Info Atualidade (440)

A implementação do Novo Acordo Ortográfico pode ter início na EBI da Maia

Ribeira GrandeComissão Novo Acordo Ortográfico

São esperadas quase duas centenas de docentes para ouvirem dois dos principais mentores do Novo Acordo Ortográfico, Professor Doutor João Malaca Casteleiro (Academia de Ciências de Lisboa) e Professor Doutor Evanildo Cavalcante Bechara (Academia Brasileira de Letras), juntamente com outros vocais proponentes, o Professor Doutor Carlos Reis, Reitor da Universidade Aberta e o Doutor Ângelo Cristóvão  da Academia Galega de Língua Portuguesa.

A Escola Básica 2,3 da Maia, concelho da Ribeira Grande, no dia 30 de Março, pelas 16 horas, torna-se, assim, a primeira Escola do País (e dos Açores) a realizar uma sessão de esclarecimento acerca da nova ortografia unificada.

Nas várias escolas e instituições em que por esse mundo fora se ensina e cultiva o português, convém que haja só uma ortografia, e não duas, pois tal facilita a aprendizagem. Para isso os docentes da EBI da Maia (Deptº de Língua Portuguesa) elaboraram já uma proposta de formação de professores a ser ministrada pelo próprio Professor Malaca Casteleiro, inicialmente na ilha de São Miguel e posteriormente no restante arquipélago.

Esta atitude pró-activa da EBI 2,3 da Maia visa proporcionar aos docentes e discentes os instrumentos necessários para a fase de transição na aplicação do novo acordo, não se limitando a aguardar . Não é todos os dias que os Açores podem ter um leque tão alargado de especialistas na matéria para debater algo que diz respeito a todos nós enquanto falantes de uma língua viva em constante mutação.

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AGLP convidada pela ACL à apresentação do Vocabulário Comum

Academia Galega na Academia das Ciências de Lisboa

Léxico Galego apresentado à Academia das Ciências de Lisboa

A Academia Galega da Língua Portuguesa, reuniu-se com a Academia das Ciências de Lisboa, na Sala de Reuniões Internacionais da ACL, onde também tiveram lugar as reuniões conducentes ao Acordo Ortográfico de 1990, nas quais participara uma Delegação de Observadores da Galiza.

Pela ACL participaram o Prof. Doutor Eduardo Romano Arantes e Oliveira, Presidente. O Prof. Doutor Adriano Moreira, Vice-Presidente da ACL e Presidente da Classe de Letras. O Prof. Doutor Artur Anselmo, Presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografia. O Prof. Doutor Fernando Roldão Dias Agudo, e o Prof. Doutor João Bigotte e Chorão.

Da parte da AGLP participaram os académicos Isaac Alonso Estraviz, Vice-Presidente. Ângelo Cristóvão, Secretário. Concha Rousia, Vice-Secretária, e António Gil, Secretário da Comissão de Lexicologia.

Os integrantes da AGLP apresentaram a novel academia, manifestando a sua disposição para contribuir à universalidade da língua portuguesa, nascida na velha Gallaecia. Na reunião trataram-se temas de interesse conjunto, como a aplicação do Acordo Ortográfico e a elaboração do Vocabulário Ortográfico Comum. A Delegação da AGLP apresentou um Léxico Galego, elaborado para ser integrado nesse Vocabulário. Os professores Isaac Estraviz e António Gil explicaram o método seguido na elaboração deste documento, que assinalaram como texto inicial de discussão. Deverá ser adaptado em volume e caraterísticas conforme com os critérios que forem adotados para o Vocabulário Comum.

Os académicos da ACL manifestaram a sua disposição para integrar o material apresentado e convidaram a AGLP a participar formalmente na reunião prevista para o dia 14 de abril na sede desta instituição, onde será apresentado o Vocabulário Comum elaborado pela Academia Brasileira de Letras e, também, o Léxico Galego.

