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AGLP no 4º Encontro Açoriano da Lusofonia

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Colóquios da LusofoniaEvento contará com representações dos Açores, da Austrália, do Brasil, da Bélgica, do Canadá, da Eslovénia, da França, da Galiza, da Itália, de Moçambique e de Portugal

PGL - Entre 31 de março e 4 de abril, nos Açores juntam-se as 3 Academias de Língua Portuguesa para debater a Açorianidade e a Literatura Açoriana sob o signo do novo acordo ortográfico. Pela Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP) estarão presentes Ângelo Cristóvão (convidado de honra), Concha Rousia e Joám Trillo.

A delegação galega acompanhará, no Cineteatro Lagoense da Câmara Municipal de Lagoa, S. Miguel, os Professores Doutores Adriano Moreira (Vice-Presidente da Academia, Presidente da Classe de Letras, Presidente do Instituto de Altos Estudos da Academia das Ciências de Lisboa), Artur Anselmo (Academia de Ciências de Lisboa Presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografia) que se juntam aos Patronos dos Colóquios desde 2007 João Malaca Casteleiro (Classe de Letras, 2ª Secção – Filologia e Linguística, da Academia de Ciências de Lisboa), e a Evanildo Cavalcante Bechara (Academia Brasileira de Letras) onde estarão também o Professor Doutor Carlos Reis (Reitor da Universidade Aberta, Lisboa), o Governador do Estado de Santa Catarina, deputados e mais representantes daquele Estado.

Igualmente de salientar a presença numa sessão sobre literatura açoriana dos consagrados escritores Cristóvão Aguiar, Daniel de Sá e Sidónio Bettencourt, além do notável historiador micaelense Mário Moura. A participação de 2009 conta com 50 oradores e dezenas de participantes presenciais representando Açores, Austrália, Brasil, Bélgica, Canadá, Eslovénia, França, Galiza, Itália, Moçambique e Portugal.

Durante o Econtro os serão lançados até quatro livros, integrados numa mostra de autores e obras açorianas, havendo música açoriana, uma representação teatral de Santa Catarina, Brasil e duas sessões de poesia (galega e brasileira).

O encontro pretende llevar os Açores ao mundo. Independentemente da sua Açorianidade, mas por via dela, pretende que mais lusofalantes e lusófilos fiquem a conhecer esta realidade com todas as suas peculiaridades, trazendo aos Açores outras vozes para que desse intercâmbio se possa difundir a verdadeira cultura açoriana.

O 4º Encontro Açoriano da Lusofonia conta com a parceria da Direção Regional das Comunidades estabelecendo as pontes com os Açorianos no Mundo e o imprescindível apoio da autarquia da Lagoa ao nível logístico. Este importante evento é totalmente concebido e levado a cabo por uma rede organizativa de voluntários.

Os Encontros, iniciados em 2006 com a duração de apenas dois dias, aumentaram gradualmente a sua relevância e impacto e já se prorrogarão ao longo de cinco dias no Cineteatro Lagoense. Reconhecendo a vitalidade e idiossincrasias da Literatura Açoriana voltam-se, agora, mais para esta vertente, sem descurar a tradução e os aspetos estruturantes que interessa debater da Lusofonia e da Açorianidade.

Comunicações que serão apresentadas pelas/os académicas/os da AGLP

  • Ângelo Cristóvão: «O acordo ortográfico».
  • António-Gil Hernández / Concha Rousia: «A Galiza na Lusofonia: reflexões sobre a Academia Galega da Língua Portuguesa».
  • Concha Rousia: «Mudança de narrativa linguística».
  • Isabel Rei / Joám Trillo: «A guitarra no Arquivo Valladares: música galega na lusofonia».

Fonte original:

A implementação do Novo Acordo Ortográfico pode ter início na EBI da Maia

  • Escrito por: Webmaster2
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Ribeira GrandeComissão Novo Acordo Ortográfico

São esperadas quase duas centenas de docentes para ouvirem dois dos principais mentores do Novo Acordo Ortográfico, Professor Doutor João Malaca Casteleiro (Academia de Ciências de Lisboa) e Professor Doutor Evanildo Cavalcante Bechara (Academia Brasileira de Letras), juntamente com outros vocais proponentes, o Professor Doutor Carlos Reis, Reitor da Universidade Aberta e o Doutor Ângelo Cristóvão  da Academia Galega de Língua Portuguesa.

