Info Atualidade (440)

Teresa Moure recebe o XI prémio da USC à introdução da perspetiva de género na docência e na investigação

Fonte: Portal Galego da Língua

Esta iniciativa foi desenvolvida pola Oficina de Igualdade e Género da USC, dirigida por Eva Aguayo e conta com a colaboraçom do Concelho de Santiago de Compostela como entidade cofinanciadora dos prémios. A iniciativa foi seleccionado polo European Institute for Gender Equality (EIGE) como unha das dez melhores boas práticas de “Integraçom da igualdade de género nas universidades e centros de investigaçom europeios” e incluída na ferramenta em linha (GEAR tool) de apoio a organizações investigadoras (como as universidades) na criaçom, execuçom, seguimento e avaliaçom dos planos de igualdade de género.

Teresa Moure obtivo o primeiro prémio na modalidade docente, mas há seis premiadas: três na modalidade docente e três na modalidade investigadora. A escritora e docente exprime para o PGL que: “Numa época tão complexa como a que estamos a experimentar acho que produz algum otimismo que tantas companheiras estejamos a trabalhar com entusiasmo em implementar atividades ou enfoques de justiça e de aceitação da diversidade também no mundo universitário.”

A escritora e docente explicou para o PGL o seu trabalho: “O que apresentei é um conjunto de unidades didáticas desenhadas com a minha turma para rastrejar nomes femininos e genealogias feministas no pensamento linguístico, e para revisar se foram ou não desimportantes ou secundárias ou, aliás, se foram invisibilizadas. Existem diferentes tradições em linguística, como a criptografia (a decodificação de mensagens secretas), a tradução, ou a primatologia (vinculada ao estudo de línguas humanas em grandes primatas) onde as investigadoras mais reconhecidas foram mulheres (apesar de não entrarem nos manuais). A minha hipótese indica que, precisamente por esta causa, esses temas são considerados secundários na história da linguística.”

 

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TESE DE DOUTORAMENTO "A GUITARRA NA GALIZA", DA ACADÉMICA ISABEL REI, QUALIFICADA COM SOBRESSALIENTE

Na segunda-feira, dia 14 de setembro, às 11 horas, na sala do Paraninfo da Faculdade de História da Universidade de Santiago de Compostela, a académica da AGLP, professora Isabel Rei Samartim defendeu a sua tese de doutoramento "A guitarra na Galiza", primeiro trabalho destas caraterísticas na nossa terra, a conter o relato de uma história da guitarra/viola na Galiza e uma relação de documentos que avalizam o uso de cordofones dedilhados desde os antecedentes no século XII até ao XIX. A tese foi dirigida pelo catedrático da Universidade Complutense de Madrid, Javier Suárez-Pajares e foi qualificada polo tribunal avaliador como “sobressaliente”.

Em palavras da autora: “Espero que tanto esforço sirva para ampliar o estudo da cultura galega. Que ela, a cultura galega, já é ampla por ela mesma sem precisar de academicismos. Só amor e felicidade!”.

A professora Rei Samartim trabalha como professora no Conservatório Profissional de Música de Santiago de Compostela, atividade que combina com os seus recitais.

Bio musical

Isabel Rei Samartim (1973) nasce na Estrada (Galiza). Titula-se no Conservatório Superior de Música da Corunha, na especialidade de Guitarra (1995). Estuda, entre outr@s grandes intérpretes, com David Russell e, mais tarde, com Thomas Müller- Pering na Hochschule für Musik «FranzListz» de Weimar (Alemanha), onde realiza o curso de pós-graduação (2004-2006).

Foi premiada no Ciclo de JóvenesIntérpretes da Fundação Pedro Barrié de la Maza (Crunha, 1999), no ConcursoInternacional de Guitarra de Cantabria (Comillas, 1999), no Concorso Internazionaledi Chitarra Fernando Sor (Roma, 2001) e nos Concursos Internacionais de Guitarra Vila dePetrer (Alacante, 2002) e Andrés Segovia de Linares (Jaén, 2002).

Tem participado nos Festivais de Guitarra de Udine (Friuli, Itália, 2002, 2005, 2008, 2013) e Festival de Primavera (Vigo, 2004, 2005, 2006, 2007), atuando também no Via Stellae (Compostela, 2006) e Festigal (Compostela, 2007), na Semana do Corpus (Lugo, 2002) e nos Colóquios da Lusofonia (Bragança, Lagoa, Brasil e Belmonte, 2006, 2007, 2009, 2010 e próximo abril 2021) e no Festival Guitarras Mágicas, Sever do Vouga (2016). Tem atuado no Brasil (Rio de Janeiro e Florianópolis, 2010) e toca frequentemente na Galiza e Portugal, em festivais como o MundaLusófono (Montemor-o-Velho, 2015) ou o Festival da Cultura Lusófona (Portalegre, 2015).

