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Alfredo Ferreiro apresenta em Lugo, para assinalar o aniversário da AGLP, o relatório com o que representou Galiza num encontro literário internacional em Cabo Verde

Adela Figueroa, Eládio Rodrigues, Paulo Mirás e Jaime Fernandes Castro também participam na atividade, que assinala o XV aniversário da Academia Galega da Língua Portuguesa, na Sociedade Cultural Mádia Leva.


AGLP. 25/09/2024

Alfredo Ferreiro apresenta nesta sexta-feira, 27 de setembro, em Lugo, o relatório Literatura e inclusão, com que representou Galiza como escritor qualificado, a proposta da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP), no XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa. Este acontecimento celebrou-se na cidade da Praia, a capital de Cabo Verde, entre os dias 5 e 8 deste mês de setembro. A intervenção de Ferreiro está agendada no encontro Histórias da Terra nas Terras da Língua. Biodiversidade e Didática na Lusofonia, com o que a AGLP assinala o seu XV aniversário em Lugo, na Sociedade Cultural Mádia Leva (Rua Serra dos Ancares, 18). No ato, que principiará por volta das 20.00 horas, também se anuncia a presença de Adela Figueroa, Eládio Rodrigues, Paulo Mirás e Jaime Fernandes Castro que, juntamente com Alfredo Ferreiro, oferecerão um recital de poesia.

Cartaz do evento

 

Liberdade e inclusão

O encontro de Cabo Verde tocou o tema Literatura, liberdade e inclusão. Segundo esclarece Alfredo Ferreiro «isto permitiu que se falasse em assuntos do passado colonial, do processo descolonizador e da atualidade. Pela minha parte, tive claro que devia falar da necessidade urgente de a Galiza ver-se incluída na lusofonia, mas não de modo teórico senão orgânico, propósito que a Academia Galega da Língua Portuguesa tem como principal desde a sua fundação há quinze anos».

Segundo a crónica que elaborou e publicou no sítio web palavracomum.org (https://palavracomum.com/iio-encontro-de-escritores-de-lingua-portuguesa/) , na sua intervenção Alfredo Ferreiro afirmou: «Tenho para mim que os escritores galegos precisamos do convívio fraterno permanente com o resto da lusofonia, não só para deter o incessante declínio da língua galega a que as políticas linguísticas governamentais nos têm condenado, mas para reencontrar-nos com o nosso próprio código genético. [...]. No plano institucional, valorizo absolutamente o trabalho que a AGLP está a desenvolver desde há quinze anos: se Espanha beneficia de pertencer, como observador associado, à Comunidade de Países de Língua Portuguesa é graças à iniciativa galega, e esta foi promovida principalmente, até onde eu pude saber, pela Academia Galega da Língua Portuguesa. Seu trabalho nos âmbitos institucional, político e, quase diria, diplomático, foi exemplar desde a sua fundação, e os resultados ficam à vista. Santiago de Compostela é membro, por sua parte, da União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa, instituição que promove este Encontro de Escritores, e este vínculo compostelano, e por extensão galego, foi também proposta e aposta da Academia galega mais internacional».

 Foto de grupo do IIº Encontro de Escritores de Língua Portuguesa (Praia, Cabo Verde)

 

Adela Figueroa: A Literatura como apoio à educação ambiental.

A atividade desta sexta-feira em Lugo principiará com a intervenção de Adela Figueroa, quem falará de A Literatura como apoio à educação ambiental. É este também um trabalho do maior interesse, preparado pela prestigiosa docente e académica da AGLP, para apresentar no congresso de educação ambiental de Moçambique, promovido pela Redeluso, a Associação Lusófona de Educação Ambiental. Adela Figuera é uma reconhecida especialista nesta disciplina, com trajetória de longa data na Galiza, em colaboração com a Associação para a Defesa Ecológica de Galiza (Adega) e outras entidades e instituições. Em 19 de setembro teve novo lançamento na Galiza do seu último livro, Gotas. Desde a terra até às nuvens, no Centro de Documentação Ambiental Domingo Quiroga, em Oleiros. É este um livro em que põe em diálogo a Literatura com boas práticas para a defesa do Meio Ambiente (ver valorização da cientista portuguesa Raquel Gonçalves Maia). Este livro foi premiado no prestigioso concurso de teatro infantil da Associação Cultural O Facho, convocado na Corunha.