Ao finalizar esta reunião, os académicos da ACL acompanharam a Delegação da AGLP numa visita guiada pelas dependências do edifício, mostrando exemplares valiosos como a Crónica Geral da Espanha, de 1344, as magníficas bibliotecas e diferentes salas de reuniões.

Seguiu-se um jantar de alto nível gastronómico, de que desfrutaram os convivas, durante o qual continuaram as conversas sobre os temas tratados na reunião precedente, de uma forma muito descontraída e animada.

Os brindes deram conclusão a uma jornada histórica, salientada pelo Prof. Doutor Artur Anselmo em declarações à Agência Lusa, por ser a primeira vez responsáveis pela Academia Galega visitaram oficialmente a Academia das Ciências de Lisboa.

Na Academia das Ciências de Lisboa

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Delegação da AGLP visita Lisboa

Academia das Ciências de LisboaManterá reunião na Academia das Ciências de Lisboa

Depois da sessão inaugural de 6 de outubro de 2008, em Santiago de Compostela, a AGLP fixou como primeiro passo nas suas relações exteriores uma viagem oficial a Lisboa. De 16 a 18 de março, uma Delegação da Academia Galega manterá entrevistas com personalidades da vida cultural e política, e uma reunião na Academia das Ciências de Lisboa.

A Delegação da AGLP está integrada pelo Vice-Presidente, Prof. Isaac Alonso Estraviz, o Secretário, Ângelo Cristóvão, a Vice-Secretária, Concha Rousia, e o Prof. António Gil pela Comissão de Lexicologia. Os motivos principais desta visita são a apresentação da novel Academia, a análise da situação da língua, e a coordenação na aplicação de alguns aspetos do Acordo Ortográfico, com especial interesse na elaboração do Vocabulário Ortográfico Comum.

Léxico Galego

A Comissão de Lexicologia da AGLP elaborou um documento interno sob o título "Léxico da Galiza para ser integrado no Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa". A criação de um vocabulário abrangente de toda a diversidade existente nos diversos países e territórios da lusofonia foi recentemente aprovada na Declaração Final em Reunião Extraordinária dos Ministros da Educação e a Cultura em 15 de novembro de 2008, de conformidade com o previsto no Acordo Ortográfico de 1990, em cujas reuniões preparatórias participara uma Delegação de Observadores da Galiza, conforme consta nos documentos oficiais.

O documento da Comissão de Lexicologia, que inclui um número próximo dos 700 vocábulos, constitui, em palavras do presidente da AGLP, o Prof. Doutor Martinho Montero Santalha, uma primeira redação que tem de ser adaptada aos critérios que forem determinados na elaboração do VOCLP. Neste sentido indicou que não se trata de um texto definitivo, mas poderão ser acrescentados novos contributos.

Reunião na Academia das Ciências de Lisboa

A apresentação da nova Academia, a análise da situação da língua, a coordenação na aplicação de alguns aspetos do Acordo Ortográfico, e a elaboração do Vocabulário Ortográfico Comum, serão alguns dos temas a tratar na reunião que terá lugar na Academia das Ciências de Lisboa com o Exmo. Sr. Presidente, Prof. Eduardo Arantes e Oliveira, e o Exmo. Sr. Vice-Presidente, Prof. Adriano Moreira.

Fonte original:

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Academia Galega da Língua Portuguesa cria Coleção de Clássicos Galegos

Plenário da Academia

Reunião Plenário da AGLP

A criação de uma Coleção de Clássicos Galegos, a apresentação do DVD da Sessão Inaugural de 6 de outubro, e a entrada do professor doutor Celso Álvarez Cáccamo como novo académico numerário, são as notícias mais destacadas do plenário realizado em 30 de dezembro em Santiago de Compostela, com a presença de 25 dos 29 membros, vindos alguns de Inglaterra e Portugal.