É sócia da Associação Internacional Colóquios da Lusofonia (AICL), académica fundadora da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP) e membro do Patronato da Fundação AGLP. Em 2007, durante a Sessão de Inauguração da Academia, estreou a Suite para guitarra Deu-la-deu do compositor galego Rudesindo Soutelo e uma seleção de obras do espólio musical da família Valladares.

Em 2010 estreia a Suite Rianjeira com arranjos para guitarra de seis melodias populares da vila de Rianjo. Em 2011 toca a Suite Céltica com arranjos para guitarra de melodias populares dos países célticos, e participa na homenagem a Rosália Castro, em Padrão. Em janeiro de 2020 participa na homenagem a Daniel R. Castelão frente ao Panteão de Galegos Ilustres.

Em 2014 publica com o patrocínio do Governo Regional da Madeira o disco intitulado A viola no s. XIX. A música de salão na Madeira, com uma seleção de obras de dois novos manuscritos madeirenses achados no Funchal pelo musicólogo português Manuel Morais.

 

Bio académica

TITULAÇÕES

1995. Título Superior de Guitarra. Conservatório Superior de Música da Corunha.

2004-2006. Estudos Complementares em Música (Guitarra). Hochschule für Musik Franz Liszt, Weimar.

2011. Diploma de Estudos Avançados. Universidade de Santiago de Compostela. Faculdade de História, Geografia e História da Arte.

2015. Língua portuguesa, nível B2. Escola de Línguas, Compostela.

2016. Língua portuguesa, nível C1. Instituto Camões, Lisboa.

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

1995-2005. Professora de Guitarra em vários conservatórios de Grau Profissional e Superior na Galiza.

2005-2020. Professora no Conservatório Profissional de Santiago de Compostela.

COMUNICAÇÕES

1999: Rodríguez Mayán, C. e Rei Sanmartim, I. A recuperação da música do povo na Galiza: À procura de uma voz perdida. Atas do Congresso de Cultura Popular, III, p. 159-180. Maia: Câmara Municipal.

2009:

- A guitarra no Arquivo Valladares: música galega na lusofonia. Atas/Anais 11º Colóquio da Lusofonia (31 mar - 4 abr). Lagoa (Açores): Colóquios da Lusofonia.

- Guitarra e poesia: Rosalia de Castro e Avelina Valladares, escritoras e músicas da lusofonia. Atas/Anais 12º Colóquio da Lusofonia (30 set - 3 out). Bragança: Colóquios da Lusofonia.

2016: Um tesouro recuperado. A partitura de Evangelino Taboada. Publicada em Busto et al. (2017). IV Encontro Mocidade Investigadora 9 a 10 de xuño 2016, p. 282. Compostela: Servizo de Publicacións e Intercambio Científico da USC.

2017: A música para guitarra do Arquivo Valladares. Publicada em Camoiras et al. (2018). V Encontro Mocidade Investigadora 12 a 13 de xuño 2017, p. 339. Compostela: Servizo de Publicacións e Intercambio Científico da USC.

2018: Três mulheres guitarristas galegas. VI Encontro Mocidade Investigadora 12 a 13 de xuño 2018. Sem publicação.

2019: Nova abordagem do discurso histórico sobre a guitarra/viola peninsular. IV Simposio Internacional EDiSo (Vozes, silêncios e silenciamentos nos estudos do discurso), 5 a 7 de junho de 2019. Universidade de Santiago de Compostela. Sem publicação.

2020: Mulheres guitarristas galegas. Comunicação apresentada ao 33º Colóquio da Lusofonia a realizar de 1 a 5 de abril em Belmonte. Adiado para 2021 por Covid-19.

ARTIGOS

2009:

- Notas sobre quatro peças para guitarra do Arquivo Valladares. Boletim da Academia Galega da Língua Portuguesa(2), p. 191-200.

- Orjais, J. L. d. P. e Rei-Samartim, I. Música de la misa de S. Miguel de Sarandão (1861). Etno-Folk. Revista galega de etnomusicoloxía(13), p. 9-27.

2011: Um cancioneiro estradense. A Estrada. Miscelánea histórica e cultural(14), p. 251-260.

2012: Prólogo de Froles d'Ouro, caderno de música para guitarra de Manuel Herminio Iglesias. Baiona: Dos Acordes.

2014:

- Apontamentos para uma história social da música galega, Revista Identidades, p. 28-35. Revista digital: Casa Agostinho da Silva.

