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Clássicos da Galiza (7)

É bem sabido que a Galiza constitui parte do território lusófono atual –e, ademais, uma parte, juntamente com a zona setentrional de Portugal, do território em que a língua portuguesa nasceu.

 

Avatares de índole política fizeram, no entanto, que a história linguística da Galiza fosse anormal desde os fins da Idade Média, por causa da colonização linguístico-cultural castelhana que o país vem sofrendo desde então. E essa história –que o professor Carvalho Calero definiu acertadamente como «uma história clínica»– determinou negativamente, como é natural, o desenvolvimento da produção literária na língua portuguesa da Galiza durante toda a época moderna e contemporânea.

 

 

Isolados socialmente do resto do mundo literário lusófono, os escritores galegos viram-se forçados a usar de modo precário uma língua da qual desconheciam não só uma norma padrão de uso ortográfico ou morfológico mas também exemplos de obras literárias do passado ou do presente que, realizadas num ambiente cultural de normalidade linguística, pudessem servir-lhes de modelo literário.

 

 

Compreende-se bem que, nessa situação, as produções literárias galegas fossem redigidas na ortografia castelhana (pois era a única que conheciam tanto os autores como os mais próximos leitores) e com uma morfologia oscilante. Recuperar para a língua portuguesa toda essa produção exige corrigir esses aspetos, provocados pela anormalidade histórica em que os textos nasceram.

 

 

A essa ideia corresponde o projeto da coleção «Clássicos da Galiza» que a Academia Galega da Língua Portuguesa iniciou em colaboração com «Edições da Galiza», na sua tarefa de recolocar a Galiza como membro pleno da Lusofonia. Apresenta os mais importantes textos literários galegos numa versão linguística que –sem deixar de ser fiel idiomaticamente aos textos originais– esteja em sintonia com o que é a língua portuguesa atual (nomeadamente nos campos da ortografia e da morfologia).

 

 

Desse modo, será possível, esperamos, que as obras literárias galegas possam ser lidas pelos lusófonos de qualquer lugar sem estorvos tão artificiosos como pode ser um sistema ortográfico alheio.

 

 

Coleção Clássicos da Galiza:

 

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Maria Dolores Canosa Lôpez: "Mar e Terra"

Mar e Terra

Mar e Terra
Maria Dolores Canosa Lôpez

Edição: Fundaçom Meendinho. Vilarchão 98. 36820 Ponte-Caldelas, Galiza

Apoia: Associação Cultural Pró Academia Galega da Língua Portuguesa

ISBN: 978-84-615-1686-5

Conteúdos:

PRIMEIRA PARTE

1 - Paulo Reis (p. 9)
2 - No começo eram dous irmãos (p. 11)
3 - O casal (p. 13)
4 - Escura tristeza (p. 19)
5 - A madeira (p. 23)
6 - Mudanças (p. 25)
7 - Ir longe (p. 27)

SEGUNDA PARTE

1 - Irmã (p. 33)
2 - Cancelas (p. 37)
3 - Sangue espesso (p. 41)
4 - “Arriba, os pobres do mundo” (p. 49)
5 - A roda do tempo vira (p. 53)
6 - A morte do sonho (p. 57)
7 - A cadeia (p. 61)
8 - A sangria (p. 67)
9 - Tudo perdido (p. 69)
10 - A olhada que não chegou a ser (p. 71)
11 - O Campo da Rata (p. 73)

DE NAUFRAGOS E ROBINSÕES

12 - Pietá (p. 75)
13 - Para o outro dia (p. 77)
14 - Os restos do naufrágio (p. 81)
15 - O caminho de volta (p. 83)
16 - Cantando baixinho (p. 85)

Epílogo (p. 89)

Ano de lançamento: 2011

Número de páginas: 92

Pode solicitar Mar e Terra escrevendo para pro[@]academiagalega.org ou comprando diretamente na loja Imperdível

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Ayes de Mi País: o Cancioneiro de Marcial Valladares