Celso Álvarez Cáccamo, trigéssimo académico

Celso Álvarez CáccamoO prestigioso linguista e escritor Celso Álvarez Cáccamo, doutor em Filologia Hispânica, Ph. D. em Sociolinguística e Antropologia Linguística pela Universidade de California (Berkeley), professor da Universidade da Corunha (Galiza), é o trigésimo membro numerário da Academia. Com longa experiência investigadora, tem publicado numerosos artigos em revistas especializadas sobre sociolinguística e análise de discurso, em português e em inglês. Mantém uma intensa atividade na internet, tendo criado espaços como a revista çopyright - pensamento, crítica e criação, e Versão Original, com material audiovisual e documentos digitalizados sobre o debate linguístico na Galiza. É salientável também a sua produção literária, nomeadamente poesia, com Os Distantes (Espiral Maior, 1995) ou Poemas ao Pai (2008).

Comissão de Lexicologia reforçada

O plenário da AGLP decidiu reorganizar e reforçar a Comissão de Lexicografia, que está integrada pelos especialistas Isaac Alonso Estraviz, Ângelo Brea Hernández, Carlos Durão Rodrigues, António Gil Hernández (Secretário), Luís Gonçáles Blasco "Foz", Álvaro Iriarte Sanromán, Martinho Montero Santalha e Fernando Vázquez Corredoira. O secretário da comissão, António Gil, afirmou que a primeira versão da parte galega do léxico comum, poderá estar pronta no primeiro trimestre de 2009, visando a sua incorporação ao Vocabulário Ortográfico Comum, decorrente da aplicação do Acordo Ortográfico, que vigora no Brasil desde o primeiro de janeiro, e começará a ser aplicado em Portugal nos próximos anos.

Nova Comissão de Publicações

Cientes da necessidade de recuperar e pôr em valor o património literário produzido na Galiza, umas vezes mal transcrito, e outras pouco conhecido ou estudado, a Academia decidiu também a criação de uma Comissão de Publicações, integrada pelos escritores e investigadores Artur Alonso Novelhe, José Manuel Barbosa, Ângelo Brea Hernández, Ramom Reimunde Norenha, Concha Rousia e Ernesto Vázquez Souza (secretário). A sua primeira missão será a preparação da Coleção de Clássicos Galegos, cujo primeiro número será apresentado nos próximos meses. Rosalia Castro, Eduardo Pondal, João Vicente Biqueira ou Cotarelo Valledor poderiam ser alguns dos primeiros autores em ser editados.

DVD da sessão inaugural apresentado

A edição do DVD da sessão inaugural (300 exemplares), que inclui um resumo de 7 minutos mais a gravação integral com 3 horas de duração, permite aos interessados visualizar as palestras da sessão da manhã do 6 de outubro, de Evanildo Bechara (Academia Brasileira de Letras), Artur Anselmo e João Malaca Casteleiro (Academia das Ciências de Lisboa), Carlos Reis (Universidade Aberta), João Craveirinha (escritor moçambicano), José-Martinho Montero Santalha (Presidente da AGLP) e Ângelo Cristóvão (Presidente da Ass. Cultural Pró AGLP).

O vídeo inclui também a oferenda floral no Panteão de Galegos Ilustres, as interpretações musicais da académica Isabel Rei na guitarra: estreia absoluta da Suite "Deu-la-deu", do compositor e académico Rudesindo Soutelo, além de quatro obras do espólio do escritor e compositor galego Macial Valladares. E finalmente a interpretação do Hino da Galiza, por José Luís do Pico e Eduardo Baamonde "Dúbi".

Este DVD está a ser enviado gratuitamente a universidades, instituições culturais e investigadores da lusofonia toda.