- A viola no século XIX. Música de salão na Madeira. Lisboa: Glosas. Revista do Movimento patrimonial da música portuguesa(11), p. 90.

2017: O guitarrista limião Eulogio Gallego Martínez (Ginzo de Límia, 02-09-1880). Publicado no blog Historia de Xinzo (www.historiadexinzo.wordpress.com, 21 de julho).

2018:

- A guitarra galega. Revista Furman217(3), p. 86-93. Revista digital.

- O arquivo de música da família Valladares. A guitarra. A Estrada. Miscelánea histórica e cultural(21), p. 287-310.

- Prólogo de Loureiro verde. 50 pezas para guitarra, caderno de música para guitarra de Manuel Herminio Iglesias. Baiona: Dos Acordes.

2019: Apontamentos para uma história das violas/guitarras insulares e peninsulares. Revista Portuguesa de Educação Artística, 9(1), p. 45-71.

LIVROS

2010: Orjais, J. L. d. P. e Rei-Samartim, I. Ayes de mi país. O cancioneiro de Marcial Valladares. Baiona: Dos Acordes.

2012:

- Proel e o Galo. Poesia e Prosa Galega Completa de Luís G. Amado Carvalho. Barcelona: Edições da Galiza. Adaptação ortográfica e notas ao texto.

- Rei Samartim, I., Orjais, J. L. d. P. e Trillo, J. A música de seis poemas universais de Ernesto Guerra da Cal. Baiona: Dos Acordes.

2013: Organização do caderno escolar Cantar-te-ei, Galiza. Homenagem a Rosalia nos 150 anos da publicação dos Cantares Galegos. Baiona: Dos Acordes. Trabalho com composições do alunado do Conservatório Profissional de Música de Santiago de Compostela.

2014: Organização do caderno escolar As vozes das cores. Compostela: Conservatório de Santiago de Compostela e IES de Sar. Trabalho com composições do alunado do Conservatório Profissional de Música de Santiago de Compostela em colaboração com o Liceu de Ensino Secundário do Sar (Compostela).

RELATOS

2017: Erótika. Publicado em Blanco et al. Abadessa, oí dizer. Relatos eróticos de escritoras da Galiza. Compostela: Através Editora, p. 67-75.

ARRANJOS

2010: Orjais, J. L. d. P. e Rei-Samartim, I. Suite Rianjeira. Barbantia. Anuario de Estudos doBarbanza(6), p. 169-190.

2011: Suite Céltica. Atas do III Congresso Internacional Os Celtas da Europa Atlântica, p. 19-35. Narom: Instituto Galego de Estudos Celtas, IGEC.

2012: "O neno da tenda" de X. Rubia, para voz e duas guitarras. Rei Samartim, I., Orjais, J. L. d. P. e Trillo, J. A música de seis poemas universais de Ernesto Guerra da Cal. Baiona: Dos Acordes.

DISCOS

2013: Adaptação das letras no CD Oito canções de Juan Antonio Moreno Fuentes sobre poemas de Rosalia. Baiona: Dos Acordes.

2014: Gravação de A viola no século XIX. Música de salão na Madeira. CD. Madeira: Direção da Educação Artística e Multimédia. Governo Regional da Madeira.

2019: Participação no CD Na harmónica de Xico de Carinho. Compostela: aCentral Folque. Dois arranjos para harmónica e guitarra da Suite Rianjeira. 2020: Em projeto, disco com música dos arquivos históricos galegos para guitarra.

Mais informação:

https://www.nosdiario.gal/articulo/cultura/isabel-rei-samartim-mostra-presenza-deste-instrumento-galiza/20200629200619100436.html

 

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FALECIMENTO DO PROFESSOR ALBERTO ARAÚJO

Por: Maria Dovigo.

É com profundo pesar que, como delegada em Lisboa, comunico em nome da AGLP o falecimento do professor Alberto Araújo, presidente da direção da Associação Timorense e da Plataforma PISCDIL-Plataforma Internacional da Sociedade Civil da Diáspora Lusófona.

Conheci o professor Alberto em 2011, com motivo da apresentação pública do protocolo entre a Pró-AGLP e o MIL-Movimento Internacional Lusófono na sede desta última associação em Lisboa. Fui então convidada por ele a participar nas comemorações do décimo aniversário da independência de Timor-Leste em 2012 com a conferência “Galiza e a sua língua no contexto europeu”, celebrada na Universidade Lusófona de Lisboa em novembro daquele ano. Colaborei com ele na fundação da Plataforma PISCDIL-Plataforma Internacional da Sociedade Civil da Diáspora Lusófona e na realização do primeiro congresso da plataforma, celebrado na Academia de Ciências de Lisboa, em novembro de 2015, onde nos reunimos pessoas das diásporas de todos os países da CPLP e outros territórios lusófonos, como Damau e Diu, Goa, Malaca e Galiza.

