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FALECIMENTO DO EMBAIXADOR ANGOLANO LUÍS DE ALMEIDA

Com enorme consternação tomamos conhecimento da infeliz notícia do falecimento do Embaixador Luís de Almeida, no dia 12 de agosto.
Decano dos diplomatas angolanos com uma carreira de sucesso, foi determinante o seu papel na luta pela independência nacional. Tendo exercido o cargo de Embaixador da República de Angola em diversos países, destaca o seu contributo durante o período em que representou Angola junto da CPLP, de 2014 a 2018. Nessa etapa foram decisivas as suas gestões, como representante da República de Angola, a favor da candidatura da Academia Galega da Língua Portuguesa, para a concessão da categoria de Observador Consultivo desta organização internacional.
O Presidente da AGLP, e o conjunto dos académicos galegos, manifestam o seu pesar e solidariedade para com a família, os amigos e as Autoridades Angolanas por tão inestimável perda.

Boletim da AGLP nº 9 - 2016

A Academia Galega da Língua Portuguesa publica o volume 9 do Boletim. Neste número, correspondente ao ano 2016, incluem-se estudos de Carlos Durão e António Gil, David Vila, Higino Martins, Alexandre Banhos Campo, Álvaro J. Vidal Bouzon e José Manuel Barbosa.  Figuram também as habituais secções de Instituição e Publicações.

 

Ligação para descarga

PAULO SORIANO, NOVO MEMBRO CORRESPONDENTE DA AGLP

José Paulo Soriano de Souza é um amigo. Sobre todo, um amigo. É não é qualquer amigo, mas um amigo que reúne quatro qualidades importantíssimas para aqueles que estamos na trincheira da defesa da nossa língua desde pressupostos reintegracionistas que é como dizer desde os critérios nos que se sustentou o galeguismo  desde que este tem memoria de ser o movimento defensor dos direitos linguísticos, políticos e sociais da Galiza e dos galegos. São essas quatro qualidades, as seguintes:
Paulo é brasileiro, portanto, para alem de amigo e irmão no pessoal, também é amigo e irmão no nacional. Sabido é que Brasil é o nosso baluarte que é como dizer o nosso muro de contenção e uma dessas Galizas espalhadas pelo mundo cheia de nomes galegos do que falava Castelão. Mas se não chegar com ser brasileiro, também é um brasileiro consciente de ser um homem sabedor de a matriz da sua língua estar nesta parte do Atlântico e neste norte peninsular ibérico que viu nascer o seu verbo, o verbo com o que ele pensa, ele vive, ele ama, ele aprofunda na realidade do mundo físico e espiritual, ele educa os seus filhos e ele exerce o seu labor quotidiano que lhe fornece de sustento para a sua pessoa e para os seus. Essa realidade de brasileiro e de galeguista consciente faz de ele uma pessoa muito importante para qualquer galego de bem que esteja a pelejar no dia-a-dia por esta língua comum que nos une, que nos identifica e que precisa de energia vital para caminhar orgulhosa neste mundo proceloso de concorrências e de ditaduras darwinistas. Por si mesmas, estas duas qualidades já fazem do nosso irmão Paulo uma pessoa muito importante para nós, galegos. 
Mas falamos de quatro qualidade e por enquanto toca nomear as seguintes, a terceira e a quarta que não são menos importantes para termos Paulo connosco nesta defesa desta bela flor do Lácio, como ele nos lembrou no seu artigo sobre Olavo Bilac publicado no nosso blogue Desperta do teu Sono “Desabafo” e como nos revelou em outro artigo no que se mostrava como um sincero defensor da unidade linguística de todo o português universal, incluindo as falas galegas dentro deste nosso mundo, "Uma atitude razoável".

Como o leitor pode ter imaginado já, Paulo tem a vocação literária manifestada em varias publicações tanto em papel quanto virtuais. Eis a sua terceira qualidade, que ele foca fundamentalmente no seu fazer artístico  relacionado com os contos de terror e contos fantásticos que desenvolve com habilidade e com uma boa dose de virtuosismo em varias sites que dirige e nas quais inclui trabalhos seus. São estas:

https://www.contosdeterror.site/https://www.litteratus.site e  https://triumviratus.weebly.com, sem esquecermos os seus contributos no Portal Galego da Língua como articulista vinculado à literatura allanpoeiana (https://pgl.gal/author/paulo_soriano/).  

