Guerra da Cal e AGLP em Exposição sobre a Língua
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Área de Normalização Linguística da Deputação Provincial da Corunha vem de promover a exposição itinerante “A língua galega: história e direitos lingüísticos”, na qual se referenciam vultos históricos do reintegracionismo como Guerra da Cal ou João Vicente Biqueira trazendo ainda entrevistas a figuras contemporâneas como o académico da AGLP Higino Martins.
Imagem gráfica da exposição promovida
pela Deputação Provincial da Corunha
Área de Normalização Linguística da Deputação Provincial da Corunha vem de promover a exposição itinerante “A língua galega: história e direitos lingüísticos”, na qual se referenciam vultos históricos do reintegracionismo como Guerra da Cal ou João Vicente Biqueira trazendo ainda entrevistas a figuras contemporâneas como o académico da AGLP Higino Martins. A amostra gráfica e audiovisual percorre desde o mês de abril os concelhos de Outes, Porto Doção, Rianxo, Oleiros, Cee, Melide, Muros e Oroso.
A exposição está integrada por um documentário e doze painéis, que reproduzem excertos de entrevistas e outros materiais. No primeiro dos painéis aparece o académico da AGLP Higino Martins apresentando a proto-história da língua. O Delegado da AGLP na Argentina explica: “Se os irlandeses mantiveram por séculos a consciência de procederem da Galiza, nós não podemos esquecer que há séculos compartimos língua e território com Portugal”.
No painel relativo às origens da língua, aparece um excerto de uma entrevista ao escritor português Fernando Assis Pacheco que ilustra a história da fraternidade galaico-portuguesa com o pensamento de Ernesto Guerra da Cal que recorria a “uma expressão muito bonita para não falar de galegos ou portugueses: ele falava de portugalegos”.
A questão da unidade linguística galego-portuguesa está refletida ainda na entrevista a Manuel Forcadela, professor da Universidade de Vigo, que explica: “O conceito de língua é um conceito político e isto permite todo tipo de especulações, por exemplo, que o castelhano se chame espanhol e o galego não seja espanhol. Esta é uma falácia que tem uma intenção claramente política”. Forcadela ilustra esta situação: “Se vou ao México, país com o maior número de falantes de castelhano, o quê estou a falar, espanhol, mexicano ou castelhano? O mesmo acontece com o português. Esse galego que se fala em Portugal ou no Brasil adquire outra dimensão nacional e política”.