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Montero Santalha, José-Martinho (1947)

José-Martinho Montero Santalha

É o primeiro presidente da Academia Galega da Língua Portuguesa, membro da Comissão de Lexicologia e Lexicografia, e subdiretor do Boletim da AGLP no Conselho de Redação e Administração da revista.

Nasceu na freguesia de Cerdido (A Crunha). Realizou os estudos eclesiásticos no Seminário de Mondonhedo e na Universidade Gregoriana de Roma. É licenciado en Teologia (pela Universidade Gregoriana), em Filosofia (pela Univversidade S. Tomás, de Roma) e em Filologia (pela UNED), e doutorou-se em Filologia com uma tese sobre as rimas da poesia trovadoresca (em 2000, Universidade da Crunha).

Exerceu primeiramente a docência de Teologia na Universidade Gregoriana e no Centro de Estudos Eclesiásticos de Santiago, de Língua Inglesa em vários centros de Ferrol, e desde 1994 é professor de Língua e Literatura Galegas na Universidade de Vigo.

Durante a sua estadia em Roma (1965-1974) foi membro ativo do grupo «Os Irmandiños», constituído por galegos residentes em Roma e preocupados pela recuperação da língua portuguesa da Galiza na vida da Igreja galega (e da sociedade galega em geral). Foi também um dos assinantes do Manifesto para a supervivência da cultura galega, elaborado igualmente em Roma por um grupo de galegos e publicado em 1974 nas revistas Seara Nova, de Lisboa (dirigida na altura por Rodrigues Lapa), e Cuadernos para el diálogo, de Madrid.

Tem colaborado en diversas publicações con trabalhos de temática preferentemente linguístico-literária ou religiosa. Participou na tradução da Bíblia (Novo Testamento) ao galego. Foi membro fundador das revistas Boa Nova, Encrucillada, O Tempo e o Modo, Agália e Estudios Mindonienses.

Participou também na fundação de diversas associações culturais galegas, como a Associaçom Galega da Língua (AGAL), as Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, a Associação Pró-Academia Galega da Língua Portuguesa, e foi eleito presidente da AGLP quando esta se constituiu em setembro de 2008.

Publicou Directrices para a reintegración lingüística galego-portuguesa (Ferrol 1979), Método prático de língua galego-portuguesa (Ourense 1983), Carvalho Calero e a sua obra (Edicións Laiovento, Santiago 1993), Oxalá voltassem tempos idos! Memórias de Filipe de Amância, pajem de Dom Merlim (Edicións Laiovento, Santiago 1994).

Martins Estévez, Higino (1941) ♱

Higino Martins Estévez ()

Nasceu em Buenos Aires de pais galegos. Viveu oito meses na Galiza do ano 1947. Como advogado, foi assessor do Banco Español del Río de la Plata e secretário do diretório. Como professor em Letras (Filologia), foi titular das cátedras de História da Língua Castelhana, de Introdução à Linguística e de Filologia Românica, na Universidad del Salvador.

Desde 1977 leciona português da Galiza em instituições galegas de Buenos Aires, e estudos célticos desde 1994 no Instituto Argentino de Cultura Galega. Ditou, entre outros, cursos sobre Religiom e Mitologia Célticas, Proto-história da Galiza, Legado céltico na cultura ocidental, Língua Céltica Antiga Comum e História dos povos célticos.

Concorreu aos três primeiros Congressos Internacionais da Língua Galego-Portuguesa na Galiza, organizados pela AGAL, em 1984, 1987 e 1990, e enviou contributo ao do ano 1993. Organizou dous Simpósios Internacionais da Língua Galego-Portuguesa, no Centro Galego de Buenos Aires, em 1983 e 1985. Partici- pou nas Jornadas sobre Línguas Célticas, em Buenos Aires, no ano 2002.

Tem publicado os seguintes livros: Cantares Galegos de Rosalia (1986), edição reintegrada e anotada, Caixa Ourense; Quadros de Gramática Galega (1992.1995), Buenos Aires, Amigos do Idioma Galego, Buenos Aires, 1992 e 1995); Conjuro da Queimada (2008), Buenos Aires, Andrómeda; As Tribos Calaicas, Proto-história da Galiza à luz dos dados linguísticos (2008), Sant Cugat del Vallès, Edições da Galiza. De aparição próxima: Ensaio de Gramática do Céltico Antigo Comum.

É autor de artigos e estudos, como «Dos três Lúgoves Arquienos ou do que duas inscrições latinas nos ensinam sobre o passado da Galiza» (1978), Grial (Vigo) núm. 59, Vigo; em Agália (Ourense) núm. 31, 1992; «Luz léxica na história da cultura galega», em parte nas atas do I Congresso da AGAL, 1984; «Novas olhadas no léxico galego», em parte nas atas do II Congresso da AGAL, 1987; «Mais vozes a resgate da memória», parcialmente nas atas do III Congresso da AGAL, 1990; «Cancioneirinho Céltico, antologia bilíngue de antiga poesia céltica», Agália (1990), núm. 24; «Blanco-Amor professor de galego e outros labores seus em Buenos Aires», Agália (1993), no 33; «Ainda mais vozes a resgate da memória», parcialmente nas atas do IV Congresso da AGAL, 1993; «O Mistério de Santiago», revista Galicia, do Centro Galego de Bs. Aires, 1997; Boletim Adigal nº 7, 1998. Publica, desde 1999, em Sitio al Margen (www.almargen.com.ar) e em Adigal (www.adigal.org.ar).