Inumeráveis são as ocasiões em que nos encontramos em diversos foros da sociedade civil sobre a lusofonia, o que me permitiu desfrutar do seu testemunho vivo sobre a memória recente de Timor-Leste, a ocupação indonésia e a resistência, e a importância das diásporas no processo de independência. Ouvi também o seu testemunho sobre a importância da lusofonia e da língua portuguesa para a sociedade timorense e, sobretudo, a sua visão das diásporas como reservas de pensamento, espaços de alianças da sociedade civil e focos de ação para construir um mundo mais justo.

Agradecemos ao professor Alberto não só a generosidade com que partilhou o seu conhecimento da história viva, como o entusiasmo incansável com que nos chamava para a importância da sociedade civil e das diásporas na construção de um mundo mais fraterno e a partilha da sua ideia para o futuro da lusofonia em que a sociedade galega deveria estar necessariamente presente.


 

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FALECIMENTO DO EMBAIXADOR ANGOLANO LUÍS DE ALMEIDA

Com enorme consternação tomamos conhecimento da infeliz notícia do falecimento do Embaixador Luís de Almeida, no dia 12 de agosto.
Decano dos diplomatas angolanos com uma carreira de sucesso, foi determinante o seu papel na luta pela independência nacional. Tendo exercido o cargo de Embaixador da República de Angola em diversos países, destaca o seu contributo durante o período em que representou Angola junto da CPLP, de 2014 a 2018. Nessa etapa foram decisivas as suas gestões, como representante da República de Angola, a favor da candidatura da Academia Galega da Língua Portuguesa, para a concessão da categoria de Observador Consultivo desta organização internacional.
O Presidente da AGLP, e o conjunto dos académicos galegos, manifestam o seu pesar e solidariedade para com a família, os amigos e as Autoridades Angolanas por tão inestimável perda.

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PAULO SORIANO, NOVO MEMBRO CORRESPONDENTE DA AGLP

José Paulo Soriano de Souza é um amigo. Sobre todo, um amigo. É não é qualquer amigo, mas um amigo que reúne quatro qualidades importantíssimas para aqueles que estamos na trincheira da defesa da nossa língua desde pressupostos reintegracionistas que é como dizer desde os critérios nos que se sustentou o galeguismo  desde que este tem memoria de ser o movimento defensor dos direitos linguísticos, políticos e sociais da Galiza e dos galegos. São essas quatro qualidades, as seguintes:
Paulo é brasileiro, portanto, para alem de amigo e irmão no pessoal, também é amigo e irmão no nacional. Sabido é que Brasil é o nosso baluarte que é como dizer o nosso muro de contenção e uma dessas Galizas espalhadas pelo mundo cheia de nomes galegos do que falava Castelão. Mas se não chegar com ser brasileiro, também é um brasileiro consciente de ser um homem sabedor de a matriz da sua língua estar nesta parte do Atlântico e neste norte peninsular ibérico que viu nascer o seu verbo, o verbo com o que ele pensa, ele vive, ele ama, ele aprofunda na realidade do mundo físico e espiritual, ele educa os seus filhos e ele exerce o seu labor quotidiano que lhe fornece de sustento para a sua pessoa e para os seus. Essa realidade de brasileiro e de galeguista consciente faz de ele uma pessoa muito importante para qualquer galego de bem que esteja a pelejar no dia-a-dia por esta língua comum que nos une, que nos identifica e que precisa de energia vital para caminhar orgulhosa neste mundo proceloso de concorrências e de ditaduras darwinistas. Por si mesmas, estas duas qualidades já fazem do nosso irmão Paulo uma pessoa muito importante para nós, galegos. 
Mas falamos de quatro qualidade e por enquanto toca nomear as seguintes, a terceira e a quarta que não são menos importantes para termos Paulo connosco nesta defesa desta bela flor do Lácio, como ele nos lembrou no seu artigo sobre Olavo Bilac publicado no nosso blogue Desperta do teu Sono “Desabafo” e como nos revelou em outro artigo no que se mostrava como um sincero defensor da unidade linguística de todo o português universal, incluindo as falas galegas dentro deste nosso mundo, "Uma atitude razoável".

