Info Atualidade (448)

13º Colóquio da Lusofonia / 5º Encontro Açoriano da Lusofonia

Colóquios da LusofoniaPGL – Entre os dias 5 e 9 de Abril, Açorianópolis (Florianópolis) recebe as 3 Academias de Língua Portuguesa para debater a Açorianidade e a Literatura Açoriana sob o signo do novo acordo ortográfico.

O evento, que está na sua 13ª edição, acontece desde 2001 nos Açores e em Bragança, Portugal. Desta vez, terá lugar em Florianópolis, no Brasil.

O Açorianópolis, que terá suas atividades concentradas no Teatro Pedro Ivo, na SC-401, contará com a presença dos professores Doutores  João Malaca Casteleiro (Classe de Letras, 2ª Secção – Filologia e Linguística, da Academia de Ciências de Lisboa), e Evanildo Cavalcante Bechara (Academia Brasileira de Letras) patronos dos Colóquios e representantes da Academia Galega da Língua Portuguesa.

A participação de 2010 conta com 53 oradores e dezenas de participantes presenciais representando os Açores, Austrália, Brasil, Bélgica, Canadá, França, Galiza, Rússia, Macau, Moçambique e Portugal. Igualmente de salientar a presença numa sessão sobre literatura de matriz açoriana do escritor convidado Vasco Pereira da Dosta.

Mais um ano, a Galiza estará presente nos colóquios

No evento, poderá ser presenciado o lançamento de seis livros, integrados numa mostra de autores e obras açorianas, havendo música açoriana, fado, sessão de poesia (Açores, Galiza e Brasil), três representações teatrais entre várias atividades integradas no corpo das sessões.

Nesta linha, os organizadores apontam: «Pretendemos levar os Açores ao mundo. Independentemente da sua Açorianidade, mas por via dela, pretendemos que mais lusofalantes e lusófilos fiquem a conhecer esta realidade com todas as suas peculiaridades, trazendo aos Açores outras vozes para que desse intercâmbio se possa difundir a verdadeira cultura açoriana».

Os Colóquios, desta feita no Brasil

A realização do Açorianópolis – em alusão ao colóquio acontecer em Florianópolis – foi possível através de acordo firmado com o governo de Santa Catarina, e pela primeira vez o evento sairá das terras portuguesas e açorianas, vindo para o Brasil. Dentro da programação, a comitiva oficial deverá visitar bairros de colonização açoriana como Pântano do Sul, Ribeirão da Ilha e Santo Antônio de Lisboa, além das fortalezas mantidas pela UFSC. O Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) da Universidade também receberá os participantes.

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AGLP explorará origens da escrita com nova Sociedade Internacional

Signum: International Society for Mark Studies

A AGLP vem de apoiar o estabelecimento the "Signum: International Society for Mark Studies" (Sociedade Internacional para o Estudo das Marcas), uma associação cooperativa transdisciplinar centrada na pesquisa sobre marcas não linguísticas, com especial interesse para a compreensão das origens do fenómeno da escrita nas sociedades humanas.

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Português da Galiza no FLiP 8

Ângelo Cristóvão

Ângelo Cristóvão (*)

Desde 1 de agosto está à venda a oitava atualização do reconhecido programa FLiP, da empresa Priberam Informática, com sede em Lisboa. Como novidades destacadas, a nova versão permite o seu uso com o pacote de programas OpenOffice, introduz o Dicionário Priberam e outras variedades nacionais da língua.

Além das tradicionais de Portugal e do Brasil também aparecem as de Angola, Cabo Verde, Galiza, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, São Tomé e Timor.

Duas observações devem ser feitas num primeiro momento. Por um lado, há um efeito simbólico ao aparecerem, na opção de configuração, as bandeiras desses países entre as “variedades de português”. Por outro, representa uma mudança na forma de perceber a língua. Onde antes eram reconhecidos dous atores principais, agora abre-se a porta, definitivamente, à diversidade, o que não porá em risco a unidade da língua. Estas novas opções inscrevem-se dentro do português europeu, o que obedece à história.

Os leitores atentos sabem que estas mudanças têm muito a ver com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, em que participou uma Delegação de Observadores da Galiza. Com efeito, é o contexto em que se está a criar esta nova forma descentralizada de conceber o português. Poderia dizer-se também que a Priberam não quer ficar à margem da evolução da língua. O FLiP 8, ao integrar novas variedades, aproxima-se dos mercados destes países, entre os quais uma potência africana emergente como Angola. Por outro lado, a simbiose do FLiP com o pacote Office da Microsoft facilita também o reconhecimento e divulgação dessas variedades da língua comum.