A Escola Básica 2,3 da Maia, concelho da Ribeira Grande, no dia 30 de Março, pelas 16 horas, torna-se, assim, a primeira Escola do País (e dos Açores) a realizar uma sessão de esclarecimento acerca da nova ortografia unificada.

Nas várias escolas e instituições em que por esse mundo fora se ensina e cultiva o português, convém que haja só uma ortografia, e não duas, pois tal facilita a aprendizagem. Para isso os docentes da EBI da Maia (Deptº de Língua Portuguesa) elaboraram já uma proposta de formação de professores a ser ministrada pelo próprio Professor Malaca Casteleiro, inicialmente na ilha de São Miguel e posteriormente no restante arquipélago.

Esta atitude pró-activa da EBI 2,3 da Maia visa proporcionar aos docentes e discentes os instrumentos necessários para a fase de transição na aplicação do novo acordo, não se limitando a aguardar . Não é todos os dias que os Açores podem ter um leque tão alargado de especialistas na matéria para debater algo que diz respeito a todos nós enquanto falantes de uma língua viva em constante mutação.

Mário Soares recebeu delegação da AGLP

  • Escrito por: Isaac Alonso Estraviz
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Mário Soares com a delegação da AGLP

Mário Soares com a delegação da AGLP

Isaac Alonso Estraviz - O dia 18 de Março tínhamos agendada às 15,30 uma entrevista com o ex Primeiro Ministro e ex Presidente da República de Portugal, Mário Soares, na Fundaçom que leva seu nome, ubicada na Rua São Bento, mesmo frente à fachada da Assembleia da República.

Na hora sinalada lá estávamos Ângelo Cristóvão, António Gil Hernández, Concha da Rousia e Isaac Alonso Estraviz. Tam aginha como entramos já nos levaram ao seu gabinete onde o cumprimentamos e nos cumprimentou a todos cordialmente. Depois pediu-nos que escolhéssemos a cadeira que quiséssemos e ele sentou na que ficava livre como um mais. Pessoalmente, encontrei-o de bom aspecto. Parecia ter menos anos dos que tem, muito bem conservado e com uma grande vitalidade.

Num primeiro momento ficou um bocado estranhado ao lhe dizermos que éramos membros da AGLP, pois ele achava que éramos da RAG, e ficou surpreendido ao lhe dizermos o verdadeiro nome. Eu já tinha estado com ele num Congresso em Lisboa sobre a Problemática do Português no Mundo, onde falara depois de mim, e especialmente na Homenagem a Manuel Rodrigues Lapa na Anadia em 1984, onde vários galegos: Maria do Carmo Henríquez Salido, Avelino Ferradal, Isaac Estraviz... tiramos fotos com ele metendo-se entre nós o Ministro de Educação Seabra. E por aí começamos a falar das línguas que se falam no Estado Espanhol.

A  respeito do Galego admitia muita similitude com o Português, mas não convergência total que no nosso dialogar, ao final, essas divergências não eram mais do que as que há entre qualquer província portuguesa. Connosco mostrou-se muito simpático, aberto e muito atento. Chegou a nos dizer que se a História seguisse o caminho normal hoje Galegos e Portugueses formaríamos uma mesma nação. E em parte coincidia com Castelão ao imaginar uma Península Ibérica federal, na qual formassem uma unidade Galiza e Portugal.

Demonstrou-nos um conhecimento muito grande de Manuel Fraga Iribarne com quem percorreu Galiza conservando uma grata memória dos lugares por onde andou: tascas, bares, cidades... Enlaçando com isto contou-nos a anedota que lhe aconteceu com o alcaide de Vigo Soto, que ao apresentá-lo para uma conferência disse diante de todos os assistentes que lhes apresentava o seu presidente.

Sobre o golpe de Tejero demonstrou ter um conhecimento muito superior quer através da sua filha que estava lá como do embaixador. Também do papel que teve na legalizaçom do Partido Comunista Espanhol, ainda que é visceralmente anticomunista.

Explicou-se-lhe a razão da nossa entrevista  e qual era a nossa missão e nosso cometido nessa e outras viagens a Lisboa. Chamou a uma senhora para tirarmos uma foto e nesse momento inesperadamente organizamos onde nos colocaríamos: eu ao lado dele na parte esquerda, mas ao reparar na Concha pediu que se pusesse ela a seu lado. Levou-nos a ver a biblioteca e depois pediu a António Coelho que fosse nosso cicerone na visita aos dous prédios de que se compõe a fundação e que se comunicam por um túnel entre si..