No que diz respeito das publicações em papel queremos pôr em destaque o seu labor, quer como autor, quer como coautor, quer como cotradutor os seguintes trabalhos: Olhares em Pernambuco (Recife, 2007), Histórias nefastas (Rio de Janeiro, 2008), Irmandade das Sombras (Rio, 2008), Mestres do Terror (Santiago de Compostela, 2010), Sociedade das sombras (Belo Horizonte, 2011), Contos galegos (São Paulo, 2013), A Irmandade (Rio, 2013). e A Voz dos Mundos (Compostela, 2015), esta última em colaboração com o nosso também amigo e companheiro académico da AGLP, o galego Valentim Rodrigues Fagim e nas que podemos distinguir narrações que pões em lugar preeminente a Galiza ou a vontade de incluir elementos literários relacionados com a tradição mitológica, lendária ou imaginária galega. 
O seu labor literário levou-o a receber vários prémios como o VII Prémio literário Asabeça (Rio, 2007), I Concurso literário Contos Grotescos-Prémio Edgar Allan Poe (Rio, 2010) e o prémio do certame “Brasília é uma festa” (Brasília, 2012). 
Finalmente, a quarta qualidade de Paulo a respeito da sua atividade é a sua vinculação laboral ao Direito, à jurisprudência e à advocacia tanto privada quanto publica e de Estado. O Doutor Paulo Soriano formou-se na Faculdade de Direito na Universidade Federal de Pernambuco acabando os seus estudos em 1988. A partir do ano seguinte foi Procurado do Estado de Bahia até 2000 ocupando vários cargos em Comissão, como Procurador Chefe da Representação Especial da Procuradoria Geral do Estado na Secretaria da Segurança Pública; Procurador Chefe da Representação Especial da Procuradoria Geral do Estado na Secretaria de Educação; Procurador-Chefe do Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária – IPRAJ e Procurador Assessor Especial do Procurador Geral do Estado. Alias exerceu como Representante da Procuradoria Geral do Estado no Conselho de Administração  da Universidade Estadual de Feira de Santana, da Universidade Estadual  de Santa Cruz, do Instituto de Radiodifusão do Estado da Bahia e do Departamento Estadual de Trânsito, mas também foi Membro do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Estado. Desde 2000 o seu exercício laboral inclui Cargos em Comissão exercidos como Procurador-Chefe Substituto da Procuradoria da União no Estado da Bahia;  Assessor do Procurador-Chefe da Procuradoria da União no Estado da Bahia e  Coordenador da Coordenação Pró-ativa e Probidade Administrativa. mas para alem do exercício como funcionário do Estado em matéria legal também exerceu o magistério como Professor da Cadeira de Direito Administrativo Disciplinar e Direito Constitucional da Academia de Policia Civil do Estado de Bahia entre 1995 e 2008, Professor das Cadeiras de Instituição de Direito Publico e Privado, Direito Civil e Direito Ambiental na Faculdade de Salvador de Bahia entre 2004 e 2014, Professor da Cadeira de Instituições de Direito Publico e Privado do Instituto Baiano de Ensino Superior entre 2004 e 2006 e Instrutor de Direito Civil do Centro de Estudos Vitor Nunes Leal desde 2003. 
Eis a apresentação do Doutor José Paulo Soriano de Souza, nascido em agosto de 1962 no Estado de Bahia e dentro dele na cidade de Itabuna, que na língua tupi significa pedras pretas partidas (de ita “pedra” + aba “partir”, “quebrar”+ una “preto/a”), a mesma cidade onde nasceu o grande Jorge Amado. A honra que a Academia Galega da Língua Portuguesa tem de tê-lo como académico correspondente no Brasil é grande. Um brasileiro amante e consciente da sua língua, amante da Galiza, apoiante do reintegracionismo linguístico, literato praticante da melhor literatura allanpoeiana do seu país e jurista profissional assim com professor de direito na Universidade brasileira é para a Academia um grande valor. A grandeza do irmão Brasil faz-se humana na grandeza do nosso irmão Paulo. Bem vindo. A Galiza abre os seus braços ao nosso novo académico correspondente. Temos trabalho a fazer, e faremos.

SAMUEL F. PIMENTA, NOVO MEMBRO CORRESPONDENTE DA AGLP

Samuel F. Pimenta é poeta e escritor. Nasceu a 26 de Fevereiro de 1990, em Alcanhões, Santarém. É licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. É autor dos romances O escolhido (2009), Os números que venceram os nomes (2015) e Iluminações de uma Mulher Livre (2017) e dos livros de poesia O relógio (2013), Geo Metria (2014) e Ágora (2015), livro galardoado com o IV Prémio Literário Glória de Sant’Anna 2016, galardão anual destinado ao melhor livro de poesia dos países e regiões de língua portuguesa. Em 2019, com Ascenção da Água ganhou o Prémio Literário Cidade de Almada. Colabora com publicações em Portugal, no Brasil, em Angola, em Moçambique e na Galiza.

Dedica-se também à promoção dos direitos LGTBI+ e dos direitos da Terra.

 

Mais informação sobre a ligação de Samuel F. Pimenta com a Galiza e o reintegracionismo:

https://pgl.gal/samuel-pimenta-escritor-um-dos-propositos-da-antologia-emergente-e-criar-pontes-entre-todos-os-falantes-de-portugues/

https://revistacaliban.net/o-canto-da-sereia-7ff2c2cb2bf1

https://expresso.pt/podcasts/a-beleza-das-pequenas-coisas/2018-03-30-Benjamim-Nao-procuro-a-fama-o-sucesso.-Nao-ando-a-correr-atras-de-visualizacoes-nem-de-ser-a-grande-cena-para-a-seguir-desaparecer (a partir do minuto 2:03:56)

https://www.nosdiario.gal/articulo/cultura/escritor-samuel-f-pimenta-reivindica-galiza-premio-cidade-almada-poesia/20191028110914085954.html

https://revistacaliban.net/um-rasto-de-vida-de-cura-e-de-amor-9c4933d47369

https://www.publico.pt/2020/07/25/p3/cronica/galego-portugues-fala-comum-1925132

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