Como o leitor pode ter imaginado já, Paulo tem a vocação literária manifestada em varias publicações tanto em papel quanto virtuais. Eis a sua terceira qualidade, que ele foca fundamentalmente no seu fazer artístico  relacionado com os contos de terror e contos fantásticos que desenvolve com habilidade e com uma boa dose de virtuosismo em varias sites que dirige e nas quais inclui trabalhos seus. São estas:

https://www.contosdeterror.site/https://www.litteratus.site e  https://triumviratus.weebly.com, sem esquecermos os seus contributos no Portal Galego da Língua como articulista vinculado à literatura allanpoeiana (https://pgl.gal/author/paulo_soriano/).  

No que diz respeito das publicações em papel queremos pôr em destaque o seu labor, quer como autor, quer como coautor, quer como cotradutor os seguintes trabalhos: Olhares em Pernambuco (Recife, 2007), Histórias nefastas (Rio de Janeiro, 2008), Irmandade das Sombras (Rio, 2008), Mestres do Terror (Santiago de Compostela, 2010), Sociedade das sombras (Belo Horizonte, 2011), Contos galegos (São Paulo, 2013), A Irmandade (Rio, 2013). e A Voz dos Mundos (Compostela, 2015), esta última em colaboração com o nosso também amigo e companheiro académico da AGLP, o galego Valentim Rodrigues Fagim e nas que podemos distinguir narrações que pões em lugar preeminente a Galiza ou a vontade de incluir elementos literários relacionados com a tradição mitológica, lendária ou imaginária galega. 
O seu labor literário levou-o a receber vários prémios como o VII Prémio literário Asabeça (Rio, 2007), I Concurso literário Contos Grotescos-Prémio Edgar Allan Poe (Rio, 2010) e o prémio do certame “Brasília é uma festa” (Brasília, 2012). 
Finalmente, a quarta qualidade de Paulo a respeito da sua atividade é a sua vinculação laboral ao Direito, à jurisprudência e à advocacia tanto privada quanto publica e de Estado. O Doutor Paulo Soriano formou-se na Faculdade de Direito na Universidade Federal de Pernambuco acabando os seus estudos em 1988. A partir do ano seguinte foi Procurado do Estado de Bahia até 2000 ocupando vários cargos em Comissão, como Procurador Chefe da Representação Especial da Procuradoria Geral do Estado na Secretaria da Segurança Pública; Procurador Chefe da Representação Especial da Procuradoria Geral do Estado na Secretaria de Educação; Procurador-Chefe do Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária – IPRAJ e Procurador Assessor Especial do Procurador Geral do Estado. Alias exerceu como Representante da Procuradoria Geral do Estado no Conselho de Administração  da Universidade Estadual de Feira de Santana, da Universidade Estadual  de Santa Cruz, do Instituto de Radiodifusão do Estado da Bahia e do Departamento Estadual de Trânsito, mas também foi Membro do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado. Desde 2000 o seu exercício laboral inclui Cargos em Comissão exercidos como Procurador-Chefe Substituto da Procuradoria da União no Estado da Bahia;  Assessor do Procurador-Chefe da Procuradoria da União no Estado da Bahia e  Coordenador da Coordenação Pró-ativa e Probidade Administrativa. mas para alem do exercício como funcionário do Estado em matéria legal também exerceu o magistério como Professor da Cadeira de Direito Administrativo Disciplinar e Direito Constitucional da Academia de Policia Civil do Estado de Bahia entre 1995 e 2008, Professor das Cadeiras de Instituição de Direito Publico e Privado, Direito Civil e Direito Ambiental na Faculdade de Salvador de Bahia entre 2004 e 2014, Professor da Cadeira de Instituições de Direito Publico e Privado do Instituto Baiano de Ensino Superior entre 2004 e 2006 e Instrutor de Direito Civil do Centro de Estudos Vitor Nunes Leal desde 2003. 
Eis a apresentação do Doutor José Paulo Soriano de Souza, nascido em agosto de 1962 no Estado de Bahia e dentro dele na cidade de Itabuna, que na língua tupi significa pedras pretas partidas (de ita “pedra” + aba “partir”, “quebrar”+ una “preto/a”), a mesma cidade onde nasceu o grande Jorge Amado. A honra que a Academia Galega da Língua Portuguesa tem de tê-lo como académico correspondente no Brasil é grande. Um brasileiro amante e consciente da sua língua, amante da Galiza, apoiante do reintegracionismo linguístico, literato praticante da melhor literatura allanpoeiana do seu país e jurista profissional assim com professor de direito na Universidade brasileira é para a Academia um grande valor. A grandeza do irmão Brasil faz-se humana na grandeza do nosso irmão Paulo. Bem vindo. A Galiza abre os seus braços ao nosso novo académico correspondente. Temos trabalho a fazer, e faremos.