A Fundação conta com 30.000 livros e ele na sua casa sita entre a Biblioteca Nacional e a Faculdade de Letras, por onde eu passei infinidade de vezes, 70.000 volumes. Na Fundação guardam nos arquivos toda a documentação de Timor Leste e muito material de Alberto de la Cerda que doou à mesma. Na parte subterrânea estão os arquivos com estantes movíveis, parte destinada a material de Soares e outra parte a outros senhores.

Tem muitos computadores e escáneres para digitalizar todo o material: livros, folhetos, mapas... Trabalham diariamente quinze pessoas especialistas na manipulação de material informático para que o material ali conservado possa ser consultado. Material que pode ser consultado já parte e a outra quando estiver terminado o trabalho que está em curso.

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Lisboa e as nossas palavras...

  • Escrito por: AdminWeb
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Concha Rousia 

Concha Rousia
As palavras, como os pássaros, voam sobre as fronteiras políticas.
Castelao 
- Mãe, para onde é que vão as palavras que eu falo...?
- Vão para onde o vento as quiser levar...
- E se eu não quero?
- Então terás que fechar a boca...

Lembro que de pequenos gostávamos de brincar a tentar falar sem abrir a boca, uns pegávamos com as duas mãos nos beiços que os outros colocavam fazendo o bico, para impedir que as palavras fugissem fora, mas fazia-se difícil compreender o que assim se tentava dizer.

Outra forma de brincar com as nossas palavras consistia em que uma pessoa, que permanecia com os olhos fechados enquanto outra desenhava letras com um pauzinho, ou com a ponta do índice, no seu braço, adivinhasse o que na sua pele se acabava de ‘escrever’...

Tudo para tentar burlar o vento que sabíamos queria levar as nossas palavras. Particularmente preocupante era aquele que soprava do Leste deitando sobre nós um bafo quente infestado de palavras alheias enquanto as nossas iam sendo empurradas a caminho do oceano Atlântico... Desacougante imaginar as palavras a aboiar assim polo mar fora... Esse mesmo mar que nós sabíamos em Lisboa mantinha a capacidade de se converter em papas... Lisboa era uma das palavras que a cotio aparecia nas nossas falas infantis... nos nossos jogos, nas nossas cantigas... (Voa joaninha voa que o teu pai vai em Lisboa e vai-che trazer um pão e uma broa...) o que não chegara eu nunca imaginar era que um dia Lisboa deixaria de ser apenas uma simples palavra para se converter no ouvido ao que eu ir contar as nossas outras palavras, as que ainda não foram ouvidas lá...

Fomos a Lisboa um grupo de quatro pessoas, Issac Alonso Estraviz, Ângelo Cristovão, António Gil, e eu. Desta vez para burlar o vento levávamos as nossas palavras escritas em brochura e pen-drive. A nossa primeira visita foi ao MIL (Movimento Internacional Lusófono) na Fundação Agostinho da Silva; a conversa demorou bem duas horas boas, ninguém, nem eles nem nós, se queria despedir daquele encontro.

O dia a seguir, às onze da manhã, dirigimo-nos à Academia das Ciências de Lisboa (ACL); era a primeira vez, desde a criação da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP) da que todos somos membros, que a visitávamos. Foi esta a primeira visita oficial da AGLP. A reunião foi enriquecedora tanto para uns como para os outros e todos ficamos muito satisfeitos.

O jantar posterior, embora que de elegante etiqueta, transcorreu num ambiente descontraído e muito amigável, era impossível não se sentir à vontade. Dos brindes tenho que destacar as palavras do Senhor Arantes e Oliveira que manifestou sua honra por ser ele o Presidente da Academia das Ciências de Lisboa na altura em que este acontecimento histórico, no que se incorporam os particularismos da Galiza ao corpo comum da nossa língua, está a ter lugar. As suas palavras, o jeito de as comunicar, e o brilho nos seus olhos enquanto as falou, mostravam que eram verdadeiramente sentidas, e com elas nos reconhecia como irmãos de Língua.