Traduziu obras de Rosalia, Pardo Bazán, Fernández Flórez, Roberto Arlt, Yeats, Cunqueiro e Pérez Lugín, assim como de de textos tradicionais irlandeses: Compert ConCulainn, Macgnímrada ConCulainn, Tochmar Emire, Fled Bricriu ocus in Curathmír Emna ocus in Bríatharchath ban Ulad, Dán mac nUisnig e parcial da Táin Bó Cuailnge.

Faleceu no dia 20 de junho de 2021, em Buenos Aires, República Argentina.

Nota do falecimento.

Gonçales Blasco, Luís (1941)

Luís Gonçales Blasco, "Foz"

Nado em Foz (1941), já desde a adolescência se interessa na identidade e na literatura da Galiza. Começa, em Madrid, estudos de Ciências; lá entra em contato com o fato de estudantes e trabalhadores galegos Brais Pinto onde se forma politicamente no nacionalismo galego e, socialmente, na esquerda: conheceu Méndez Ferrín que influiu muito nele como reflete no artigo «Ferrín na minha vida», publicado na obra coletiva A semente da nación soñada. Homenaxe a Méndez Ferrín (Xerais/Sotelo Blanco, 2008).

Em Compostela toma parte ativa no movimento estudantil dos anos sessenta.

Cofundou o Conselho da Mocidade, organização juvenil para recuperar o galeguismo político, que liquidaram Ramón Piñeiro e outros. Em julho de 1964 participa na fundação da União do Povo Galego.

Pelas suas atividades políticas no campo nacionalista e estudantil, em 1968 tem de se exilar a França, onde continua a trabalhar para a União do Povo Galego; é o primeiro responsável pela criação da secção europeia da mesma. Quando consegue o passaporte espanhol, em 1977, viaja à Galiza e a sua vida discorre entre ambos os países. Em 1978 começa uma aventura, com alguns amigos, como livreiro em Viveiro, nesta altura ainda alterna a sua vida entre França e a Galiza.

A livraria acabaria em fracasso económico, embora lograsse notável sucesso cultural. A seguir, acha o seu futuro no ensino, ao superar as oposições para professor de secundária de Língua e Literatura Galegas nos inícios dos oitenta. É na altura que ingressa na Associaçom Galega da Língua, de que foi vice-presidente.

Gil Hernández, António (1941)

António Gil Hernández

É membro da Comissão de Lexicologia e Lexicografia, e diretor do Boletim da AGLP no Conselho de Redação e Administração da revista.

Nascido em Valhadolid (“Comunidad de Castilla y León” no “Reino de España”), vive na Galiza desde 1969. Licenciado em “Filosofía y Letras”, secção Românicas, subsecção Espanhol, pela Universidade de Santiago de Compostela, exerceu a docência no Colégio Universitário da Crunha, dependente então da Universidade de Compostela, como professor de Linguística Geral e Crítica Literária. Também exerceu a docência no IES "Salvador de Madariaga", na Crunha, desde o ano 1978 até ao 2010, em que se reformou como funcionário do reino da Espanha. Desde novembro desse ano continua a gozar do estado de "classe passiva" levando adiante algumas atividades, relativamente humanas.

Cofundou a Associaçom Galega da Língua em 1981, de que foi secretário. Entre outras entidades, participou ou participa na Associação Sócio-Pedagógica Galega, nas Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, na Associação de Amizade Galiza-Portugal, assim como na Sociedad Española de Linguística.

Começou a colaborar nos Colóquios da Lusofonia em 2006, «Do Reino da Galiza até aos nossos dias: a língua portuguesa na Galiza», com a comunicação intitulada «Aos 100 anos da Real Academia Gallega de la Coruna. Mais uma análise de discurso.» Nesse colóquio puseram-se as bases para a constituição da AGLP.

Entre as suas publicações destacam-se: Que galego na escola? (1984), coletivo, e Silêncio ergueito (1996), ambos nas Eds. do Castro. No primeiro, expõe as denominadas «Teses reintegracionistas” ou “integracionistas” das falas galegas à língua comum, portuguesa. No segundo compila artigos jornalísticos de 1979 a 1982.

Em 2005, a Associação de Amizade Galiza-Portugal publica-lhe Temas de Linguística Política, seguidos dum avanço de Temas de Política Linguística.

Leves reflexões sobre política nacional “española”. É editor da Obra selecta (poesia e ensaio) de João Vicente Biqueira (1998), como núms, 43-46 de Cadernos do Povo. Revista Internacional da Lusofonia.

Artigos seus foram publicados nas revistas Agália, O Ensino, Nós, entre outras.

Participou nos Congressos organizados pela AGAL e pelas IFG-P. Também é autor de textos literários, como Baralha de sonhos (1985), Luzes e espírito (1990) e, em volume coletivo, Só para falar de amor (1991), publicados em suporte papel; como livros-e, no portal brasileiro Recanto das Letras, estão Ela e Ele (2009), Rimas a Amarílis (2008) Silveira Lírica (I) (2008), Ut Pictura... Poemas a Cármen Nóvoa (2008), Tractatus de Euphemica Dictione (2008) “conversa lírica com Cristina de Mello”, Do Amor de Tudo Quanto é Livre (2008), versão corrigida da Só para Falar de Amor, Luzes e Espírito (2008), versão corrigida da edição em livro, Contos Nada Exemplares (2008), antologia dos publicados com esse título no PGL.

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