Ayes de Mi País: o Cancioneiro de Marcial Valladares

Ayes de Mi País: o Cancioneiro de Marcial Valladares

Edição: Dos Acordes, de parceria com aCentral Folque e a Academia Galega da Língua Portuguesa

ISBN: 978-84-936618-1-6

Sinopse:

O trabalho com um cancioneiro é sempre um labor de comparação e limpeza, já que cada leitura se torna numa actualização do registro. O investigador tem que saber que na corrente de custódia que vai do informante até o neo-utente do objeto folclórico, há sempre uma perda de informação difícil de recuperar.

Do ponto de vista do bibliófilo, no caso de Ayes de Mi País estamos ante o melhor dos palcos possíveis. O autor é uma personalidade no mundo da cultura da Galiza e da sua obra literária e filológica há uma considerável bibliografía posto que se lhe tem rendido tributo com a celebração em seu nome do Dia das Letras Galegas de 1970.

Do texto em questão, Ayes de Mi País, contou-se com um manuscrito autógrafo e dois apócrifos, vários fragmentos autógrafos mais, e uma considerável tradição indireta. A sua parte literária foi já publicada pelos biógrafos de Marcial Valladares, pelo qual optamos por uma edição diplomática.

Com as partituras foi imprescindível a edição do facsímile, toda a vez que como álbum fica a dia de hoje inédito, e porque se trata de uma obra original de uma grande singularidade temporária; foi escrita em 1865 de punho e letra do seu autor, o que a situa na pre-história da bibliografía etnomusical galega ao tempo que a converte num autêntico tesouro, património histórico-artístico do nosso País.

Esta edição crítica quer achegar ao leitor uma partitura atualizada, depurada de erros, asseada antes de ser apresentada em público. Para pôrem em papel esta edição crítica os autores arrecadaram não só as diferentes variantes de cada número do Ayes..., como também puseram baixo o microscópio cada uma das criações musicais de Marcial Valladares, escassas, mas igualmente pertinentes.

Ano de lançamento: 2010

Número de páginas: 290

Pode solicitar Ayes de Mi País: o Cancioneiro de Marcial Valladares escrevendo para pro[@]academiagalega.org ou comprando diretamente na loja Imperdível

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Traditional Marking Systems: A Preliminary Survey

Traditional Marking Systems: A Preliminary Survey

Traditional Marking Systems: A Preliminary Survey

Edição: Joám Evans Pim, Sergey A. Yatsenko e Oliver T. Perrin

Apoia: Academia Galega da Língua Portuguesa. Rua Castelão, nº 27 - 15900 Padrão, Galiza

ISBN: 978-0-9563478-1-7

Conteúdos:

Mark Studies: An Interdisciplinary Approach (p. 7)
Oliver T. Perrin, Joám Evans Pim and Sergey A. Yatsenko

Tamgas and Space: Territorial Mark and Mnemotechnic (p. 23)
Oliver T. Perrin

Property Sign Examination Through Entropy Analysis (p. 61)
Imre Gráfik

The Marking of Livestock in Traditional Pastoral Societies (p. 81)
Etienne Landais

Problems and Study Methods of the Ancient and Early Medieval Iranian-speaking Peoples’ Nishan-Signs (p. 109)
Sergey A. Yatsenko

Marks of the Ancient and Early Medieval Iranian-speaking Peoples of Iran, Eastern Europe, Transoxiana and South Siberia (p. 131)
Sergey A. Yatsenko

Seals and Signs: Anatolian Stamp Seals of the Persian Period Revisited (p. 153)
John Boardman

Forms and Functions of Livestock Branding Among the Nomads of Iran (p. 171)
Jean-Pierre Digard

On the Interpretation of Derbent’s Mason Marks (p. 181)
Murtazali S. Gadjiev

Nomad Heritage: Kushan Tamga-Signs From Southern Uzbekistan (p. 213)
Jangar Ilyasov