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SAMUEL F. PIMENTA, NOVO MEMBRO CORRESPONDENTE DA AGLP

Samuel F. Pimenta é poeta e escritor. Nasceu a 26 de Fevereiro de 1990, em Alcanhões, Santarém. É licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. É autor dos romances O escolhido (2009), Os números que venceram os nomes (2015) e Iluminações de uma Mulher Livre (2017) e dos livros de poesia O relógio (2013), Geo Metria (2014) e Ágora (2015), livro galardoado com o IV Prémio Literário Glória de Sant’Anna 2016, galardão anual destinado ao melhor livro de poesia dos países e regiões de língua portuguesa. Em 2019, com Ascenção da Água ganhou o Prémio Literário Cidade de Almada. Colabora com publicações em Portugal, no Brasil, em Angola, em Moçambique e na Galiza.

Dedica-se também à promoção dos direitos LGTBI+ e dos direitos da Terra.

 

Mais informação sobre a ligação de Samuel F. Pimenta com a Galiza e o reintegracionismo:

https://pgl.gal/samuel-pimenta-escritor-um-dos-propositos-da-antologia-emergente-e-criar-pontes-entre-todos-os-falantes-de-portugues/

https://revistacaliban.net/o-canto-da-sereia-7ff2c2cb2bf1

https://expresso.pt/podcasts/a-beleza-das-pequenas-coisas/2018-03-30-Benjamim-Nao-procuro-a-fama-o-sucesso.-Nao-ando-a-correr-atras-de-visualizacoes-nem-de-ser-a-grande-cena-para-a-seguir-desaparecer (a partir do minuto 2:03:56)

https://www.nosdiario.gal/articulo/cultura/escritor-samuel-f-pimenta-reivindica-galiza-premio-cidade-almada-poesia/20191028110914085954.html

https://revistacaliban.net/um-rasto-de-vida-de-cura-e-de-amor-9c4933d47369

https://www.publico.pt/2020/07/25/p3/cronica/galego-portugues-fala-comum-1925132

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IOLANDA ALDREI, NOVA ACADÉMICA DA AGLP

Na reunião plenária do sábado, 1 de agosto de 2020, foi eleita nova académica de número da ACADEMIA GALEGA DA LÍNGUA PORTUGUESA Iolanda Rodrigues Aldrei

Nasceu em Santiago de Compostela no ano 1968. Desde 2013 mora no Vale do Pico Sacro. Escritora e professora, é licenciada em Filologia Hispânica pola Universidade de Santiago de Compostela (1991) e em Filologia Galego-Portuguesa pola Universidade da Cunha (1992). Formou-se também em didática é pedagogia, com um mestrado no ano 1992 e em Estudos Portugueses na Universidade Nova de Lisboa. 
As suas publicações científicas focam os âmbitos da Linguística, a Sociolinguística, os Estudos Literários e a Didática, com artigos e estudos como:  As Literaturas lusófonas, o caso da literatura galega, Revista Internacional Nós, n. 13-18- 1989,  Análise Sociolinguística do presente de Galiza e Portugal, Jornadas de Estudo Marco de Canaveses, v. 1- 1989,  A catástrofe, relato breve de Eça de Queiroz,  (em colaboração com António Gil Hernández e Ângelo Brea Hernández) Agália n. 20, 1990, Duas visões da morte e da existência :o carpe diem e o quotidie morimur: Poliziano vs. Quevedo, 1991, Revista Internacional Nós, n. 19-28- 1989, A conjunção das tradições celta é sebastianista em Na noite estrelecida de R. Cabanilhas, 1991 Revista Internacional Nós, n. 19-28- 1989, As relações da literatura galega com a portuguesa, 1991 Encontros de escritores e jornalistas da Bairrada,  Eva no recado de Eva de Lourdes Hortas, 1993, Simpósio Internacional Mulher e cultura, USC,  Aproximação ao estudo de La Reine Morte de Henry de Montherland, 1994, As vozes narrativas em Mayombé de Pepetela, 1994, Revista Internacional NÓS, n. 35-40,  A língua veicular no ensino primário e secundário na Galiza, 1995, Revista Internacional NÓS, n. 41-50,  As Literaturas lusófonas, situação atual e tipologias, Instituto de Estudos Luso-Galaicos, 1994/ Revista Internacional Nós, n. 35-40,  Notas sobre uma conversa cumprida com Jenaro Marinhas del Valle, Boletim da Academia Galega da Língua Portuguesa n 2, 2009, As filhas de Dana, 2014, Revista digital Palavra Comum, O Cervo do Monte (coautora com Xavier Ponte Casas) Revista digital Palavra Comum, autora da recopilação e estudo sobre Literatura Galega Contemporânea Letras para lembrar. Fragmentos de grandes obras da literatura galega Escolma e estudo Iolanda Rodríguez. LIBRO ED. Ibersaf colaboração Secretaria Geral de Política Linguística da  Junta da Galiza. Também investigou no Instituto de Ciências da Educação da USC, colaborando no Projeto de Investigação “Língua para Informar-se, saber e opinar”.
Para além de diferentes publicações culturais, antologias, livros coletivos, blogues, jornais e revistas, têm dado ao prelo e  obra literária poética (A Palavra no ar, 1990, Memória de nove lúas, 1994, O Grimório Azul de Samaná, 2011, O Segredo de Sheela na Gig, 2017, Quando a Joana voltou, 2018)  e narrativa (Entrecontar, 2020, Através Editora), assim como levado aos cenários múltiplos textos dramáticos. A narração oral é também um outro jeito de compartilhar os seus textos, do mesmo jeito que os recitais poéticos. 
Como docente trabalha no Ensino Secundário nas áreas de Artes Cénicas , da Língua e Literatura Galega e na Língua e Literatura Espanhola, na Formação do Professorado e na Direção Teatral de grupos de crianças e jovens para a interação da diversidade. 
Como ativista fez parte de diferentes associações e entidades culturais, interculturais e ecologistas e participou em múltiplos eventos culturais, reivindicativos e solidários. Também de publicações e iniciativas editoriais coletivas como  Ed. Do Dragón, Elipse, Cadernos Q de Vían ou A Porta Verde do Sétimo Andar. 
Agradece prémios, reconhecimentos e homenagens, continua a criar e investigar, também a ensinar, enquanto deixa medrar o seu ser de mãe de família e labrega na consciência do convívio na  Terra. 