Captura de ecrã do FLiP 8

Captura de ecrã do FLiP 8, com a variedade galega no menu de opções

A inclusão de léxico da Galiza no FLiP 8 responde ao trabalho da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da Academia Galega da Língua Portuguesa, entidade criada em 20 de setembro de 2008, e cujo Léxico da Galiza, com mais de 1200 entradas, está a ser integrado em vocabulários e dicionários de uso geral. O Protocolo de Cooperação assinado com a Priberam implica que mais conteúdos diferenciais do português galego serão acrescentados à língua comum através dos produtos desta empresa.

O reconhecimento da Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras, a participação em eventos internacionais, assim como as relações estabelecidas nos últimos 12 meses com mais de 20 instituições de todo o espaço lusófono, são o principal aval à atuação da AGLP, que vai ocupar o lugar de destaque que lhe corresponde na elaboração da norma galega do português, e na representação do nosso pais no âmbito académico internacional.

As importantes novidades produzidas pelo reintegracionismo linguístico nos últimos anos, e a multiplicação das suas atividades em todos os âmbitos da sociedade galega, são um sintoma claro da sua capacidade e maturidade, demonstrando a cada passo estar em condições de adquirir um maior protagonismo, nomeadamente no desenho das políticas linguísticas. Neste sentido, a colaboração entre a Academia e as associações culturais, desde o respetivo âmbito de atuação institucional e de responsabilidade social, deve continuar a ser um facto quotidiano, vistos os resultados positivos de que já todos temos conhecimento.

(*) Ângelo Cristóvão é secretário da Academia Galega da Língua Portuguesa.

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AGLP adere ao Conselho das Academias de Língua Portuguesa


A Academia Galega da Língua Portuguesa aderiu ao Conselho das Academias de Língua Portuguesa que, presidido pelo professor Doutor Adriano Moreira, reúne as academias portuguesas de História, Medicina, Marinha, Engenharia e Belas Artes, bem como a Academia das Ciências de Lisboa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Academia Internacional da Cultura Portuguesa e Sociedade da Língua Portuguesa.

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Comissão de Relações Internacionais e IGESIP relançam Revista de Estudos Internacionais e da Paz

Capa dos números 9-10 de "*asteriskos" 

A Quinta Reunião Plenária da Academia Galega da Língua Portuguesa, que teve lugar em Santiago de Compostela em 26 de junho de 2010, acordou criar a figura dos Institutos Associados bem como a da Comissão de Relações Internacionais (CRI). A primeira entidade associada foi o Instituto Galego de Estudos de Segurança Internacional e da Paz (IGESIP), com que a CRI passou a colaborar nos âmbitos de interesse comum.

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O professor Higino Martins na Galiza

Higino Martins, no centro, num jantar em Compostela

Como já informámos anteriormente, o académico Higino Martins Esteves, galego na diáspora argentina, acudiu como relator ao III Congresso Internacional sobre a Cultura Celta, «Os Celtas da Europa Atlântica», celebrado em Narom nos dias 15-17 de abril e organizado pelo Instituto Galego de Estudos Célticos (IGEC), em cujo Comité Científico figuram os académicos da AGLP Joám Evans Pim e o próprio Higino Martins.

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O grande êxito da AGLP

Artur Alonso Novelhe assinando um exemplar do poemário "Filhos da Brêtema"

Artur Alonso Novelhe

Com o decorrer dos anos, na Galiza a escolha lingüística, a nosso ver, esta encadeada num futuro quase imediato, a duas tendências complementares ou contrapostas e em harmonia ou em confronto: o Castelhano e o Galego do Acordo Ortográfico.

A norma isolacionista não tem futuro num mundo globalizado e, a Galiza não tem nenhum interesse e oporem-se a mundialização, antes tudo o contrário, dada a sua condição de país atlântico e raiz cultural compartilhada com povos celtas e lusófonos.

Tendo em conta que são as elites dominantes e os grupos de pressão social, mas não os povos, os orientadores das políticas econômicas, educativas e culturais a serem implementadas, em um determinado período conforme os seus interesses, aguardar pela resistência medúlica ou desafio irreverente dum povo firmemente solapado trás os seus costumes, funciona no máximo, para um par de gerações.

Ao verificar-se e consolidar-se uma determinada onda dirigida, as mudanças tornam-se inevitáveis e os povos pouco mais tem a aguardar que a morte ou adaptação à nova realidade. Aliás, muitos desconfiamos dos povos como protagonistas determinantes do processo histórico.