Livestock Property Marks in Africa (p. 227)
Catherine Baroin

Tilaka: Traditional Body Markings in India (p. 241)
Chandreyi Basu

Russian Traditional Property Signs (p. 267)
Alexey V. Chernetsov

Horse Brands of the Mongolians (p. 289)
Caroline Humphrey

Ancient Turkic Tamga-Signs (p. 309)
Zainolla S. Samashev and Napil Bazylkhan

Kazakh Tamgas (p. 329)
Samat K. Samashev

On Functional Changes of Tamga and Nishan-Signs in the Old Turkic Period (p. 339)
Takashi Osawa

Tamgas among the Turks in the Middle Ages (p. 371)
Mehmet Tezcan

The Tamgas of the Co-ruling Ashina and Ashida Dynasties as Royal Tamgas of the Turkic Kaghanate (p. 393)
Gaybulla Babayarov

Petroglyphs and Tamgas in the Vicinity of Gurvan Mandal (p. 403)
Osman Mert

Mason’s Marks in the Palaces (p. 413)
Sinclair Hood

Finno-Ugrian Permian Pas-Signs (p. 421)
Boris N. Morozov and Rem A. Simonov

Illustrated Examples of European Marks (p. 431)
Anton C. Zeven

Christian Identity Marks and their Influence on European ‘Merchants’ Marks’ (p. 443)
Tuve Skånberg

Ownership Marks in the Oriental Alps (p. 463)
Domenico Isabella

Indigenous and European Marking Systems in Brazil (p. 475)
Joám Evans Pim

Computerization of European Personal Marks (p. 507)
Paul Harthoorn

About the Authors

Data de lançamento: dezembro de 2010

Número de páginas: 521

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Glenn D. Paige: "Não Matar É Possível"

Não Matar É Possível

Não Matar É Possível
Glenn D. Paige

Uma iniciativa da FOMICRES (Força Moçambicana para a Investigação de Crimes e Reinserção Social). Maputo, 2011.

Tradução promovida pelo Center for Global Nonkilling e a Academia Galega da Língua Portuguesa.

Resumo: Este livro é oferecido, antes de mais nada, para a apreciação e a reflexão crítica dos acadêmicos de Ciência Política de todo o mundo, de estudantes iniciantes a professores eméritos. Nem a idade nem a erudição parecem fazer muita diferença na suposição predominante de que o matar é uma parte inexorável da condição humana que deve ser aceita na teoria política e na prática. Espera-se que os leitores se engajem no questionamento desta suposição e contribuam, em pensamento e ação, no sentido de avançarmos para um futuro global em que não se mate.

Sumário:

Apresentação (p. 5)

Prefácio (p. 11)

Agradecimentos (p. 15)

Introdução: AS CIÊNCIAS DAS POLÍTICAS DO NÃO MATAR (p. 19)

Capítulo 1: É POSSÍVEL UMA SOCIEDADE EM QUE NÃO SE MATE? (p. 29)

Capítulo 2: CAPACIDADES PARA UMA SOCIEDADE DO NÃO MATAR (p. 51)

Capítulo 3: IMPLICAÇÕES PARA A CIÊNCIA POLÍTICA (p. 93)

Capítulo 4: IMPLICAÇÕES PARA A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS (p. 119)

Capítulo 5: IMPLICAÇÕES INSTITUCIONAIS (p. 143)

Capítulo 6: CIÊNCIA POLÍTICA GLOBAL DO NÃO MATAR (p. 163)

Notas (p. 181)

Apêndice A (p. 187)

Apêndice B (p. 189)

Apêndice C (p. 191)

Apêndice D (p. 195)

Bibliografia (p. 201)

Número de páginas: 220

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Guerra da Cal: Breve Antologia Poética

Guerra da Cal: Breve Antologia Poética

Guerra da Cal: Breve Antologia Poética

Edição: Carlos Durão | Academia Galega da Língua Portuguesa. Rua Castelão nº 27. 15900 Padrão, Galiza