 

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Reuniões plenárias da Fundação AGLP

Reuniões plenárias da Fundação AGLP

O sábado 1 de agosto tiveram lugar, na Casa da Língua Comum de Santiago de Compostela, as reuniões da Fundação e Academia Galega da Língua Portuguesa.

Entre outros assuntos, os académicos foram informados detalhadamente das atividades realizadas durante o ano em curso, com especial atenção às relações internacionais. Foram também apresentadas e aprovadas as contas da Fundação. Acordou-se igualmente um programa de atividades para os próximos meses, que inclui diversas publicações e atividades divulgativas.

Procedeu-se, na mesma sessão, à renovação dos cargos da Comissão Executiva, e aprovaram-se as candidaturas de novos membros da Academia. 

Iolanda Rodrigues Aldrei, natural de Santiago, foi eleita nova académica de número. No capítulo dos académicos correspondentes foram eleitos, também por unanimidade, os escritores Samuel Pimenta (Portugal) e Paulo Soriano (Brasil).

A assistência produziu-se tanto de forma presencial como virtual, através de uma plataforma de internet que permite a participação, discussão e votação de todos os pontos da ordem de trabalhos.

 A composição da Comissão Executiva, que conjuga experiência e renovação, é a seguinte:

Presidência, Rudesindo Soutelo
Vice-Presidência, Ângelo Cristóvão
Secretaria, Pedro Casteleiro
Vice-Secretaria, Teresa Moure
Tesouraria, Concha Rousia
Arquivo-Biblioteca, Joám Trilho

 

Arquivo Fontenla.
A Fundação executou, durante os primeiros meses de 2020, com o apoio económico da Deputação da Corunha, a primeira parte do Projeto Fontenla, que constitui um importante património histórico da cultura e o ativismo social da Galiza. 
Esta primeira fase esteve orientada à classificação, identificação e catalogação do Arquivo doado pelo académico de honra José Luís Fontenla, que inclui, entre outros documentos relevantes, a totalidade dos originais da Comissão Galega do Acordo Ortográfico. Nos próximos meses está previsto iniciar a segunda parte do projeto, consistente na digitalização de milhares documentos, por forma a torná-los acessíveis a investigadores e académicos, através do programa Molécula. 


PROJETO DE INVENTÁRIO DE FUNDOS DA DOAÇÃO DA FAMÍLIA FONTENLA

 

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PROJETO DE INVENTÁRIO DE FUNDOS DA DOAÇÃO DA FAMÍLIA FONTENLA

Introdução:

 

A Família Fontenla doou à Fundação Academia Galega da Língua Portuguesa os seus fundos documentais e objetos de museu fruto da sua vida pessoal e profissional junto com os seus interesses sobre o conhecimento da cultura, da língua e da vida social, cultural e política galega. O pai, José Luís Fontenla Méndez (?-1999) foi mestre na república, colaborador do Seminário de Estudos Galegos e participante da Federação das Mocidades Galeguistas). O filho, José Luís Fontenla Rodriguez (1934-) jurista, escritor, pintor e ativista cultural, colaborou na fundação de editoras, revistas e jornais, participou ativamente da Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua portuguesa. Os dois som figuras chave da nossa cultura e o seu acervo pode contribuir ao conhecimento da história, da sociedade e da cultura galega.