O trabalho, o movimento feminista, o ecologista, o agrarista, a aristocracia, o Capital... sim têm protagonizado capítulos da história, com maior ou menor sucesso, mesmo confrontos muito violentos com forças que lhe eram antagônicas, como as lutas entre capital e trabalho, durante os séculos XIX e XX.
Mas os povos não deixaram de ser guiados e cativados por determinados ideais, por certas correntes em expansão, e empurrados ou dirigidos pelas elites que as representavam, a fim de impulsionar um processo determinado, mais renovador, mais conservador, mas social ou grupal.

Segundo o desenvolvimento lógico galego, desde a derrota de 1936, que deu ao movimento galeguista a ultima oportunidade de reverter a consolidação dum modelo alheio as necessidades e peculiaridades do território galego, e mais tardiamente com a implantação do modelo autonômico e superação atrasada do franquismo, a consolidação do castelhano na Galiza é hoje uma realidade imutável. E mais a tendência a expandir-se até os últimos redutos rurais onde o galego vigorava com caráter de principal comunicador, e pela contra a tendência lógica a contração do nosso idioma ate nos últimos redutos virgens mais afastados da geografia pátria, é hoje um fato, acelerado a nosso entender graças às formidáveis ferramentas globais com que conta o castelhano, incluindo a mídia de referência hispana.

Nem o muito bem organizando, ainda que fraco e muitas vezes divido movimento reintegracionista, podia aguardar mais além que manter um facho aceso em meio da densa névoa, com a esperança de escampar num longínquo amanhecer esta longa noite de brêtema.  
A sorte dava no máximo aos galegos e galegas a oportunidade de se virar para o padrão português, como variante lingüística do mesmo tronco comum, para aproveitar as facilidades que este podia fornecer, a todos os níveis da evidência: cinema, música, literatura, viagens, estudos, trabalho...

Mas agora com o vigorar do Novo Acordo Ortográfico em toda a lusofonia ou galeguia, e com a atitude estrategicamente inovadora da AGLP, ao introduzirem nos dicionários lusófonos léxico autóctone da Galiza, aos cidadãos e cidadãs galegas abrem-se novos e largos horizontes: por um lado, o reconhecimento de pleno direito da pertença a uma comunidade muito mais ampla e ativa do que as quatro províncias e comarcas a que muitos quiseram ver a fala restrita; o agradecimento e empatia por parte dos nossos irmãos lingüísticos de todos os cantos do planeta, ao irem descobrindo aos poucos ser a velha Gallaecia o berço da sua língua (da nossa língua comum) e a necessidade de juntos cuidarmos este patrimônio, assim como o florescimento da mesma na terra que a viu nascer, pois bem sabido é que se esta flor galega murchasse todas as raízes idiomáticas ficariam enfraquecidas.

  • Por outra banda, a possibilidade de escolha preferencial para nossa comunicação individual e coletiva, dentro e fora das nossas fronteiras.
  • A capacidade de potenciação dos poderes culturais e econômicos, se souberem aproveitar a grande riqueza que este universo comum fornece de imediato.
  • A criação duma consciência social orgulhosa da sua identidade, não excludente, mas tampouco auto-excluída.
  • A nova perspectiva dos grupos de presencia cívica e luta social ou ambiental, para ampliar seu âmbito de relação e reivindicação na sua própria língua nativa.
  • Além das oportunidades que para a Galiza em conjunto teria, se as soubesse aproveitar, as redes de comunicação lusófona, como a futura implementação da TV global lusófona, com o patrocínio de Portugal, Angola e o Brasil, e onde, de um jeito ou outro, a Galiza terá de ter presença.

Se em algum momento da nossa historia coletiva futura esta tendência galega mundial que agora estamos a construir abrolhar, com segurança muito poucos hão de lembrar que tudo isto começou graças a um pequeno grupo de pessoas, ativistas, intelectuais, acadêmicos, artistas... que em torno da AGLP, e junto ao trabalho incansável e não remunerado da Comissão Lexicográfica da mesma, tiveram a coragem de colocar o galego a par das outras variantes faladas pelos nossos irmãos de aquém e alem os mares.

A maiores da alegria e amor com estes irmãos e irmãs sempre nos receberam, de mãos dadas e braços abertos, considerando sempre em qualquer tipo de evento onde a Galiza esteve representada, que nós os galegos e galegas, sempre tínhamos algo de interesse a dizer.

Seja, pois este artigo uma humilde homenagem a todos estes homens e mulheres que formaram no seu coração a semente da salvação de toda uma cultura e uma universal identidade.

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