Capa do livro



A professora Raquel Gonçalves Maia, da Universidade de Lisboa, valoriza GOTAS – Desde a terra até às nuvens, da académica da AGLP Adela Figueroa Panisse

O volume teve um novo lançamento na Galiza em 6 de setembro, na XIII edição de Son d’aldea, da comarca da Ulhoa.

 

AGLP. 15/09/2024

 Raquel Gonçalves Maia, professora reformada de Ciências Químicas na Universidade de Lisboa, e escritora ensaísta com obras como Marie Curie: Imagens de outra face, e outros ensaios sobre Mulher e ciência, valoriza o livro GOTAS – Desde a terra até às nuvens, de Adela Figueroa Panisse, numerária da Academia Galega da Língua Portuguesa. As duas coincidiram no Porto em 24 de agosto, no lançamento desse volume na Feira do Livro da cidade. Adela Figueroa participou num novo lançamento deste trabalho, em que dialogam a literatura e a defesa do meio ambiente e boas práticas ambientais, em 6 de setembro, na sequência da XIII edição de Son d’aldea, da comarca da Ulhoa.

Eis a recensão da professora Raquel Gonçalves Maia:

GOTAS – Desde a terra até às nuvens, por Adela Figueiroa Panisse. Editorial Novembro, 2023.

Por Raquel Gonçalves Maia.

“GOTAS – Desde a terra até às nuvens” é um livro para crianças, com uma forte chamada de atenção “aprender brincando” para o “elemento importantíssimo para a vida na Terra que é a água – palavras da autora; e, brincando, vem o ciclo hidrológico, alguns conceitos de matemática, o esplendor da Natureza e do Cosmos, a criação humana.

Adela Figueiroa Panisse, a autora, é natural de Lugo e, entre Portugal e a Galiza, entre as Ciências a as Letras, constrói a sua vida, sempre motivada por ideais sociais de ação e prevenção. Com o dom e a boa qualidade da escrita, a sua obra literária tem vindo a oferecer-nos contos, romances, poemas... Desfrutamos.

“GOTAS” é uma obra teatral cujas personagens são gotas e gotinhas de água, o vento, o sol e um marinheiro... e mais umas quantas, malandros feios e mal cheirosos. De abrir o apetite!

 “Gotas, gotas de água limpa,

Desde o céu até ao mar.

Sobre a Terra a brincar

Para nos rios borbulhar.”

Trata-se de uma edição muito cuidada, repleta de boas motivações a vários níveis. O texto, impresso em português e em espanhol, suscita a leitura evidentemente, mas vai mais longe e infiltra artes de teatro, de ilustração (de Celsa Sánches Vázquez) e de música (de Xaquín Facal; pauta incluída) – que não são menores nesta esplêndida obra. Um CD completa o conjunto.  

Que mais podem desejar os professores do ensino básico para motivarem os seus alunos para os problemas ambientais, ao mesmo tempo que a aprendizagem séria é motivo de sociabilização universal?

“Rola, rola, rola, rolando,

Umas às outras nos vamos juntando,

Grandes poças vamos formar.”

Os próprios pais têm aqui um móbil ideal para embelezar as festas dos filhos e seus amigos – desde que providenciem uma escada e um escorrega.

Leia GOTAS – Desde a terra até às nuvens e ficará rendido.

Compre o livro e ofereça-o a uma criança, a duas, a três... O benefício que daí se extrai refletir-se-á sobre todos nós.

“Todos ficaremos bem!!!”

 

Cartaz do XIII SON D'ALDEA (2024): O VALOR DA AUGA

 

Alfredo Ferreiro representa a Galiza no XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa de Cabo Verde a proposta da AGLP

Ferreiro fundou e mantém a revista digital de artes e letras Palavra comum, que é um foro de diálogo cultural e literário na Galiza, e de contato com os países da Língua Comum Galego-Portuguesa.

 AGLP. 07/09/2024

Alfredo J. Ferreiro Salgueiro participa como escritor qualificado representante da Galiza no XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que se está a celebrar na cidade da Praia, capital de Cabo Verde, entre os dias 5 e 8 de setembro. A sua presença é uma proposta da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP). O acontecimento tem como tema geral Literatura, Liberdade, Inclusão. Nas sessões será assinalado o quinto centenário do nascimento de Luís Vaz de Camões, e o centenário do nascimento de Amílcar Cabral. Na organização estão envolvidas a União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e a Câmara Municipal da Praia. Neste encontro literário internacional participaram em anos anteriores como representantes da Galiza três membros numerários da AGLP: Adela Figueroa, Concha Rousia, e Pedro Casteleiro em 2023.