ISBN-13: 978-1461086130

ISBN-10: 1461086132

Conteúdos:

Apresentação  (p. 7)

Esboço biográfico  (p. 9)

Nota editorial (p. 23)

Antologia

Lua de além-mar (p. 25)

Rio de sonho e tempo (p. 31)

Futuro imemorial (p. 41)

Deus, tempo, morte, amor e outras bagatelas (p. 57)

Espelho cego (p. 63)

Caracol ao pôr-do-sol (p. 67)

Coisas e loisas (p. 75)

Ramalhete de poemas carnais (p. 79)

Inédito (p. 83)

Ano de lançamento: 2011

Número de páginas: 85

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Volume 7: "Manuel Leiras Pulpeiro: Poesias Completas"

Manuel Leiras Pulpeira: Poesias Completas

Poesias Completas
Manuel Leiras Pulpeiro

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Coleção "Clássicos da Galiza": Volume 7

Coordenação editorial: Ramom Reimunde Norenha (AGLP)

Adaptação e revisão textual: Ângelo Brea, Carlos Durão e Fernando Vásquez Corredoira

Promove: Academia Galega da Língua Portuguesa. Rua Castelão, nº 27 - 15900 Padrão, Galiza

Edição: Edições da Galiza

Breve resenha:

Com prólogo de Bernardo Penabade, o livro inclui o conjunto da produção poética do autor com adaptação ao Acordo Ortográfico de 1990. Vem acompanhado de numerosas notas de rodapé e um glossário para a melhor compreensão do léxico mindoniense utilizado por Leiras Pulpeiro, bem como a bibliografia completa.

Ano de lançamento: 2012

Número de páginas: 287.

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Volume 6: "Johán Vicente Viqueira: Obra Seleta"

Johán Vicente Viqueira: Obra Seleta

Obra Seleta
Johán Vicente Viqueira

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Coleção "Clássicos da Galiza": Volume 6

Coordenação editorial: António Gil Hernández (AGLP)

Adaptação e revisão textual: Ângelo Brea, Carlos Durão e Fernando Vásquez Corredoira

Promove: Academia Galega da Língua Portuguesa. Rua Castelão, nº 27 - 15900 Padrão, Galiza

Edição: Edições da Galiza

Breve resenha:

Johán Vicente Viqueira: Obra Seleta constitui o volume 6 da Coleção Clássicos da Galiza, obra ao cuidado do académico António Gil Hernández. Adaptada ao Acordo Ortográfico, inclui um texto de Jenaro Marinhas del Valle "À maneira de apresentação", uma nova introdução do editor, breve apresentação da vida e obra de Viqueira e dous apêndices. O primeiro destes resgata um "Cantar do Berço" e "Soneto I" com partituras do professor César Morán Fraga. Outras partituras inseridas nos textos de Viqueira obedecem à colaboração da académica Isabel Rei Sanmartim.

Esclarece o autor, na introdução, que acrescentou a esta edição textos de Viqueira publicados em castelhano crunhesa na revista Alfar sobre temas musicais, filosóficos e literários. A publicação contou também com a colaboração dos professores e académicos Ângelo Brea Hernández, Fernando Vasques Corredoira e Carlos Durão. O volume 6 desta coleção constitui uma reedição levemente acrescentada do livro Obra Selecta: Ensaios e Poesias, do mesmo autor, editado no ano 1998 na coleção Cadernos do Povo - Revista Internacional da Lusofonia, das Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, em Braga. Cabe destacar que nessa altura foi fundamental o apoio de D. Jenaro Marinhas del Valle.

Mais info sobre a obra e o autor aqui.