Pode ser solicitado nos endereços: secretaria[@]academiagalega.org ou pro[@]academiagalega.org

Membros da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP)
  1. Isaac Alonso Estraviz
  2. Artur Alonso Novelhe
  3. Celso Álvarez Cáccamo
  4. José Manuel Barbosa Álvarez
  5. Ângelo Brea Hernández
  6. Ângelo Cristóvão Angueira
  7. Carlos Durão Rodrigues
  8. João Evans Pim
  9. António Gil Hernández
  10. Luís Gonçález Blasco
  11. Álvaro Iriarte Sanromán
  12. Vítor Manuel Lourenço Peres
  13. Higino Martins Esteves
  14. José-Martinho Montero Santalha
  15. Mário Alonso Nozeda Ruitinha
  16. Francisco Paradelo Rodrigues
  17. José Paz Rodríguez
  18. Isabel Rei Sanmartin
  19. Ramom Reimunde Norenha
  20. Valentim Rodrigues Fagim
  21. José Ramom Rodrigues Fernandes
  22. Concha Rodrigues Peres
  23. Rudesindo Soutelo
  24. Joám Trillo Pêrez
  25. Fernando Vásquez Corredoira
  26. Xavier Vásquez Freire
  27. Ernesto Vásquez Sousa
  28. Crisanto Veiguela Martins
  29. Álvaro Jaime Vidal Bouzon
  30. Xavier Vilhar Trilho

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Plenário da Academia

AGLPA Academia Galega da Língua Portuguesa realizará uma reunião plenária o dia 30 de dezembro, em Santiago de Compostela

A AGLP, presidida pelo Professor Doutor José-Martinho Montero Santalha, foi constituida em 20 de setembro de 2008 e realizou a sessão de abertura em 6 de outubro, com presença de representantes das academias portuguesa e brasileira, e do governo galego. O evento, em que se apresentou publicamente a instituição, recebeu o apoio da Universidade de Santiago, a Vice-Presidência da Junta da Galiza e a Fundación Caixa Galiza.

Nesta próxima reunião plenária está previsto o ingresso de Celso Álvarez Cáccamo, professor de linguística geral na Universidade da Crunha, a aprovação de novas comissões de trabalho − além da Comissão de Lexicologia, já em funcionamento −, a criação de uma Coleção de Clássicos Galegos, e a apresentação do DVD da sessão de abertura.

Esta edição eletrónica, que será enviada gratuitamente a universidades e instituições culturais da lusofonia toda, recolhe integralmente as intervenções de Xoán Antón Pérez-Lema (Secretário Geral de Relações Institucionais do Governo Galego), Artur Anselmo e João Malaca Casteleiro (da Academia das Ciências de Lisboa), Evanildo Bechara (da Academia Brasileira de Letras), Carlos Reis (Reitor da Universidade Aberta), João Craveirinha (escritor moçambicano), José-Martinho Montero (Presidente da AGLP), e Ângelo Cristóvão (Presidente da Ass. Cultural Pró AGLP), além da interpretação do Hino da Galiza, por José Luís do Pico e Eduardo “Dúbi”.

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Comunicação de José-Martinho Montero Santalha no V Colóquio Anual da Lusofonia

José-Martinho Montero Santalha

"Um novo repto: a Academia Galega da Língua Portuguesa"

Existe na Galiza, como é sabido, uma «Real Academia Galega» e outras Academias mais, quase uma dezena, entre elas a «Real Academia Galega».

A «Real Academia Galega» tinha entre os objectivos fundacionais a atenção à língua portuguesa da Galiza. Ainda que a instituição, sempre mediatizada pelas circunstâncias políticas, nunca foi muito activa, manteve durante anos a ideia guia da unidade linguística galego-portuguesa, como fica patente pelas normativas linguísticas que promulgou. Nos últimos tempos, no entanto, essa direcção mudou no sentido isolacionista.

Em princípio, dada a existência de duas ideologias contrapostas sobre a identidade da nossa língua, a Academia podia ser um foro de encontro e debate científico e sereno. Mas alguns factos recentes parecem indicar que o caminho que se quer impor à instituição não se guia por esses critérios: os últimos membros de tendência reintegracionista (nomeadamente o professor Carvalho Calero) foram marginados, os que faleceram não foram compensados, e desde há já bastante tempo só se elegem novos membros que professem a concepção isolacionista. De facto, com as incorporações do último vinténio, o controle de qualquer actividade da instituição veio a ficar em mãos do Instituto da Língua Galega, o organismo que inventou a «língua galega independente do português» e que, por isso mesmo, foi outrora feramente rebelde e opositor às directrizes linguísticas da Academia. Por uma espécie de «síndroma de Estocolmo», a Academia foi ficando submetida ao poder do seu maior inimigo.