“Encontrar um território autenticamente próprio”.

“A grande riqueza da Galiza é de carácter imaterial, e nela a língua é um dos seus supremos valores. É por isso que apoiar a língua, de modo a colocá-la num lugar de prestígio, é procurar um futuro para a sua cultura, um futuro que não deixará de minguar se não se tomarem medidas novas que superem as políticas dos atuais, evidenciadas como obsoletas”, afirma Alfredo Ferreiro.

Este autor pertence à associação Do Galego ao Portugués (dgap.gal) que, esclarece, “de uma perspectiva económica e não linguística, defende a proximidade do galego ao português, como um ativo económico alarmantemente desaproveitado. Afinal, só há um caminho que tem sentido: aquele que serve para encontrar um território autenticamente próprio, aquele em que com alegria e fluidez nos sentimos naturalmente inclusos. E desta inclusão, precisamente, é que pretendo falar como escritor galego em Cabo Verde”.

Especialista em meios eletrónicos.

Escritor e crítico, nascido na Corunha em 1969, Alfredo Ferreiro tem estudos de Filologia Hispânica e Teoria da Literatura. É membro da Associaçom Galega da Língua e da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega. Desde o ano 2006 é assíduo na divulgação da literatura e o pensamento crítico em meios eletrónicos, e destacou por ter codirigido, entre o 2008 e o 2014, a plataforma de blogues em galego Blogaliza. A inícios de 2014 fundou a revista digital de artes e letras Palavra comum, com a colaboração de Táti Mancebo e Ramiro Torres, dirigida ao âmbito lusófono, e que entre 2018 e fevereiro de 2023 contou com a codireção do escritor Tiago Alves Costa. Desde outubro de 2015 é coordenador do Certame Manuel Murguía de Narracións Breves, que promove a Câmara Municipal de Arteijo, bem como de vários clubes de leitura municipais e ateliês de escritura. O seu blogue pessoal foi O levantador de minas desde 2006 a 2023, e agora constitui uma secção da Palavra Comum. É colaborador de Galicia Confidencial.

Entre as distinções na sua trajetória merecem salientar-se, em 1994 o Prémio Nacional de Poesia O Facho, na sua cidade da Corunha; em 2008 recebeu uma menção de honra no Prémio Nacional de Poesia Xosemaria Pérez Parallé, pelo livro Metal central; em 2010 o Prémio Rosalía de Castro de Lingua e Cultura, da Deputación da Corunhapor Blogaliza.org (partilhado com Pedro Silva e Táti Mancebo); ou em 2011 o Prémio ao Melhor Blog Literário da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega.

“Procurar uma normalidade cultural”.

Ao ser perguntado por como valoriza a participação no XII º Encontro de Escritores de Língua Portuguesa na cidade da Praia (Cabo Verde), Alfredo Ferreiro responde: “É uma honra tamanha e até um sonho feito realidade, participar como representante dos escritores galegos num dos mais consagrados eventos da comunidade lusófona mundial, a que por cultura pertencemos naturalmente. Tenho para mim que todos os galegos, mesmo aqueles que não gostam de exercer como lusógrafos, somos lusófonos, e que por direito histórico a Galiza pode reivindicar-se no mundo como matriz dessa língua que hoje conhecemos como português. Esta perspectiva, alicerçada nos discursos e práticas do galeguismo mais consciente desde o século XIX, teve o seu apogeu na teorização reintegracionista de Carvalho Calero e está a dar seus melhores frutos nas instituições reintegracionistas da atualidade. E isto acontece, infelizmente, à par do incessante declínio da língua galega a que as políticas linguísticas governamentais por dezenas de anos nos têm condenado. Práticas que a maior parte dos escritores entregues ao galeguismo político têm aderido para procurar uma normalidade cultural que, já estamos a ver, nunca vai chegar assim tão fácil. Eu próprio também, em paralelo, andei esse caminho, por isso sei do que estou a falar”.