Ano de lançamento: 2012

Pode solicitar o Obra Seleta escrevendo para pro[@]academiagalega.org ou comprando diretamente na loja Imperdível

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Volume 5: "Proel e o Galo" de Luís G. Amado Carvalho

Luís G. Amado Carvalho: Proel e o Galego

Proel e o Galo e poesia e prosa galega completa
Luís G. Amado Carvalho

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Coleção "Clássicos da Galiza": Volume 5

Promove: Academia Galega da Língua Portuguesa. Rua Castelão, nº 27 - 15900 Padrão, Galiza

Edição: Edições da Galiza

Breve resenha:

A poesia de Amado Carvalho (Ponte Vedra 1901-1927) apresenta um tom original, que, pelo seu enlevo alcançou imediatamente grande êxito popular e teve numerosos seguidores na Literatura galega ao longo da primeira metade do século XX.

É, antes de mais, uma poesia paisagística: descreve a paisagem galega. Mas com tons de clara originalidade: a característica mais visível da poesia de Amado Carvalho consiste na abundância de imagens de natureza prosopopeica; isto é: a natureza inanimada (nomeadamente a paisagem rural galega) é apresentada sob fictio personae, com traços humanos: as coisas e, em menor medida, os animais domésticos são apresentados como se fossem seres humanos, que agem e se relacionam entre si como o podem fazer as pessoas. A paisagem aldeã fica, pois, humanizada poeticamente.

Na verdade, esse género de metáforas está presente, talvez desde sempre, em muitos poetas; o que infunde um caráter especial à poesia de Amado Carvalho é o papel que na estruturação dos seus poemas assume esse imaginismo prosopopeico.

Também se deve ressaltar a preferência de Amado Carvalho pelas imagens de natureza pictórica: os seus poemas são como um quadro, de inspiração ingénua, como de um pintor primitivo ou naif, onde prevalecem as cores vivas e chamativas, conforme o gosto popular.

Tem-se denominado de diversos modos esta poesia metaforicamente descritiva: “neorromânica” (pelo seu carácter de primitivismo popular), “imaginista” (pelo papel desenvolvido pelas metáforas na estruturação dos poemas), “hilozoísta” (por ser uma animação [-zoísta) da natureza material [hilo-]). O êxito popular da poesia de Amado Carvalho viu-se propiciado também pela sua singeleza formal. São poemas de compreensão fácil e de leitura agradável mesmo para gente pouco habituada ao uso literário. E é que, como acontecia com as cantigas de amigo trovadorescas, no aspeto formal a poesia de Amado apresenta uma singeleza de estranho encanto. Emprega versos curtos, de forma literária simples, geralmente com rima assonante, com estrutura similar à das cantigas populares tradicionais. Também no terreno linguístico predomina a singeleza: nomeadamente a estrutura sintática é clara e transparente, sem complicações.

Ano de lançamento: 2012

Pode solicitar o Proel e o Galo escrevendo para pro[@]academiagalega.org ou comprando diretamente na loja Imperdível

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Volume 4: "Folhas Novas" de Rosalia de Castro

Rosália de Castro: Folhas Novas

Folhas Novas
Rosália de Castro

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Coleção "Clássicos da Galiza": Volume 4

Promove: Academia Galega da Língua Portuguesa. Rua Castelão, nº 27 - 15900 Padrão, Galiza

Edição: Edições da Galiza

Prólogo:

Editar os textos galegos de Rosalia de um jeito linguisticamente digno é condição prévia a qualquer pretensão de normalidade na cultura galega. Ela, a única figura universal da letras modernas galegas, ao publicar os Cantares Galegos, abrigava o propósito de fazer acordar as energias do povo desta terra.

Editados os Cantares segundo o Acordo Ortográfico do ano '90, fica o repto decerto maior de fazê-lo com as Folhas Novas. É um livro mais difícil por várias razões: o tom escuro, o heterogéneo dos assuntos, mas sobretudo por estar mais distante da lira popular e das suas andadeiras linguísticas, que dão a segurança de sintagmas tradicionais para paliar as eivas que os séculos inseriram no idioma.