Vista essa situação, as perspectivas de que a «Real Academia Galega» se torne uma instituição cientificamente imparcial no assunto da língua da Galiza parecem escassas a curto prazo, e, tratando-se de uma instituição com grande dependência política, a sua evolução dependerá muito de factores políticos e, em geral, da situação política da Galiza, que resulta difícil prever.

De todos os modos, qualquer que seja o futuro da «Real Academia Galega», para os que defendemos o carácter lusófono da Galiza é óbvio que o nosso país deve contar com uma «Academia Galega da Língua Portuguesa» (de modo semelhante, por exemplo, a como os diversos países de língua espanhola possuem as suas próprias Academias da língua).

Entre outras razões, uma «Academia Galega da Língua Portuguesa» é necessária para que os organismos reitores dos critérios normativos da nossa língua nos restantes países lusófonos tenham na Galiza uma instituição congénere, que ostente com pleno direito a representação da Galiza nas decisões técnicas sobre a língua comum, prescindindo –dada a particular situação da Galiza– de se o poder político do momento as ratifica ou não.

Com este projecto, não se trataria de erigir uma instituição contra a actual «Academia Galega», mas de uma instituição alternativa, diferente, guiada por claros princípios de unidade lusófona e de cooperação com as correspondentes instituições dos demais países de língua portuguesa, e inspirada pelo amor à verdade e por um sincero respeito a qualquer outra opinião, em leal concorrência. Nem sequer deveria excluir a colaboração, ocasional ou habitual, com a «Real Academia Galega», e a possível existência de membros comuns. Mas os seus estatutos, os seus princípios reitores e os seus membros deverão estar clara e expressamente posicionados a favor do carácter lusófono da Galiza, excluindo de modo explícito e firme qualquer ideia de desmembração ou isolamento do território galego a respeito do restante âmbito linguístico português.

Evidentemente, esta instituição não interferiria de nenhum modo com os organismos de inspiração reintegracionista já existentes na Galiza, os quais devem seguir existindo com a maior vitalidade possível: as características e os objectivos de uma «Academia Galega da Língua Portuguesa» são distintos aos de organismos de tão decisiva importância, tanto para o presente como para o futuro, como são a AGAL («Associaçom Galega da Língua»), as «Irmandades da Fala de Galiza e Portugal», a «Associação de Amizade Galiza-Portugal», o MDL («Movimento Defesa da Língua»), e outros, com os quais naturalmente a nova instituição deverá colaborar estreitamente.

Sou bem consciente de que a posta em marcha de um tal organismo tropeçará com grandes obstáculos.

Antes de mais, poderão aparecer travas de tipo jurídico, e devemos esperar que os defensores da tendência isolacionista moverão todos os seus poderosos instrumentos políticos para impedir que chegue a estabelecer-se. Mas, desde a pura justiça, nenhuma razão se poderá aduzir contra a constituição de um organismo que não existe nem se pode confundir com qualquer outro.

Logo, haverá dificuldades de tipo económico: será precisa uma sede estável numa cidade importante da Galiza –preferivelmente em Santiago– e a publicação dalgum órgão oficial.

E finalmente não deixará de haver, como sempre sucede nestes casos, os problemas de índole pessoal: por muito grande que seja o número de membros que se estabeleçam, não todas as pessoas que o merecem poderão ter cabida, o qual pode provocar em alguns ressentimento e até aversão.

Mas com todas estas dificuldades há que contar para qualquer cousa que se faça, e não creio que nenhuma delas seja insuperável se a comissão promotora souber agir com tino e com espírito aberto, alheio a todo género de sectarismo.

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