

Feliz ano!

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2ª edição de "Guerra de Grafias - Conflito de Elites" de Mário J. Herrero Valeiro

A ATRAVÉS EDITORA vem de publicar a segunda edição desta obra do nosso académico MÁRIO J. HERRERO VALEIRO

Com motivo deste lançamento, disponibilizamos, com autorização do autor, o prólogo "Da eterna queda dos insetos. Grafias, ou formigas, na Galiza (do capitalismo) terminal" que fecha esta segunda edição. [  Abaixo]


Que é o galego? Quem fala esta língua? Nos 70/90 conformaram-se os grupos que lutam pola hegemonia social e política na hora de responder estas peguntas: o reintegracionismo e o autonomismo. O livro de Mário J. Herrero Valeiro repassa o jogo glotopolítico que levou a que uma das duas estratégias, a autonomista, alcançasse o estatuto da oficialidade bem como as relações com os detentores do poder político.

Ainda que a sua fundamentação ideológica começa já a se desenvolver nas últimas décadas do século XIX e continua ao longo dos dous primeiros terços do XX, esta guerra de elites enfrenta desde a década de 1970 os defensores da independência glotopolítica do galego em relação ao português (autonomistas, diferencialistas, isolacionistas) e os defensores da unidade glotopolítica do galego-português (reintegracionistas, lusistas, regeneracionistas). A posição legitimada é desde 1982-83 a diferencialista, através da sua sanção legal polo governo autónomo galego (exercido na altura polo partido nacionalista espanhol Alianza Popular). No poderoso valor simbólico que representa a ortografia, este conflito exprime-se na oposição entre determinados traços gráficos e/ou morfológicos aos quais se lhes concede (ou antes, aos quais alguém “atribui”) um alto valor significativo, indéxico de ideologias e identidades e de distribuição do poder social: a utilização de Ñ frente à de NH, a de LL frente à de LH, -ción frente a -ção ou -çom, presença ou ausência de Ç ou SS, -ble ou -bel frente a -vel (amable/amábel /vs/ amável), assimilação ou não do artigo determinado às formas verbais finalizadas em -R ou -S, diferentes acentuações gráficas, etc. Ainda que o diferencialismo é também defendido e, o que entendemos como aspeto fundamental, sustentado polos setores nacionalistas espanhois que detêm e usufruem o poder institucional, estas tuas tendências – na atualidade e polo menos numa parte dos seus precedentes históricos – podem ser inseridas com maior ou menor clareza num nacionalismo galego em que se enfrentam grupos com ideologias linguísticas irredutíveis.

MAIS INFORMAÇÃO:

 

 

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Antologia da poesia em galego de Ernesto Guerra da Cal

O nosso académico correspondente Paulo F. Mirás acaba de dar a lume a Antologia da poesia em galego de Ernesto Guerra da Cal num completo volume editado pola ATRAVÉS EDITORA e que conta também com o carimbo da AGLP.

O professor Paulo F. Mirás é também o autor da ANTOLOGIA DA POESIA EM GALEGO de RICARDO CARVALHO CALERO (2019), na mesma editora e a biografia de Ricardo Carvalho Calero (2020) publicada na editora Ir Indo.

Paulo Fernandes Mirás nasceu em Ordes e cursou estudos superiores na cidade da Corunha, onde realizou as carreiras de Inglês, Galego e Português; os mestrados de Literatura Cultura e Diversidade e de Professorado de Educação Secundária Obrigatória, Formação Profissional e Ensino de Idiomas. Está a fazer o Doutoramento em Literatura atualmente. É professor de língua e literatura galega e Académico Correspondente da AGLP.

Ernesto Guerra da Cal (Ferrol 1911 – Lisboa 1994) foi escritor, filólogo e catedrático da New York University. É um dos mais reconhecidos estudiosos de Eça de Queiroz e, para além da sua dilatada carreira como ensaísta, foi um grande poeta. Entre outras honras e galardões que recebeu, foi acolhido como Doutor Honoris Causa das universidades da Baía e de Coimbra e foi reconhecido como Membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Associaçom Galega da Língua (AGAL).

 

Nota do antologista

A escolha dos poemas contidos nesta antologia pretende mostrar os traços que caracterizam a lírica de Ernesto Guerra da Cal. Nela achamos influências medievais, um exaustivo desenho estrutural de cadência visual, mitologia grega e religiosa, erotismo, ironia e um profundo e amplificado sentido existencial que se purifica e amplifica segundo avançamos através dos diversos livros em ordem cronológica. Existencialismo metafísico, o sentido da vida, da morte, de Deus, acompanhados com o passar do tempo, a exploração da memória e dos seus ângulos, a infância e a terra onde estão afincadas as origens do poeta.

Para além do conteúdo, notificamos que os poemas foram escolhidos nas suas versões últimas sempre que existirem várias. Mantivemos o desenho poético no versificado e corrigimos as gralhas que achamos nas diferentes publicações. Descartamos as divisões nos poemários para simplificar e melhorar a deglutição dos poemas, para além de omitir as letras iniciais da produção que faziam parte do “Abecedário desfalcado” (A A..., A B..., A C... etc.) contido em Futuro imemorial, do qual só incluímos algum dos poemas, já que sem estar todos, carecia de sentido manter o início com cada letra do alfabeto. Para além disto, também suprimimos os inúmeros trechos e referências a autores e autoras que aparecem nos poemários, deixando somente os que encabeçavam os poemas, pois o poeta utilizava as diferentes divisões dos poemários para introduzi-los e estas foram eliminadas, como comentado anteriormente.