Palavra Comum, uma “‘agora’ digital e internacional”

A respeito da sua prática de 30 anos publicando como lusófono em Portugal e do facto de manter, desde há dez anos, a revista Palavra Comum. Artes e letras da lua nova (palavracomum.com), em que publica obras de galegos (“com total liberdade gráfica”, sublinha) junto com a de autores do resto da lusofonia, manifesta: “A criação desta ‘ágora’ digital e internacional assenta no meu conceito de tribalismo, tirado da obra que o sociólogo francês Michel Maffesoli publicou a partir da década de 80. Ele fala na chegada de um ‘tempo das tribos’, que não nos obriga a caminhar sob a mesma bandeira para sermos capazes de juntar-nos e trabalhar no que atinge a todos, uma sorte de ‘minifundismo’ social e cultural, que permite respeitar a diferença e à vez potenciar as afinidades em favor do bem comum sem cair no autoritarismo das maiorias sobre as minorias. Acho que a Galiza, tribalista e minifundista como ninguém, oferece uma tradição ancestral neste sentido que devemos aproveitar. E até tenho para mim que os grandes tesouros da grande e antiquíssima civilização que o nosso país tem atrás de si, quer seja celta quer não, são de tipo imaterial, como o Caminho de Santiago e o minifúndio, e quem procurar pirâmides no Courel nunca encontrará os verdadeiros tesouros dessa gloriosa antiguidade”.

Com a Academia Galega da Língua Portuguesa.

Alfredo Ferreiro tem participado nos últimos tempos em eventos da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP). Diz ter amizade com várias pessoas que integram a AGLP “que são grandes vultos da intelectualidade galega e que admiro. No plano institucional, valorizo absolutamente o trabalho que a AGLP está a desenvolver desde há quinze anos; se Espanha beneficia de pertencer, como observador associado, à Comunidade de Países de Língua Portuguesa é graças à iniciativa galega, e esta foi promovida principalmente, até onde eu pude saber, pela Academia Galega da Língua Portuguesa. O seu trabalho nos âmbitos institucional, político e, quase diria, diplomático, foi exemplar desde a sua fundação, e os resultados ficam à vista. Santiago de Compostela é membro, por sua parte, da União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa, instituição que promove este XIIº Encontro de Escritores de Língua Portuguesa em Cabo Verde, e este vínculo compostelano, e portanto galego, foi também proposta e aposta da Academia galega mais internacional”.

 Com a prof. cated. da Univ de Coimbra e crítica literária Rita Marnoto e o secretário-geral da UCCLA Vítor Ramalho

 

  • MAIS INFORMAÇÃO:

XII Encontro de Escritores de Língua Portuguesa na cidade da Praia

PROGRAMA XII EELP 5 A 8 DE SETEMBRO 2024

 

 

15 anos da AGLP. 12 meses de atos públicos. "A arqueolinguística e arqueoantropologia galaica"

18-08-2024

15 anos da AGLP. 12 meses de atos públicos. "A arqueolinguística e arqueoantropologia galaica".

24 de agosto, Pitões das Júnias.

A AGLP (Academia Galega da Língua Portuguesa) foi fundada a finais de 2008 e, portanto, este 2024 corre o seu 15.º aniversário, o qual está sendo celebrado com todo tipo de atividades culturais num percurso pelas mais significativas localidades da Galiza e Portugal. Música, palestras, convívios, recitais, comidas de confraternização e outras atividades, que servem para dar a conhecer a uma sociedade como a galega, que é matriz de uma língua, partilhada com outros dez países espalhados pelos cinco continentes, que figura entre as mais faladas do mundo, entre as mais cultivadas da humanidade e entre as que têm um futuro mais promissor.

Depois de passar por várias localidades, decidimos fazer paragem em Pitões das Júnias, onde fazemos as Jornadas galego-portuguesas cada ano, para completarmos o percurso com umas Jornadas extra, enchendo aquele ano de pandemia em que não pudemos celebrar o nosso encontro anual por razões de força maior e confinamento. Este ano 2024 duplicamos a nossa presença entre maio e agosto, aproveitando a referência do local para galegos e portugueses que desejamos estar juntos mais uma vez. Deste jeito, em maio de 2025 serão as XIV Jornadas e continuaremos enquanto o corpo, as circunstâncias e a climatologia nos permitirem avançar.

Há mais outra razão, mas isso será uma surpresa para quem quiser acompanhar-nos o próximo 24. Se quiserem conhecer a surpresa… venham e poderão desfrutar connosco.

 

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