Nos Cantares pouco custou emendar as escassas fendas que a mesma Rosalia percebia na sua fala local. Quase tudo foi uma questão de léxico. Mas ao se pôr a fazer poesia na língua do país, nas Folhas, sem ajuda da tradição lírica popular, viu-se obrigada a recorrer à técnica versificatória aprendida na escola castelhana, na que polira a língua familiar, a castelhana da Galiza, em que os setores dos bons recursos económicos viviam a mor parte da sua vida. Para dizê-lo mais breve, a língua das Folhas foi interferida pela ortoépia castelhana. A língua sofre sinéreses impossíveis em casos em que o português pede hiatos.

Os escrúpulos nesta ocasião foram maiores, mas o caso não admite delongas. Lembro o horror de professores de outras gerações ao insinuar a possibilidade de normalizar um texto sagrado, sentida como nefanda transgressão. Ora, se alguém quiser qualificar tal atividade como tradução, terá a liberdade de fazê-lo, e nós já temos a de tentá-lo com toda a alegria e também com o mais lídimo e verdadeiro dos amores a Rosalia.

(Higino Martins)

Ano de lançamento: 2012

Pode solicitar o Folhas Novas escrevendo para pro[@]academiagalega.org ou comprando diretamente na loja Imperdível

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Volume 3: "Cantos Lusófonos: Cancioneiro Popular"

Cantos Lusófonos: Cancioneiro Popular

Cantos Lusófonos: Cancioneiro Popular

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Coleção "Clássicos da Galiza": Volume 3

Desenhos: Maria Manuela Diaz Orjales

Coordenação editorial: Heitor Rodal Lopes (Edições da Galiza) e Ernesto Vasques Souza (AGLP)

Adaptação e revisão textual: José Luís do Pico Orjais

Correção textual: Carlos Durão e Fernando Vásquez Corredoira

Promove: Academia Galega da Língua Portuguesa. Rua Castelão, nº 27 - 15900 Padrão, Galiza

Edição: Edições da Galiza, 2011

ISBN: 978-84-936481-4-5

Depósito Legal: SE-7169-2011

Breve resenha:

Com este Cantos lusófonos. Cancioneiro Popular, José Luis do Pico Orjais, apresenta-nos, fruto da sua pesquisa no âmbito da historiografia musical e do seu gosto, setenta peças tiradas de cancioneiros galegos, portugueses e brasileiros.

Com duas breves e intensas apresentações de Uxía Senlle e Ugia Pedreira vão cá aquelas letras, lidas uma e outra vez dos principais cancioneiros, postas em papel por Casto Sampedro, Lopes-Graça ou Veríssimo de Melo, escutadas e interpretadas até criarem na memória musical do editor um bom stock de canções tradicionais que agora se oferecem ao público, acompanhadas de partitura e em formato popular para serem tocadas e cantadas.

Trabalho necessário e urgente, com vocação de esperançadora mensagem. Espelho e esponja viva que larga a música tradicional galega na corrente lusófona infinita, para compreendermos e desfrutarmos a perspectiva total de que somos parte. Convidando à festa, à participar da música e do canto, agrupam-se as melodias por blocos, não com critérios taxonômicos, senão mais bem colocando o repertório tal e como o editor na sua experiência gostaria de tocá-lo jeitoso.

Cumpre com este volume a AGLP o desejo de ver editado, em conjunto lusófono e para público lusófono, parte destacada do acervo da nossa cantiga popular. Obrinha muito útil, seguindo as linhas populares das Edições da Galiza, que a paixão de um mestre, a experiência de um intérprete e a erudição de um historiador da cultura galega convertem não apenas num repertório divulgativo quanto numa ferramenta de comunicação destinada a recuperar o canto nos espaços populares, educativos, associativos, festeiros.

Vou já cantar as cantigas, para que fui convidado.

Ano de lançamento: 2011

Número de páginas: 209

Pode conseguir o Cantos Lusófonos: Cancioneiro Popular escrevendo para pro[@]academiagalega.org ou comprando diretamente na loja Imperdível

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