Como no caso de outros autores, como Carvalho Calero, Guerra da Cal mudou a ortografia segundo aprendia e a sua consciência linguística tomava o leme da sua produção poética. É por isto que a denúncia da situação da Galiza e o seu estado linguístico são temas recorrentes nos prólogos dos poemários e mesmo nalguns dos seus poemas. Tomamos como base para elaborar esta antologia, como indicamos na bibliografia: Lua de Além-Mar, Rio de Sonho e Tempo, Futuro imemorial, Deus, Tempo, Morte, Amor e outras bagatelas e Caracol ao pôr-do-sol, publicações datadas entre 1959 e 1991, ainda que alguns poemas foram escritos com anterioridade. Para as pessoas interessadas neste autor, é recomendável ler a obra Ernesto Guerra da Cal, do exílio a galego universal (2015), publicada na Através editora da mão de Joel R. Gômez, o maior especialista no poeta que aqui tratamos.

Finalmente, agradecer à mencionada editora a possibilidade de reviver os versos do professor e poeta Ernesto Guerra da Cal, à nossa família e amizades. Esperemos que este pequeno contributo ajude a fazer justiça e a elevar a obra literária deste grandíssimo intelectual para colocá-la no lugar que merece, longe da fria pedra do esquecimento, sob o sol da lembrança, para que o espelho dos anos seja indulgente com a sua sombra e o seu volume. Obrigado a todas e a todos.

Paulo Fernandes Mirás

 

Poemários de Ernesto Guerra da Cal

  • Guerra da Cal, Ernesto (1959). Lua de alén Mar. Vigo: Galaxia.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1961). “Poemas”, Papeles de Son Armadans, Tomo XXI, nº LXIII, 266-290. Madrid-Palma de Mallorca: Imprenta Messèn Alcover.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1963). Rio de Sonho e Tempo. Vigo: Galaxia.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1966). “Seis motivos do eu”, Papeles de Son Armadans, Tomo XLI, nº CXXIII, 285-291-. Madrid-Palma de Mallorca: Imprenta Messèn Alcover.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1985). Futuro imemorial (Manual de velhice para principiantes). Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1987). Deus, Tempo, Morte, Amor e outras bagatelas. Lisboa: Livraria de Sá da Costa Editora.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1990). Espelho cego. Málaga: Plaza de 35 La Marina.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1991). Lua de Além-Mar e Rio de Sonho e Tempo. A Corunha: AGAL.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1991). Caracol ao pôr-do-sol. A Corunha: AGAL. (publicado em 2001)
  • Guerra da Cal, Ernesto (1992). “Mester de Poesia”, AGÁLIA (nº 31), 393-410.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1993). “Entressonho e Cavilação”, AGÁLIA (nº33), 58-63.
  • Guerra da cal, Ernesto (2000). “Ramalhete de poemas carnais”, em José Luís Rodríguez (ed.), Estudos dedicados a Ricardo Carvalho Calero, vol. II, 71-80. Santiago de Compostela: Parlamento de Galicia e Universidade de Santiago de Compostela.

 

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Académica Concha Rousia lança novo livro "O SAPO E A MARGARIDA"

O SAPO E A MARGARIDA

“O Universo inteiro se rende ante uma mente sossegada”
Lao Tzu

Vivemos tempos que correm muito depressa, que voam até. Tempos em que as pessoas andam mais sozinhas, mais silentes, mais isoladas, e por vezes mais fragmentadas também. Bulindo, mexendo sem pausa, para apagar com a música do viver o ruído das tripas da máquina do mundo, que vai devorando sem parada, tudo que surge. Como uma praga de lagosta de matéria inerte.
Corremos com agendas eletrónicas que falam, que tem alarmes com nome e sons específicos para dirigir-nos a uma atividade urgente e programada. Como a vaca aprende o som que antecede a comida ou avisa de que a vão mungir na granja. Pavlov não precisaria campainhas nem cães para os seus experimentos. Pontual tem que ser tudo neste tempo. Não dá para aprendermos os nomes de tudo o novo que aparece, quanto mais para descobrirmos para que serve cada cousa...
Tomáramos hoje os dias de conversa do mundo que ficou atrás. Cinco minutos por dia de pausa deste corre-caminhos de presente, para respirarmos ao ritmo da tartaruga com a que vivíamos no passado. Os que habitamos neste mundo e somos também habitados pelo mundo antigo, o mundo das conversas na era da oralidade, paramos para falar com os bichos, as plantas, as arvores, as rosas e até com a folha que voa neste outono que clama por minorar a nossa marcha.
Visitar mentalmente um lugar de pausa, um lugar de calma é o que recomendamos as pessoas que nos dedicamos a observar as mentes e o quanto forçadas elas vão. Como botão sempre a mão para parar as máquinas, o barulho, diminuir o cortisol, e ir reduzindo as pílulas, fugir da ansiedade, termo imprescindível para estendermo-nos nos tempos modernos. Sabido é que essas pausas dão um respiro ao cérebro, o corpo permite-se repousar, e as emoções encontram sua prateleira própria, para se assentar, em lugar de ir ter ao montão das trapalhadas adiadas sem classificar.
Para conseguir esse efeito ofereço a leitura desde livro, que nos abastece com textos breves por fora e imensos por dentro. Cada texto retém um pedacinho de mundo, mínimo e infinito, ao que podermos entrar e revisitar depois na memória, ou na releitura. Como botões que ativassem caminhos neuronais que nos levam para fora do labirinto do dia a dia, a respirar o sol da calma e da paz num cantinho dentro de nós, conhecido e esquecido. Serão pausas para descer do tempo cronologicamente veloz para ir ao tempo circular, eterno e reparador da vida emocional, tempo de reencontro, e não só...

Concha Rousia

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