A seguir da sobremesa e os brindes, com porto servido nuns copinhos pequenos, muito diferentes dos que estão na moda na actualidade e idênticos aos que havia na minha casa quando eu era miúda... visitamos, acompanhados polos académicos, as magnificas instalações da ACL, entre as que quero salientar as bibliotecas, e a sala de sessões, onde ainda se conservam as primeiras cadeiras numeradas. Na tardinha, logo de regressarmos ao hotel, fomos visitados por amigos que nos convidaram logo a cear, o que pôs o broche final a um dia para nunca esquecer.

A manhã a seguir visitamos a Associação de Professores de Português (APP). Paulo Feytor, o que alguns de nós já tínhamos o privilégio de conhecer, recebeu-nos com as palavras ‘Bem-vindos a esta sua casa’. De tarde visitamos a Fundação Mário Soares onde o Ex-Presidente da República nos aguardava; logo de mais de uma hora com este extraordinário conversador, visitamos as dependências da Fundação nos seus dous prédios que olham em frente o Palácio de São Bento da Assembleia da República. A fundação, na que umas 15 pessoas trabalham diariamente, conta com uns arquivos digitalizados que a todos nós impressionaram.

Essa mesma noite regressamos à Galiza, a mim o caminho pareceu-me mais curto do que noutras passadas visitas a Lisboa; talvez porque sabemos que a cada vez vamos deixando lá mais amigos, com os que desde já, contar, não só na ACL, mas também no MIL e na APP, é não só; ou também talvez porque hoje foi um dia muito feliz para todos e todas nós, para mim significa ter conseguido finalmente vencer o feroz vento do Leste que ameaçava as nossas palavras...

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AGLP convidada pela ACL à apresentação do Vocabulário Comum

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Academia Galega na Academia das Ciências de Lisboa

Léxico Galego apresentado à Academia das Ciências de Lisboa

A Academia Galega da Língua Portuguesa, reuniu-se com a Academia das Ciências de Lisboa, na Sala de Reuniões Internacionais da ACL, onde também tiveram lugar as reuniões conducentes ao Acordo Ortográfico de 1990, nas quais participara uma Delegação de Observadores da Galiza.

Pela ACL participaram o Prof. Doutor Eduardo Romano Arantes e Oliveira, Presidente. O Prof. Doutor Adriano Moreira, Vice-Presidente da ACL e Presidente da Classe de Letras. O Prof. Doutor Artur Anselmo, Presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografia. O Prof. Doutor Fernando Roldão Dias Agudo, e o Prof. Doutor João Bigotte e Chorão.

Da parte da AGLP participaram os académicos Isaac Alonso Estraviz, Vice-Presidente. Ângelo Cristóvão, Secretário. Concha Rousia, Vice-Secretária, e António Gil, Secretário da Comissão de Lexicologia.

Os integrantes da AGLP apresentaram a novel academia, manifestando a sua disposição para contribuir à universalidade da língua portuguesa, nascida na velha Gallaecia. Na reunião trataram-se temas de interesse conjunto, como a aplicação do Acordo Ortográfico e a elaboração do Vocabulário Ortográfico Comum. A Delegação da AGLP apresentou um Léxico Galego, elaborado para ser integrado nesse Vocabulário. Os professores Isaac Estraviz e António Gil explicaram o método seguido na elaboração deste documento, que assinalaram como texto inicial de discussão. Deverá ser adaptado em volume e caraterísticas conforme com os critérios que forem adotados para o Vocabulário Comum.

Os académicos da ACL manifestaram a sua disposição para integrar o material apresentado e convidaram a AGLP a participar formalmente na reunião prevista para o dia 14 de abril na sede desta instituição, onde será apresentado o Vocabulário Comum elaborado pela Academia Brasileira de Letras e, também, o Léxico Galego.

Ao finalizar esta reunião, os académicos da ACL acompanharam a Delegação da AGLP numa visita guiada pelas dependências do edifício, mostrando exemplares valiosos como a Crónica Geral da Espanha, de 1344, as magníficas bibliotecas e diferentes salas de reuniões.

Seguiu-se um jantar de alto nível gastronómico, de que desfrutaram os convivas, durante o qual continuaram as conversas sobre os temas tratados na reunião precedente, de uma forma muito descontraída e animada.

Os brindes deram conclusão a uma jornada histórica, salientada pelo Prof. Doutor Artur Anselmo em declarações à Agência Lusa, por ser a primeira vez responsáveis pela Academia Galega visitaram oficialmente a Academia das Ciências de Lisboa.

Na Academia das Ciências de Lisboa

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