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Carta a D. Ricardo Carvalho Calero

O professor Ramom Reimunde assina esta carta ao seu mestre, Ricardo Carvalho Calero.

 

Carta a D. Ricardo Carvalho Calero

Ramom Reimunde

 

Caro D. Ricardo:

Escrevo-vos esta carta trinta anos depois de que vos fostes além para contar-vos o que se passou com as vossas ensinanças, neste 17 de maio em que por fim se vos dedica o Dia das Letras Galegas injustamente adiado, na onomástica engraçada de Sam Pascual Bailom, no meio desta pandémia confinada que impede celebrar a festa como vós merecíeis. Há outras doenças, como a de não poder escrever o galego como o português para toda a lusofonia planetária. Essa era a vossa mensagem.

Sei que trás tantos anos de esquecimento os vossos restos corpóreos são pó e cinza no cemitério de Boisaca, mas o vosso espírito segue vivo entre nós. Se não a vós, chegará aos vossos tudo o que está aparecendo nestes tempos: livros, banda desenhada, recitais, artigos, fotos e mesmo vídeos que tínhamos bem guardados, onde vos podemos ver e ler bem vivo e atual. As redes sociais estám que fervem com notícias e atos sobre vós.

As cousas com o reintegracionismo da nossa língua não foram tão bem como pensávamos e esperávamos utopicamente então, e mais no vosso caso, que éreis muito optimista e animador; nem foram tão mal, porque apesar de tudo o que fizeram por silenciar, sobrevivem. Passou algo similar à tão citada e louvada transição democrática de Suárez, porque tudo estava bem atado e seguiriam os mesmos de sempre aferrados ao poder sustentado pelas antigas forças vivas e económicas que tudo o governam para que nada cámbie. Com uma autonomia só administrativa, voltamos ao isolacionismo e a espanholização da língua, afastando-nos de aproximações tímidas ao filho português.

Muitos escritores e intelectuais galegos, progressistas na política e proclives ao princípio ao reintegracionismo galego-português, retrocederam e venderam-se por um miserável prato de lentilhas institucional ou editorial e foram colaboracionistas ingénuos das forças antigalegas e espanholistas, ainda alguns professores de galego.

Nos jornais e nas editoras dos 90 não nos permitiram publicar na normativa reintegrada da Agal, da que fostes membro de honra e impulsor. Porém, em silêncio, seguimos publicando livros e revistas como Agália, e dando aulas na ortografia internacional não sem problemas burocráticos. No 2000 falava-se de normativa de concórdia em mínimos reintegracionistas. Tudo foi fume. No 2008 trinta académicos demos o seguinte passo e subimos o último degrau da escada fundando a AGLP e escrevendo o galego que falamos com ortografia portuguesa. Já vos tinha comentado eu que nessa escada de mínimos a máximos tanto se podia subir como baixar, e alguns desceram à normativa oficial castelhanizante, com a que os galegos estamos perdendo utentes e falantes, e quiçá a guerra. Afinal, ganhará a última batalha a norma lusófona.

Ainda não conseguimos entrar como membros plenos na CPLP, mas lograremos. A lei Paz Andrade foi aprovada no Parlamento Galego para potenciar o conhecimento do português. Mas é letra molhada e falta vontade política e orçamento para as aulas.

Estivestes vós em vida preocupado por guardar as formas prudentes e dar uma imagem séria e científica. A vossa figura exemplar, que trataram de apagar, agranda-se com o tempo e a divulgação da vossa obra. A vossa herança chegará às novas gerações.

Não vos desanime o ostracismo que sofrestes nos últimos quarenta anos porque não poderám ocultar a pérola que havia dentro. Querem eles apropriar-se do vosso nome, mesmo insistindo no Carballo com b e ll do passado, não compartindo as vossas ideias finais sobre a língua, com hipócritas louvanças que só neste dia luzem os jornais com titulares em galego nas portadas. Diremos-lhes como os de Rompente: retirade as vossas sujas mãos de Carballo, porque Carvalho Calero é nosso, de todos, como Castelao.

Com os melhores cumprimentos do seu aluno e discípulo menor. R que R.

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